efectivamente ando distraído, mas não serei só eu - valha-me isso;
é que não tinha reparado nesta entrada da Prof. Ana Maria e não reparei em comentários ou considerações sobre ela em nenhum dos blogues que frequento;
certamente erro meu; mas fico com a sensação que andamos muito preocupados com o nosso (?) umbigo e andamos a esquecer pequenos pormenores, coisas de nada, mas que fazem toda a diferença, esta da escola não ser democrática é uma delas, p. e.
quarta-feira, fevereiro 6
segunda-feira, fevereiro 4
da acumulação
há quem se preocupe com a acumulação de cargos, em particular entre deputado e advogado;
mas não há preocupações quando os deputados são docentes universitários? ou assessores?
das duas três; ou vai pagar o justo pelo pecador, ou se extremam posições caindo-se no radicalizar de situações que nada rectificam ou, finalmente, depois de grandes mexidas, ficará tudo na mesma;
mas não há preocupações quando os deputados são docentes universitários? ou assessores?
das duas três; ou vai pagar o justo pelo pecador, ou se extremam posições caindo-se no radicalizar de situações que nada rectificam ou, finalmente, depois de grandes mexidas, ficará tudo na mesma;
da selecção
estarei, quase de certeza, senão errado pelo menos equivocado, ao afirmar que não é apenas a escola que, de acordo com notícias passadas, é selectiva;
muito provavelmente a blogosfera (educativa, entenda-se) andaria mais preocupada com a avaliação de desempenho, a definição de objectivos do que propriamente com a selecção de alunos e deixou, sem querer, passar esta notícia;
muito provavelmente a blogosfera (educativa, entenda-se) andaria mais preocupada com a avaliação de desempenho, a definição de objectivos do que propriamente com a selecção de alunos e deixou, sem querer, passar esta notícia;
domingo, fevereiro 3
das coisas
ele há coisas que apenas com alguma distância nos conseguimos perceber e rir;
geralmente os miúdos deliciam-se com carros, motas, sexo e coisa e tal;
contudo, tenho um aluno em que os seus olhinhos brilham, o rosto se ilumina, o sorriso se rasga sempre que começa a falar de... tractores, isso mesmo, tractores;
geralmente os miúdos deliciam-se com carros, motas, sexo e coisa e tal;
contudo, tenho um aluno em que os seus olhinhos brilham, o rosto se ilumina, o sorriso se rasga sempre que começa a falar de... tractores, isso mesmo, tractores;
da dúvida
na passada 6ª feira fui à cidade ouvir conversas que se cruzam com os meus interesses de momento;
para além de perceber que o mundo continua a rodar, serena e pacatamente, também tive oportunidade de rever amigos e amizades e ouvir daquelas coisas que de tão óbvias são difíceis de encarar;
disse T. Popkewitz que o futuro se constrói entre medos e esperanças - esperanças nas tecnologias, num Homem novo, em novas oportunidades, em desafios novos, em curas, e nos medos de crises económicas, de alterações ambientais, de impactos demográficos, de pandemias, etc;
entre dúvidas e angústias não temos outro remédio senão o de ir em frente - com aquilo que conseguimos reunir do nosso passado e que hoje, neste presente, utilizamos - bem ou mal isso já é outra conversa;
para além de perceber que o mundo continua a rodar, serena e pacatamente, também tive oportunidade de rever amigos e amizades e ouvir daquelas coisas que de tão óbvias são difíceis de encarar;
disse T. Popkewitz que o futuro se constrói entre medos e esperanças - esperanças nas tecnologias, num Homem novo, em novas oportunidades, em desafios novos, em curas, e nos medos de crises económicas, de alterações ambientais, de impactos demográficos, de pandemias, etc;
entre dúvidas e angústias não temos outro remédio senão o de ir em frente - com aquilo que conseguimos reunir do nosso passado e que hoje, neste presente, utilizamos - bem ou mal isso já é outra conversa;
sábado, fevereiro 2
do alvo
há falta de melhor atira-se ao boneco;
já que as políticas estão gelatinosas, fugidias, então que o alvo seja outro, mais quieto, mais vulnerável;
será que se inicia por estes lados e deste modo, uma americanização da política nacional?
será que uma parte de gastos são destinados à pessoa do adversário?
haverá quem diga que é normal, correcto e adequado;
eu não...
já que as políticas estão gelatinosas, fugidias, então que o alvo seja outro, mais quieto, mais vulnerável;
será que se inicia por estes lados e deste modo, uma americanização da política nacional?
será que uma parte de gastos são destinados à pessoa do adversário?
haverá quem diga que é normal, correcto e adequado;
eu não...
do melhor
nada melhor para descansar a cabecinha do que cansar o corpo;
andei todo o dia de roda da horta; não percebo nada da coisa, mas cavei, sachei, cultivei e arrumei o que pude e como pude;
se dá alguma coisa? já deu, descanso da cabecita;
andei todo o dia de roda da horta; não percebo nada da coisa, mas cavei, sachei, cultivei e arrumei o que pude e como pude;
se dá alguma coisa? já deu, descanso da cabecita;
sexta-feira, fevereiro 1
dos apontamentos
Há dias tive oportunidade de encontrar um artigo onde se dava conta que a biblioteca britânica tinha encomendado um estudo sobre os cientistas do futuro, os futuros utilizadores dos seus recursos e que designou como geração google.
O estudo visa a adaptação dos meios, recursos e condições da biblioteca àquelas que serão as solicitações, necessidades e interesses de uma geração que nasceu depois de 1995.
Geração esta que cresceu a pensar que a Internet sempre existiu, que a velocidade das ligações só pode é crescer, que o clique num qualquer botão ou link deve ter uma resposta instantânea, que esperar é uma maçada, que as pedras da calçada deveriam ter botões de configuração entre muitas outras coisas. É uma geração que não sentiu a passagem do hipertexto para o youtube e menos se apercebeu da passagem do simples e prolixo html para o dinâmico xtml, dando oportunidade a que blogues, primeiro passivos depois dinâmicos ou os hi5 se afirmassem e se desenvolvessem. Afinal, afirmam, assim é que as coisas deveriam ter sido sempre.
Quem tem filhos dentro desta faixa etária, quem frequenta os locais desta geração, sejam as escolas ou os espaços Internet, tem facilidade de perceber a diferença de modos, os tiques típicos, a linguagem comum, os trejeitos específicos e todo um conjunto de sinais que identificam de modo muito claro esta geração.
Diferentes situações se colocam, quando pensamos e nos confrontamos com esta geração.
Primeiro e de modo mais fácil e directo, a questão em redor do valores, das atitudes e dos comportamentos que caracteriza esta geração, sempre preocupados que estamos com a conformidade social.
Como será licito perguntarmo-nos, à semelhança da biblioteca, se nos estamos a preparar para dar respostas a esta geração. Respostas que decorrerão de outras perguntas, de perguntas que muito provavelmente nós ainda não colocámos ou se o fizemos foram feitas de acordo com outras lógicas e uma outra perspectiva. Se os instrumentos que hoje utilizamos para definir algumas das conformidades necessárias à vivência social, serão efectivamente adequadas a esta geração, se irão ao encontro dos seus interesses e das suas motivações ou se, pelo contrário, estaremos a desperdiçar tempo e energias e a formar longe dos objectivos pretendidos.
Factor determinante e que não nos pode sossegar, é que esta geração depende da escola, mas apenas numa específica e curta porção do seu tempo. Ao contrário do meu tempo, em que a escola me consumia praticamente todo o tempo de aprendizagem e do conhecimento, hoje é apenas uma mera fatia desse tempo. A escola é importante, é sim senhor, como é importante o papel e a acção do professor. Mas não é nem única e muito menos exclusiva.
O estudo visa a adaptação dos meios, recursos e condições da biblioteca àquelas que serão as solicitações, necessidades e interesses de uma geração que nasceu depois de 1995.
Geração esta que cresceu a pensar que a Internet sempre existiu, que a velocidade das ligações só pode é crescer, que o clique num qualquer botão ou link deve ter uma resposta instantânea, que esperar é uma maçada, que as pedras da calçada deveriam ter botões de configuração entre muitas outras coisas. É uma geração que não sentiu a passagem do hipertexto para o youtube e menos se apercebeu da passagem do simples e prolixo html para o dinâmico xtml, dando oportunidade a que blogues, primeiro passivos depois dinâmicos ou os hi5 se afirmassem e se desenvolvessem. Afinal, afirmam, assim é que as coisas deveriam ter sido sempre.
Quem tem filhos dentro desta faixa etária, quem frequenta os locais desta geração, sejam as escolas ou os espaços Internet, tem facilidade de perceber a diferença de modos, os tiques típicos, a linguagem comum, os trejeitos específicos e todo um conjunto de sinais que identificam de modo muito claro esta geração.
Diferentes situações se colocam, quando pensamos e nos confrontamos com esta geração.
Primeiro e de modo mais fácil e directo, a questão em redor do valores, das atitudes e dos comportamentos que caracteriza esta geração, sempre preocupados que estamos com a conformidade social.
Como será licito perguntarmo-nos, à semelhança da biblioteca, se nos estamos a preparar para dar respostas a esta geração. Respostas que decorrerão de outras perguntas, de perguntas que muito provavelmente nós ainda não colocámos ou se o fizemos foram feitas de acordo com outras lógicas e uma outra perspectiva. Se os instrumentos que hoje utilizamos para definir algumas das conformidades necessárias à vivência social, serão efectivamente adequadas a esta geração, se irão ao encontro dos seus interesses e das suas motivações ou se, pelo contrário, estaremos a desperdiçar tempo e energias e a formar longe dos objectivos pretendidos.
Factor determinante e que não nos pode sossegar, é que esta geração depende da escola, mas apenas numa específica e curta porção do seu tempo. Ao contrário do meu tempo, em que a escola me consumia praticamente todo o tempo de aprendizagem e do conhecimento, hoje é apenas uma mera fatia desse tempo. A escola é importante, é sim senhor, como é importante o papel e a acção do professor. Mas não é nem única e muito menos exclusiva.
do estado
ontem, dois periódicos traziam notícias sobre a mesma coisa mas de modos diferentes;
um (Visão) dava conta da debandada (sic) que poderá ocorrer nas escolas com a abertura da aposentação antes do tempo no âmbito da administração pública;
outro (correio da manhã), dava conta do clima vivido em muitas escolas, de desgates, angústias, comportamentos;
há qualquer coisa que falha na procura de equilíbrios entre quem trabalha na escola e quem passa pela escola;
quem trabalha questiona-se, questiona as políticas, discute com os colegas, troca argumentos e opiniões em reuniões, utiliza as reuniões para dissertar sobre isto e sobre aquilo;
quem passa pela escola pergunta-se para quê, com que fim, com que objectivos, com que proveitos;
olhemos para outros países, outras realidades e procuremos perceber o que fazer;
antes que seja tarde demais...
um (Visão) dava conta da debandada (sic) que poderá ocorrer nas escolas com a abertura da aposentação antes do tempo no âmbito da administração pública;
outro (correio da manhã), dava conta do clima vivido em muitas escolas, de desgates, angústias, comportamentos;
há qualquer coisa que falha na procura de equilíbrios entre quem trabalha na escola e quem passa pela escola;
quem trabalha questiona-se, questiona as políticas, discute com os colegas, troca argumentos e opiniões em reuniões, utiliza as reuniões para dissertar sobre isto e sobre aquilo;
quem passa pela escola pergunta-se para quê, com que fim, com que objectivos, com que proveitos;
olhemos para outros países, outras realidades e procuremos perceber o que fazer;
antes que seja tarde demais...
da escola
os miúdos estão eléctricos, eufóricos, nervosos e expectantes;
afinal o Carnaval também é para eles e vão passear pelas ruas, mostrarem-se a quem passa, exibir os sorrisos, os fatos e as fatiotas feitas propositadamente para o dia;
é sempre um dia diferente, uma festa ...
afinal o Carnaval também é para eles e vão passear pelas ruas, mostrarem-se a quem passa, exibir os sorrisos, os fatos e as fatiotas feitas propositadamente para o dia;
é sempre um dia diferente, uma festa ...
do óptimismo
talvez sem graça, porventura sem coincidência, mas na directa proporção em que os indicadores sociais e económicos teimam em persistir no clima de pessimismo espalham-se as iniciativas em redor do Carnaval, dos corsos, das paródias, das festas;
afinal, tristezas não pagam dívidas e o Carnaval só são três dias;
afinal, tristezas não pagam dívidas e o Carnaval só são três dias;
quinta-feira, janeiro 31
dos momentos
afinal até há bons momentos numa sala de professores;
numa pausa pedagógica entre um bebericar de café e dois dedos de conversa, perpassam estórias de cada um de nós, momentos de uns e de outros, situações mais ou menos caricatas;
soltam-se risotas e constroem-se amizades;
no final alguém ousa dizer - atenção, se a ministra sabe que estamos bem dispostos ainda publica mais dois ou três normativos para nos ocuparmos ainda mais;
mais um sorriso e um encolher de ombros, tipo, paciência se assim for, e seguimos, cada qual para seu lado;
numa pausa pedagógica entre um bebericar de café e dois dedos de conversa, perpassam estórias de cada um de nós, momentos de uns e de outros, situações mais ou menos caricatas;
soltam-se risotas e constroem-se amizades;
no final alguém ousa dizer - atenção, se a ministra sabe que estamos bem dispostos ainda publica mais dois ou três normativos para nos ocuparmos ainda mais;
mais um sorriso e um encolher de ombros, tipo, paciência se assim for, e seguimos, cada qual para seu lado;
da consciência
quando escrevo faço para mim mesmo, primeiro porque gosto, mas também para dizer que estou por aqui; depois para, por intermédio da escrita, reflectir sobre as minhas ideias e as minhas coisas;
tenho alguma consciência dos impactos e influências que a minha escrita não tem por essa blogosfera fora;
mas fico sempre muito distante parante alguns comentários, a surpresa daqueles que me leêm;
isto a propósito de uma das minhas entradas estar escarrapachada no espelho de um salão de cabeleireira;
surpresa e consciência que quando escrevemos, por muito que o façamos para nós próprios, vamos muito, mas muito mais além...
tenho alguma consciência dos impactos e influências que a minha escrita não tem por essa blogosfera fora;
mas fico sempre muito distante parante alguns comentários, a surpresa daqueles que me leêm;
isto a propósito de uma das minhas entradas estar escarrapachada no espelho de um salão de cabeleireira;
surpresa e consciência que quando escrevemos, por muito que o façamos para nós próprios, vamos muito, mas muito mais além...
do virar
para manter a escrita e a presença, tenho diferentes hipóteses;
manter uma escita interventiva e participante;
definir um sentido mais sócio-profissional;
criar um campo mais diarístico;
fujo a todo eles e vou à procura de sentido que esteja mais perto da crónica do quotidiano;
do meu quotidiano; de mim mesmo;
não sei se será um virar de página, mas é um questionar a minha escrita e, por seu intermédio, reflectir-me e pensar-me, sempre;
manter uma escita interventiva e participante;
definir um sentido mais sócio-profissional;
criar um campo mais diarístico;
fujo a todo eles e vou à procura de sentido que esteja mais perto da crónica do quotidiano;
do meu quotidiano; de mim mesmo;
não sei se será um virar de página, mas é um questionar a minha escrita e, por seu intermédio, reflectir-me e pensar-me, sempre;
terça-feira, janeiro 29
de pausa
uma pausa;
uma interrupção pedagógica, para poder pensar noutros modos e ter aquilo que sinto falta, paciência;
uma interrupção pedagógica, para poder pensar noutros modos e ter aquilo que sinto falta, paciência;
sábado, janeiro 26
da crise
ele não há momentos ou situações ideais para largar vícios;
mas há uns momentos mais chatos que outros, mais incomodativos;
reconheço e assumo que me está a ser mais difícil largar o vício que antes, que já tive descaídas;
mas resisto, considero que é apenas uma situação de crise e que, como tal, terá de ser vencida;
mas há uns momentos mais chatos que outros, mais incomodativos;
reconheço e assumo que me está a ser mais difícil largar o vício que antes, que já tive descaídas;
mas resisto, considero que é apenas uma situação de crise e que, como tal, terá de ser vencida;
sexta-feira, janeiro 25
do adiar
adoramos adiar, protelar, esperar, protestar;
as recomendações do conselho de escolas, face à avaliação do desempenho docente, são reflexo disso mesmo, de adiar, de atirar para a frente as responsabilidades presentes;
estes comentários, reflectem cabalmente aquilo que é a escola, a vida dos professores e os sentimentos da profissão; um misto de crítica sindical com perspectivas anarquistas e/ou independentistas; uma irreverencia militante de cariz político com argumentos de distanciamento partidário; uma visão da profissão entalada entre os deveres profissionais e os sentimentos sociais; âncoras postas em nenhures de uma ilusão de antigamente é que era bom;
está sempre tudo mal, tudo errado - ora era por culpa do PSD, ora é por culpa do PS, ora é por culpa deste ou daquele ministro, desta ou daquela medida, desta ou daquela iniciativa, mas está sempre tudo mal, tudo errado;
serão eles que nos governam que estarão errados ou seremos nós, os governados que estaremos do lado errado da vida;
assumam-se as posições, não se protelem as responsabilidades; cada vez estamos mais entalados e é bem feita - talvez sirva para separar o trigo do joio e eu fique preso no limbo que me atira ao ar;
as recomendações do conselho de escolas, face à avaliação do desempenho docente, são reflexo disso mesmo, de adiar, de atirar para a frente as responsabilidades presentes;
estes comentários, reflectem cabalmente aquilo que é a escola, a vida dos professores e os sentimentos da profissão; um misto de crítica sindical com perspectivas anarquistas e/ou independentistas; uma irreverencia militante de cariz político com argumentos de distanciamento partidário; uma visão da profissão entalada entre os deveres profissionais e os sentimentos sociais; âncoras postas em nenhures de uma ilusão de antigamente é que era bom;
está sempre tudo mal, tudo errado - ora era por culpa do PSD, ora é por culpa do PS, ora é por culpa deste ou daquele ministro, desta ou daquela medida, desta ou daquela iniciativa, mas está sempre tudo mal, tudo errado;
serão eles que nos governam que estarão errados ou seremos nós, os governados que estaremos do lado errado da vida;
assumam-se as posições, não se protelem as responsabilidades; cada vez estamos mais entalados e é bem feita - talvez sirva para separar o trigo do joio e eu fique preso no limbo que me atira ao ar;
da morte
cresci com velhos;
velhos que vi partir, um depois do outro, um após outro; amigos, familiares, conhecidos, parentes...
sempre que um partia sentia-me atirado para frente, nesta fila incondicional que conduz à partida;
esta semana foi o meu tio chico, marceneiro de profissão, carpinteiro por ocupação, amante da vida por opção;
ficou junto daquela que amou durante toda a vida, desde que tinha memória de gostar de alguém;
partiu descansado, por que queria partir, apenas porque tinha saudades...
velhos que vi partir, um depois do outro, um após outro; amigos, familiares, conhecidos, parentes...
sempre que um partia sentia-me atirado para frente, nesta fila incondicional que conduz à partida;
esta semana foi o meu tio chico, marceneiro de profissão, carpinteiro por ocupação, amante da vida por opção;
ficou junto daquela que amou durante toda a vida, desde que tinha memória de gostar de alguém;
partiu descansado, por que queria partir, apenas porque tinha saudades...
do azedo
sempre fui transparente nos meus sentimentos, no modo de estar, ser e sentir;
é fácil olhar para mim e perceber como estou, como me sinto;
não sabia é que essa transparência também se fazia sentir na escrita;
há dias alguém me questionava afirmando que a minha escrita anda "muito azeda";
talvez sim, talvez não... antes pelo contrário...
é fácil olhar para mim e perceber como estou, como me sinto;
não sabia é que essa transparência também se fazia sentir na escrita;
há dias alguém me questionava afirmando que a minha escrita anda "muito azeda";
talvez sim, talvez não... antes pelo contrário...
terça-feira, janeiro 22
da atenção
tenho de assumir uma certa quebra de produtividade no desenvolvimento da minha tese;
seja pelo envolvimento em que me sinto, em processos que decorrem na escola, seja por alguma dificuldade de digerir as leituras, de momento há um marcar passo;
talvez avance um destes dias e me solte o pensamento e a escrita;
seja pelo envolvimento em que me sinto, em processos que decorrem na escola, seja por alguma dificuldade de digerir as leituras, de momento há um marcar passo;
talvez avance um destes dias e me solte o pensamento e a escrita;
da tensão
ou da atenção que não se tem a um processo de avaliação de desempenho que corre sérios riscos de descambar em animosidades e conflitos;
caso não haja lideranças que assumam os processos e, pelo menos, bom senso não tenho dúvidas que se correrá o risco de animosidades, de quezílias e coisas que tais;
caso não haja lideranças que assumam os processos e, pelo menos, bom senso não tenho dúvidas que se correrá o risco de animosidades, de quezílias e coisas que tais;
segunda-feira, janeiro 21
das escolhas
foi engraçado ouvir e perceber um pouco melhor das escolhas de Marcelo;
tratou de opinar sobre este e aquele ministro, esta e a outra acção governamental;
mas palavras ou ideias sobre a entrevista e as posições de Santana Lopes, dada na passada 3ª feira à Sic Notícias, nada, zero, népias, niet;
elucidativo, esclarecedor;
tratou de opinar sobre este e aquele ministro, esta e a outra acção governamental;
mas palavras ou ideias sobre a entrevista e as posições de Santana Lopes, dada na passada 3ª feira à Sic Notícias, nada, zero, népias, niet;
elucidativo, esclarecedor;
da referência
tenho consciência que, pelas posições que assumo e defendo, pelo feitio e modos que tenho, não estou referenciado em muitos sítios;
quando dou com um onde estou referenciado, seja pela questões que aqui discuto e opino, seja por uma qualquer outra, fico contente e retribuo;
descobri que estou referenciado num blogue sobre patrimónios, certamente porque faço parte de um qualquer património;
aqui fica a referência e a indicação lateral, pois parece que é cá do burgo e merecerá ser identificado pelo facto de ser uma cabeça da terra;
quando dou com um onde estou referenciado, seja pela questões que aqui discuto e opino, seja por uma qualquer outra, fico contente e retribuo;
descobri que estou referenciado num blogue sobre patrimónios, certamente porque faço parte de um qualquer património;
aqui fica a referência e a indicação lateral, pois parece que é cá do burgo e merecerá ser identificado pelo facto de ser uma cabeça da terra;
dos instrumentos
seria interessante perceber como as escolas estão a reagir (porque não há outra forma) ao decreto regulamentar da avaliação de desempenho;
como é que cada escola se organizou para dar cumprimento ao ali preceituado, dentro dos prazos definidos e de acordo com as indicações dadas, criar instrumentos de registo de avaliação - sem indicações gerais nem enquadramento genérico;
na minha escola chegou-se à brilhante conclusão que teríamos de ir um pouco mais atrás, pois não temos um projecto educativo quantificado e quantificável, nem metas e objectivos passíveis de desdobramento;
resultado, um conselho pedagógico extraordinário (já aqui referi que quem não sabe o que fazer faz reuniões) onde se procurou a definição de objectivos de escola (quantificáveis e mensuráveis) e remeter para os agrupamento a necessidade de desdobramento dessas referências e, a partir daí, a indicação de quais os descritores a adoptar para, posteriormente se pensar na sua harmonização e uniformização;
e nos outros lados, como se tem feito? como se tem dado resposta a esta exigência legislativa?
como é que cada escola se organizou para dar cumprimento ao ali preceituado, dentro dos prazos definidos e de acordo com as indicações dadas, criar instrumentos de registo de avaliação - sem indicações gerais nem enquadramento genérico;
na minha escola chegou-se à brilhante conclusão que teríamos de ir um pouco mais atrás, pois não temos um projecto educativo quantificado e quantificável, nem metas e objectivos passíveis de desdobramento;
resultado, um conselho pedagógico extraordinário (já aqui referi que quem não sabe o que fazer faz reuniões) onde se procurou a definição de objectivos de escola (quantificáveis e mensuráveis) e remeter para os agrupamento a necessidade de desdobramento dessas referências e, a partir daí, a indicação de quais os descritores a adoptar para, posteriormente se pensar na sua harmonização e uniformização;
e nos outros lados, como se tem feito? como se tem dado resposta a esta exigência legislativa?
do esgotamento
a produtividade do Ministério da Educação anda que não se pode;
ainda não acabámos as leituras de um dos normativos e já lá surge mais um e mais outro e outro ainda;
desde o final do ano transacto e esta 3ª semana deste ano ele já não cabem numa mão os normativos, portarias, decretos, decretos regulamentares que saíram daquela avenida;
claramente se terá que assumir que existem sintomas de alguma incontinência normativa e que objectivamente querem ganhar os professores mais pelo esgotamento do que pelo envolvimento;
ainda não acabámos as leituras de um dos normativos e já lá surge mais um e mais outro e outro ainda;
desde o final do ano transacto e esta 3ª semana deste ano ele já não cabem numa mão os normativos, portarias, decretos, decretos regulamentares que saíram daquela avenida;
claramente se terá que assumir que existem sintomas de alguma incontinência normativa e que objectivamente querem ganhar os professores mais pelo esgotamento do que pelo envolvimento;
domingo, janeiro 20
da fartura
de quando em vez sinto uma enorme fartura da escrita, da minha escrita, uma vontade terrível de acabar com isto, de pôr ponto final, de acabar com aquilo que não é um compromisso;
mas tornou-se como que um substituto de outras coisas, uma compensação para aquilo que não obtenho noutros espaços ou noutros terrenos; uma forma de me auto-compensar pelo que não digo ou não faço;
uma obrigação que o meu inconsciente determinou e implicou a mim mesmo;
apetece-me parar mas fico de consciência pesada, como se fosse uma qualquer obrigação; não é, mas assim a sinto, hoje e agora, mais do que nunca, quando me apetece escrever coisas que não devo;
mas tornou-se como que um substituto de outras coisas, uma compensação para aquilo que não obtenho noutros espaços ou noutros terrenos; uma forma de me auto-compensar pelo que não digo ou não faço;
uma obrigação que o meu inconsciente determinou e implicou a mim mesmo;
apetece-me parar mas fico de consciência pesada, como se fosse uma qualquer obrigação; não é, mas assim a sinto, hoje e agora, mais do que nunca, quando me apetece escrever coisas que não devo;
do possível
quase nunca estou de acordo com a lógica, os princípios e os argumentos utilizados pelo meu compadre Palma Rita; há muita coisa a separar-nos mas um dos seus últimos apontamentos, apesar da diferença significativa que nos separa, há um traço que pode ser identificado como comum às nossas preocupações, a do papel que Évora, em particular, e o Alentejo genericamente estarão disposto a assumir a propósito da opção Alcochete em detrimento da Ota;
vai daí e repesco um apontamento publicado noutro espaço no passado dia 14 de Janeiro:
A decisão do governo de optar pela construção de um novo aeroporto internacional aproveitando o campo de tiro de Alcochete, em detrimento da Ota, vem colocar (ou realçar) um conjunto significativo de desafios à região Alentejo.
(...) a circunstância da zona mais afastada do Alentejo (provavelmente Vila Verde de Ficalho) ficar a pouco mais de 120 minutos de um aeroporto internacional é deveras significativa e elucidativa das oportunidades que se colocam.
Global e genericamente, escassos serão os locais deste Alentejo que ficarão a pouco mais de 90 minutos do aeroporto. Se considerarmos a disponibilização de novas acessibilidades, caso de rodovias, mas também de ferróvias, então temos o cenário montado para que esta região se torne alvo apetitoso de especuladores imobiliários, coutadas de caça, de turismo de circunstância ou, simplesmente, de apreciadores do exotismo alentejano. Será isso que queremos?
Estou certo que fazem falta coutadas, novos empreendimentos turísticos (...), como urge manter algum do exotismo alentejano. Mas só isso será escasso e algo contraproducente quanto ao futuro que ambicionamos para esta região e que passa por garantir estabilidade de vida, trabalho para as novas gerações, como garantir alguma da qualidade de vida que ainda temos.
O que está aqui em causa (...) é a de assegurar coerência regional, sustentabilidade das decisões, articulação de interesses, coesão regional e acima de tudo liderança regional face às opções de futuro.
Há futuros imaginados e há futuros possíveis. Entre uns e outros a diferença reside na capacidade de conduzir os nossos próprios destinos ou sermos conduzidos por ele ou pelos interesses que uns quantos nele poderão colocar.
Face ao que esses futuros podem implicar é essencial que haja protagonistas capazes de representar condignamente a região e os interesses alentejanos. Estaremos nós preparados?
O futuro o dirá…
vai daí e repesco um apontamento publicado noutro espaço no passado dia 14 de Janeiro:
A decisão do governo de optar pela construção de um novo aeroporto internacional aproveitando o campo de tiro de Alcochete, em detrimento da Ota, vem colocar (ou realçar) um conjunto significativo de desafios à região Alentejo.
(...) a circunstância da zona mais afastada do Alentejo (provavelmente Vila Verde de Ficalho) ficar a pouco mais de 120 minutos de um aeroporto internacional é deveras significativa e elucidativa das oportunidades que se colocam.
Global e genericamente, escassos serão os locais deste Alentejo que ficarão a pouco mais de 90 minutos do aeroporto. Se considerarmos a disponibilização de novas acessibilidades, caso de rodovias, mas também de ferróvias, então temos o cenário montado para que esta região se torne alvo apetitoso de especuladores imobiliários, coutadas de caça, de turismo de circunstância ou, simplesmente, de apreciadores do exotismo alentejano. Será isso que queremos?
Estou certo que fazem falta coutadas, novos empreendimentos turísticos (...), como urge manter algum do exotismo alentejano. Mas só isso será escasso e algo contraproducente quanto ao futuro que ambicionamos para esta região e que passa por garantir estabilidade de vida, trabalho para as novas gerações, como garantir alguma da qualidade de vida que ainda temos.
O que está aqui em causa (...) é a de assegurar coerência regional, sustentabilidade das decisões, articulação de interesses, coesão regional e acima de tudo liderança regional face às opções de futuro.
Há futuros imaginados e há futuros possíveis. Entre uns e outros a diferença reside na capacidade de conduzir os nossos próprios destinos ou sermos conduzidos por ele ou pelos interesses que uns quantos nele poderão colocar.
Face ao que esses futuros podem implicar é essencial que haja protagonistas capazes de representar condignamente a região e os interesses alentejanos. Estaremos nós preparados?
O futuro o dirá…
do simples
as coisas simples nem sempre são fáceis; as coisas fáceis nem sempre são simples;
lugares comuns que permitem pensar que entre um e outro existe o eterno dilema do espaço que nós ocupamos, ou aquele que queremos ocupar ou aquele que pensamos que poderíamos ou pensamos que deveríamos ocupar;
pois o espaço que ocupamos pode ser apenas transitório, circunstancial ou momentâneo;
uma coisa é certa, simples não é e nós ainda por cima o complicamos;
lugares comuns que permitem pensar que entre um e outro existe o eterno dilema do espaço que nós ocupamos, ou aquele que queremos ocupar ou aquele que pensamos que poderíamos ou pensamos que deveríamos ocupar;
pois o espaço que ocupamos pode ser apenas transitório, circunstancial ou momentâneo;
uma coisa é certa, simples não é e nós ainda por cima o complicamos;
quinta-feira, janeiro 17
da partilha
o Miguel destaca no seu espaço, uma vez mais, a necessidade de uma cultura de partilha, do desenvolvimento das bases de um trabalho colaborativo entre docentes, tão habituados que estamos ao espaço individual de sala de aula, a pensar isoladamente estratégias e metodologias de trabalho, à acção solitária de avaliar e planificar;
concordo em absoluto com o Miguel quando se destaca essa necessidade imperiosa, fundamental da partilha;
destaca-se esta necessidade decorrente do facto que a legislação que se nos apresenta, independentemente das suas (des)virtudes, impele a esse trabalho colaborativo, implica essa partilha, impõe essa cooperação;
mas continuamos a agir como se tudo se mantivesse como dantes, inalterado;
caminhamos apressadamente para o abismo que cavámos e nem nos apercebemos disso?????
concordo em absoluto com o Miguel quando se destaca essa necessidade imperiosa, fundamental da partilha;
destaca-se esta necessidade decorrente do facto que a legislação que se nos apresenta, independentemente das suas (des)virtudes, impele a esse trabalho colaborativo, implica essa partilha, impõe essa cooperação;
mas continuamos a agir como se tudo se mantivesse como dantes, inalterado;
caminhamos apressadamente para o abismo que cavámos e nem nos apercebemos disso?????
do desconhecimento
quando, numa organização, não se sabe o que se há-de fazer ou como agir, faz-se uma reunião;
na minha escola as reuniões sucedem-se em catadupas, reflexo não apenas do que não se sabe, mas também consequência da sua própria e total ineficácia - sua das reuniões, pois claro;
na minha escola as reuniões sucedem-se em catadupas, reflexo não apenas do que não se sabe, mas também consequência da sua própria e total ineficácia - sua das reuniões, pois claro;
da falta de presença
um blogue cá do burgo deixou-me um comentário, que servia de indicação para o seu aparecimento;
denomina-se Templo do Giraldo e, mais do que um blogue, aparentemente quer divulgar notícias da terra e da região;
venha bem quem vem por bem, mas...
facto engraçado, deixou-me um comentário, circunstância que indicia que conhece este meu espaço e que o utiliza para seu proveito e divulgação, mas nos links que tem disponíveis, este meu espaço não está referenciado - talvez por não ser um blogue regional, será?;
denomina-se Templo do Giraldo e, mais do que um blogue, aparentemente quer divulgar notícias da terra e da região;
venha bem quem vem por bem, mas...
facto engraçado, deixou-me um comentário, circunstância que indicia que conhece este meu espaço e que o utiliza para seu proveito e divulgação, mas nos links que tem disponíveis, este meu espaço não está referenciado - talvez por não ser um blogue regional, será?;
quarta-feira, janeiro 16
das conversas
são horas de conversa, alguma discussão e muitas e diferentes ideias;
um ou outro argumento no meio de muitas opiniões, um ou outro apontamento pertinente no meio de muito ruído dispersivo;
faz-se de menos para o muito que se fala e conversa;
um ou outro argumento no meio de muitas opiniões, um ou outro apontamento pertinente no meio de muito ruído dispersivo;
faz-se de menos para o muito que se fala e conversa;
terça-feira, janeiro 15
dos dias
há uns dias mais difíceis que outros, uns mais cinzentos que outros;
hoje é um desses dias;
casa cheia, confusão generalizável, troca de piropos e argumentos, conversas cruzadas, puxa daqui e dali, prá'qui e prá'li, num quero-te mais que o outro;
e ainda falta um bom bocado para o final do dia;
hoje é um desses dias;
casa cheia, confusão generalizável, troca de piropos e argumentos, conversas cruzadas, puxa daqui e dali, prá'qui e prá'li, num quero-te mais que o outro;
e ainda falta um bom bocado para o final do dia;
das posições
em conversa de professores pode-se perspectivar que se não existirem normativos que imponham uma qualquer ideia ou situação, dificilmente alguma coisa se fará em algumas escolas;
não é generalizável nem é a prática comum na imensa maioria das escolas, mas, convenhamos, também há muitas onde sem uma indicação (mesmo que nebulosa) da tutela não se daria um passo para o que fosse - a não ser na conformidade pedagógica;
não é generalizável nem é a prática comum na imensa maioria das escolas, mas, convenhamos, também há muitas onde sem uma indicação (mesmo que nebulosa) da tutela não se daria um passo para o que fosse - a não ser na conformidade pedagógica;
do nada
convenhamos que se ouvirmos algumas das estórias, dos pequenos apontamentos de que são feitos os quotidianos nas escolas, podemos chegar à conclusão que algumas delas dariam azo a muita risota para quem não conhecesse os contextos e as circunstâncias educativas;
foi assim que me senti ao longo de boa parte do dia de ontem, entre o sorriso amarelo e a estupefacção da risota geral;
foi assim que me senti ao longo de boa parte do dia de ontem, entre o sorriso amarelo e a estupefacção da risota geral;
segunda-feira, janeiro 14
do parecer
via JMA, no seu Terrear, chega-se ao parecer do Prof. J. Barroso relativamente à proposta em discussão do novo regime de autonomia, gestão e administração;
mais palavras para quê? está tudo lá, preto no branco, curto e grosso como é hábito na pessoa do Pr. J. Barroso;
duas grandes ideias sínteses:
1. se o 115-A/98 ainda não foi plenamente implementado, para quê criar um outro?
2. faltam ideias de política educativa onde sobram posições individuais sobre a escola e os professores;
mais palavras para quê? está tudo lá, preto no branco, curto e grosso como é hábito na pessoa do Pr. J. Barroso;
duas grandes ideias sínteses:
1. se o 115-A/98 ainda não foi plenamente implementado, para quê criar um outro?
2. faltam ideias de política educativa onde sobram posições individuais sobre a escola e os professores;
domingo, janeiro 13
da ignorância
é maravilhosos sermos ignorantes;
é admirável sabermos que não sabemos de nada e que nada se passa;
é óptimo e prazenteiro irmos em frente como se este pedaço de terra fosse único e exemplar para tudo o resto;
mas não é assim;
6º e sábado estive com colegas de outras regiões do país, oriundos de diferentes sectores da administração pública, uns desempenham papéis político-institucionais nesses sectores, outros são apenas funcionários;
são inevitáveis as comparações, sejam entre serviços, como entre regiões;
áh o teu serviço é isso, então imagina o meu...
áh o teu está assim, então escuta como está o meu...
na tua região fazem assim, então escuta como fizeram lá pelo meu lado...
por mim, fico mudo, quedo e calado quando me apercebo como as coisas correm pelas outras regiões e as comparo com a minha região; não sou propriamente um desconhecedor da realidade administrativa regional, mas fico sem palavras quando se comparam realidades político-administrativas;
há algo que me ultrapassa, me transcende; estou certo que o Alentejo estará muito à frente da realidade nacional, que será por estes lados que as coisas estão certas, correctas e no modo adequado;
mas que somos, estamos e agimos de modo muito diferente do resto do país disso não há dúvidas; talvez estejamos à frente e os outros não se apercebam...
é admirável sabermos que não sabemos de nada e que nada se passa;
é óptimo e prazenteiro irmos em frente como se este pedaço de terra fosse único e exemplar para tudo o resto;
mas não é assim;
6º e sábado estive com colegas de outras regiões do país, oriundos de diferentes sectores da administração pública, uns desempenham papéis político-institucionais nesses sectores, outros são apenas funcionários;
são inevitáveis as comparações, sejam entre serviços, como entre regiões;
áh o teu serviço é isso, então imagina o meu...
áh o teu está assim, então escuta como está o meu...
na tua região fazem assim, então escuta como fizeram lá pelo meu lado...
por mim, fico mudo, quedo e calado quando me apercebo como as coisas correm pelas outras regiões e as comparo com a minha região; não sou propriamente um desconhecedor da realidade administrativa regional, mas fico sem palavras quando se comparam realidades político-administrativas;
há algo que me ultrapassa, me transcende; estou certo que o Alentejo estará muito à frente da realidade nacional, que será por estes lados que as coisas estão certas, correctas e no modo adequado;
mas que somos, estamos e agimos de modo muito diferente do resto do país disso não há dúvidas; talvez estejamos à frente e os outros não se apercebam...
quinta-feira, janeiro 10
da confusão
o decreto regulamentar hoje publicado é, para quem conhece, uma autêntica cópia do SIADAP (sistema integrado de avaliação de desempenho da administração pública);
poucos foram os serviços onde este sistema não deu bronca e se levantaram processos, se instaurou a confusão e foi pródigo em desacatos;
estou certo e firmemente convencido que irá dar bronca da grossa na educação, onde as coisas acontecem, na generalidade das ocasiões, de modo bastante diferente do habitual funcionamento administrativo;
tenho sérias dúvidas que as lógicas existentes nas escolas dificultarão, e muito, a implementação deste sistema e de uma lógica quantitativa, numérica, de resultados;
como tudo se irá equilibrar? estou certo que mal, e depois de muita faísca;
poucos foram os serviços onde este sistema não deu bronca e se levantaram processos, se instaurou a confusão e foi pródigo em desacatos;
estou certo e firmemente convencido que irá dar bronca da grossa na educação, onde as coisas acontecem, na generalidade das ocasiões, de modo bastante diferente do habitual funcionamento administrativo;
tenho sérias dúvidas que as lógicas existentes nas escolas dificultarão, e muito, a implementação deste sistema e de uma lógica quantitativa, numérica, de resultados;
como tudo se irá equilibrar? estou certo que mal, e depois de muita faísca;
da disponibilidade
está disponível, para quem assim entender, um conjunto de artigos sobre a temática que integro, conhecimento, decisão política e acção pública em educação;
acreditem que vale a pena - mesmo para a discussão que presentemente se encontra na ordem do dia;
não estou porquê? por que na altura andava às voltas com o saneamento do meu anterior local de trabalho e não tinha cabeça para escrever uma linha, quanto mais um artigo;
do referendo
Já fui um acérrimo defensor do referendo às questões europeias.
Os argumentos invocados para a sua não realização, reforçavam a minha convicção quanto à sua necessidade.
hoje, concordo com a decisão do primeiro-ministro, mas discordo dos argumentos apresentados;
Por muito que se queira discutir a Europa, os seus sentidos e o seu modelo social, o referendo não é um dos momentos para o efeito;
Como foi possível observar em França e na Holanda, quando ambos os países recusaram a constituição europeia, o não foi interno e não a recusa à Europa ou a um modelo social europeu.
Tenho pena que se tenham perdido oportunidades sucessivas de se discutir a Europa e de qual o papel que nós, portugueses, pensamos poder ter neste processo,
neste momento a grande preocupação sobre a Europa é que funcione e o tratado de Lisboa, por muito que muitos procurem dizer o contrário, mais não é que uma proposta organizacional para que a Europa funcione com 27 membros, o que implica um conjunto substancialmente diferente de condições de funcionamento quando era constituída por 6, passou para 9, depois 12 e assim sucessivamente e que não irá parar;
o tratado constitucional até podia não ter grandes diferenças com este tratado de Lisboa, mas há um elemento que faz toda a diferença; o primeiro visava objectivamente um estado federal, o tratado é apenas uma recomposição organizacional - com implicações no peso e nas possibilidades dos diferentes países, é certo, mas não deixa de ser uma reconfiguração da organização dos serviços;
Os argumentos invocados para a sua não realização, reforçavam a minha convicção quanto à sua necessidade.
hoje, concordo com a decisão do primeiro-ministro, mas discordo dos argumentos apresentados;
Por muito que se queira discutir a Europa, os seus sentidos e o seu modelo social, o referendo não é um dos momentos para o efeito;
Como foi possível observar em França e na Holanda, quando ambos os países recusaram a constituição europeia, o não foi interno e não a recusa à Europa ou a um modelo social europeu.
Tenho pena que se tenham perdido oportunidades sucessivas de se discutir a Europa e de qual o papel que nós, portugueses, pensamos poder ter neste processo,
neste momento a grande preocupação sobre a Europa é que funcione e o tratado de Lisboa, por muito que muitos procurem dizer o contrário, mais não é que uma proposta organizacional para que a Europa funcione com 27 membros, o que implica um conjunto substancialmente diferente de condições de funcionamento quando era constituída por 6, passou para 9, depois 12 e assim sucessivamente e que não irá parar;
o tratado constitucional até podia não ter grandes diferenças com este tratado de Lisboa, mas há um elemento que faz toda a diferença; o primeiro visava objectivamente um estado federal, o tratado é apenas uma recomposição organizacional - com implicações no peso e nas possibilidades dos diferentes países, é certo, mas não deixa de ser uma reconfiguração da organização dos serviços;
do porquê
na sequência das leituras que tenho feito (para ver se percebo) a proposta em redor do novo regime jurídico de autonomia, administração e gestão, há uma ideia que desde o primeiro momento me assola as ideias;
se o governo (não apenas este) defende o reforço da "participação das famílias e comunidades na direcção estratégica dos estabelecimentos de ensino" (...) "mas também a efectiva capacidade de intervenção de todos os que mantêm um interesse legítimo na actividade e na vida de cada escola", porque é que este mesmo princípio não é alargado para os centros de saúde (não terei eu interesses legítimos nessa actividade?) ou nas estruturas dos centros de emprego ou formação profissional (pelas mesmas razões?);
ou seja, há aqui uma retórica que é mais persuasiva do que justificativa; persuasiva pois procura, uma vez mais, isolar os maus (os professores) dos bons (a população), e falta a justificação, uma vez que os interesses das famílias e da comunidade já estão, há muito representados nas estruturas das escolas (conselho pedagógico, assembleia de escola) e em noutros locais (conselho municipal de educação); se a justificação é alterar a relação percentual, essa é uma outra questão;
se o governo (não apenas este) defende o reforço da "participação das famílias e comunidades na direcção estratégica dos estabelecimentos de ensino" (...) "mas também a efectiva capacidade de intervenção de todos os que mantêm um interesse legítimo na actividade e na vida de cada escola", porque é que este mesmo princípio não é alargado para os centros de saúde (não terei eu interesses legítimos nessa actividade?) ou nas estruturas dos centros de emprego ou formação profissional (pelas mesmas razões?);
ou seja, há aqui uma retórica que é mais persuasiva do que justificativa; persuasiva pois procura, uma vez mais, isolar os maus (os professores) dos bons (a população), e falta a justificação, uma vez que os interesses das famílias e da comunidade já estão, há muito representados nas estruturas das escolas (conselho pedagógico, assembleia de escola) e em noutros locais (conselho municipal de educação); se a justificação é alterar a relação percentual, essa é uma outra questão;
discutir é preciso
como profissional da coisa educativa, como defensor da escola e do interesse público na educação, como socialista e cidadão digo, afirmo e subsrescrevo, discutir é preciso;
é fundamental que a sociedade e, em particular, os mais directamente envolvidos na definição, construção e implementação de políticas públicas, participem, debatam, contribuam, opinem, se troquem argumentos;
mas é também essencial perceber que o debate não deverá servir para virar do avesso uma qualquer proposta, alterar-lhe sentidos ou perverter princípios, mas contribuir para que as propostas possam ser melhoradas ou reforçadas de acordo com as lógicas de construção de uma política pública;
reafirmo, participar é preciso;
é fundamental que a sociedade e, em particular, os mais directamente envolvidos na definição, construção e implementação de políticas públicas, participem, debatam, contribuam, opinem, se troquem argumentos;
mas é também essencial perceber que o debate não deverá servir para virar do avesso uma qualquer proposta, alterar-lhe sentidos ou perverter princípios, mas contribuir para que as propostas possam ser melhoradas ou reforçadas de acordo com as lógicas de construção de uma política pública;
reafirmo, participar é preciso;
quarta-feira, janeiro 9
da surpresa
trabalhar com grupos/turma de 4º ano, neste minha escola tem trazido com ele duas surpresas;
uma assente na característica de queixinhas que a generalidade dos alunos gosta de evidenciar; fazer queixas disto ou daquilo, deste ou daquela, é uma quase constante e permanente referência nestes grupos; considero eu, e é um juízo pessoal, que esta atitude terá de se incentivada, apoiada e legitimada por adultos com que as crianças de relacionam, seja a família ou o/a docente oficial da turma; era coisa à qual não estava habituado e que desincentivo;
uma outra, mais comparativa com modelos de trabalho pedagógico, diz respeito ao facto de não saberem trabalhar em grupo, isto é, criarem factores de respeito entre os elementos de um mesmo grupo, saberem partilhar objectivos, dividir tarefas, puxar para o mesmo lado; esta uma clarissima surpresa, quando todos temos de trabalhar em grupos, com elementos com quem simpatizamos pouco ou simplesmente não simpatizamos e a escola não habituar aos factores de respeito, tolerância e cooperação;
viver e aprender, mesmo que seja à base da surpresa;
uma assente na característica de queixinhas que a generalidade dos alunos gosta de evidenciar; fazer queixas disto ou daquilo, deste ou daquela, é uma quase constante e permanente referência nestes grupos; considero eu, e é um juízo pessoal, que esta atitude terá de se incentivada, apoiada e legitimada por adultos com que as crianças de relacionam, seja a família ou o/a docente oficial da turma; era coisa à qual não estava habituado e que desincentivo;
uma outra, mais comparativa com modelos de trabalho pedagógico, diz respeito ao facto de não saberem trabalhar em grupo, isto é, criarem factores de respeito entre os elementos de um mesmo grupo, saberem partilhar objectivos, dividir tarefas, puxar para o mesmo lado; esta uma clarissima surpresa, quando todos temos de trabalhar em grupos, com elementos com quem simpatizamos pouco ou simplesmente não simpatizamos e a escola não habituar aos factores de respeito, tolerância e cooperação;
viver e aprender, mesmo que seja à base da surpresa;
terça-feira, janeiro 8
das arrumações
por questões de facilidade de análise e compreensão, gosto de arrumar as coisas em gavetas e perceber que sentido lhes posso atribuir;
penso não ser um pormenor meu, mas faço meu o exemplo, não vá eu cair em excessos sempre perniciosos à escrita e alguém dizer que estarei a exagerar;
seja pela política, de modo mais simplista, entre a esquerda e a direita (afinal o meu PS anda muito ao centro, e bem, digo eu), seja Norte/Sul, seja o que for, há para quase tudo o que me passa pela cabeça uma gaveta onde possa arrumar as ideias e perceber os sentimentos e os sentidos de cada coisa;
isto porque uma vez mais reforço a minha convicção que a blogosfera à minha direita marca pontos claros por estes lados;
se levar em consideração algumas análises que são feitas, aparecem propostas que vão da direita liberal ao ultra radicalismo extremista do PNR (sem medo das palavras);
certamente por falha minha, desconhecimento meu, mas não vejo blogues alinhados neste meu centro a aparecerem, certamente, repito, porque ainda não os referenciei, mas também será certo por falta de oportunidade de escrita e não de argumentos;
mas a direita arruma-se e espalha-se na blogosfera, ganha espaço e protagonismo e aquela que foi a maioria sociológica de esquerda corre o sério risco de se tornar a imensa minoria;
penso não ser um pormenor meu, mas faço meu o exemplo, não vá eu cair em excessos sempre perniciosos à escrita e alguém dizer que estarei a exagerar;
seja pela política, de modo mais simplista, entre a esquerda e a direita (afinal o meu PS anda muito ao centro, e bem, digo eu), seja Norte/Sul, seja o que for, há para quase tudo o que me passa pela cabeça uma gaveta onde possa arrumar as ideias e perceber os sentimentos e os sentidos de cada coisa;
isto porque uma vez mais reforço a minha convicção que a blogosfera à minha direita marca pontos claros por estes lados;
se levar em consideração algumas análises que são feitas, aparecem propostas que vão da direita liberal ao ultra radicalismo extremista do PNR (sem medo das palavras);
certamente por falha minha, desconhecimento meu, mas não vejo blogues alinhados neste meu centro a aparecerem, certamente, repito, porque ainda não os referenciei, mas também será certo por falta de oportunidade de escrita e não de argumentos;
mas a direita arruma-se e espalha-se na blogosfera, ganha espaço e protagonismo e aquela que foi a maioria sociológica de esquerda corre o sério risco de se tornar a imensa minoria;
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do mesmo
e talvez mais;
é daquelas coisas que soam a lugar comum, banalidade, mas que é verdade e acontece com mais frequência do que seria de esperar;
não se circunscreve à escola, penso ser algo transversal à sociedade portuguesa, à lógica que alguém já carimbou de tuga, mas na escola é uma evidência de tal modo quotidiana que ainda hoje a ouvi - e de quem não esperava;
quase sempre que se apresentam outras ideias, diferentes daquelas com que sempre se cozinharam os dias e se desfizeram os quotidianos, há quem pergunte se é permitido, se está de acordo com a lei, ou simplesmente afirme, com plena convicção das suas certezas inquestionáveis, que isso não é possível, que não há condições para que isso, ou isto, ou aquilo possa ser feito como está a ser apresentado, proposto, exposto;
acabam-se, em face de outras ideias, a valorizar os problemas em detrimento das possibilidades (já nem sequer digo das soluções) e esperamos pacífica e ordeiramente que alguém (geralmente os governantes) nos digam como fazer, como proceder;
sem ordens externas, vindas de um qualquer chefe ou ente iluminado pela distância hierárquica, somos pouco, valemos pouco e temos receio de avançar, de assumir as nossas ideias, posições ou convicções; e sempre que o fazemos há logo alguém que rotula essas ousadias de impertinência, mau feitio, quezilências pessoais, interesses políticos ou partidários ou apenas e simplesmente de mau feitio;
está difícil, muito mais difícil do que alguma vez imaginei, ultrapassar o circunstancialismo que o Estado Novo nos impôs e determinou assente na anomia pessoal, na subserviência, ou, como J. Gil disse, este "Medo de Existir";
é daquelas coisas que soam a lugar comum, banalidade, mas que é verdade e acontece com mais frequência do que seria de esperar;
não se circunscreve à escola, penso ser algo transversal à sociedade portuguesa, à lógica que alguém já carimbou de tuga, mas na escola é uma evidência de tal modo quotidiana que ainda hoje a ouvi - e de quem não esperava;
quase sempre que se apresentam outras ideias, diferentes daquelas com que sempre se cozinharam os dias e se desfizeram os quotidianos, há quem pergunte se é permitido, se está de acordo com a lei, ou simplesmente afirme, com plena convicção das suas certezas inquestionáveis, que isso não é possível, que não há condições para que isso, ou isto, ou aquilo possa ser feito como está a ser apresentado, proposto, exposto;
acabam-se, em face de outras ideias, a valorizar os problemas em detrimento das possibilidades (já nem sequer digo das soluções) e esperamos pacífica e ordeiramente que alguém (geralmente os governantes) nos digam como fazer, como proceder;
sem ordens externas, vindas de um qualquer chefe ou ente iluminado pela distância hierárquica, somos pouco, valemos pouco e temos receio de avançar, de assumir as nossas ideias, posições ou convicções; e sempre que o fazemos há logo alguém que rotula essas ousadias de impertinência, mau feitio, quezilências pessoais, interesses políticos ou partidários ou apenas e simplesmente de mau feitio;
está difícil, muito mais difícil do que alguma vez imaginei, ultrapassar o circunstancialismo que o Estado Novo nos impôs e determinou assente na anomia pessoal, na subserviência, ou, como J. Gil disse, este "Medo de Existir";
mais
do mesmo;
mas não é o sítio do nosso amigo Nelson, nada disso;
agora, à falta de melhor ou apenas de diferente, resolvem-se as questiúnculas entre professores e alunos com mais um processo disciplinar;
como se outros conseguíssem resolver os problemas que uns não conseguem; como se fosse possível que elementos exteriores (e por vezes estranhos) aos processos, pudessem conferir autoridade a quem não assume os seus poderes;
é mais do mesmo, para que tudo fique na mesma...
mas não é o sítio do nosso amigo Nelson, nada disso;
agora, à falta de melhor ou apenas de diferente, resolvem-se as questiúnculas entre professores e alunos com mais um processo disciplinar;
como se outros conseguíssem resolver os problemas que uns não conseguem; como se fosse possível que elementos exteriores (e por vezes estranhos) aos processos, pudessem conferir autoridade a quem não assume os seus poderes;
é mais do mesmo, para que tudo fique na mesma...
segunda-feira, janeiro 7
da discussão
agora sou eu que digo, nem mais e puxo para a primeira linha a resposta que o Paulo Guinote me deu numa das suas postas;
as escolas precisam da reforma que lhes dê a possibilidade de escolherem se querem ou não autonomia, se querem aderir às “modas” da gestão ou não, se querem ter um Director ou um Conselho Executivo.
Precisam de uma reforma que flexibilize a gestão e aligeira os procedimentos, mas que não obrigue a isso necessariamente..
quando se começa a entrar na questão do que se deve recomendar ou contrapor gostaria de ter escrito isto mesmo; é esta a questão essencial e central neste ou em qualquer processo de autonomia, deixar a escola (os seus elementos, o seu corpo) decidir o que quer, como quer; mais do que equacionar se é um modelo de gestão ou de administração é deixar à consideração as escolas quais os espaços de autonomia que pretende e em função de que resultados ou objectivos;
era uma forma de assumir a diferença das escolas e garantir, pelo respeito por essa diferença, as possibilidade de sermos mais iguais;
e para que isto assim possa acontecer, afinal não seria necessário reequacionar tudo de novo e de princípio, mas apenas regulamentar (mais e melhor) o 115A/98;
as escolas precisam da reforma que lhes dê a possibilidade de escolherem se querem ou não autonomia, se querem aderir às “modas” da gestão ou não, se querem ter um Director ou um Conselho Executivo.
Precisam de uma reforma que flexibilize a gestão e aligeira os procedimentos, mas que não obrigue a isso necessariamente..
quando se começa a entrar na questão do que se deve recomendar ou contrapor gostaria de ter escrito isto mesmo; é esta a questão essencial e central neste ou em qualquer processo de autonomia, deixar a escola (os seus elementos, o seu corpo) decidir o que quer, como quer; mais do que equacionar se é um modelo de gestão ou de administração é deixar à consideração as escolas quais os espaços de autonomia que pretende e em função de que resultados ou objectivos;
era uma forma de assumir a diferença das escolas e garantir, pelo respeito por essa diferença, as possibilidade de sermos mais iguais;
e para que isto assim possa acontecer, afinal não seria necessário reequacionar tudo de novo e de princípio, mas apenas regulamentar (mais e melhor) o 115A/98;
da lógica
ou da falta dela;
desde os finais dos anos 70 e um pouco ao longo de toda a década de 80 se pensou que existia uma forma adequada e correcta de implementar a mudança, mobilizar os intervenientes, ultrapassar os obstáculos;
foi o caso, paradigmático, da revisão curricular implementada em 1989 cá pela terra; experimentou-se primeiro num pequeno número de escolas, definiram-se estratégias, metodologias, objectivos e, depois de bem sacudir o tubo de ensaio, generalizou-se a coisa;
são modelos assentes em racionalidades técnicas, com pouca (ou nenhuma) consideração pelas perspectivas sociais, dos interesses dos envolvidos nessa mudança - por isso se diz que quem não quer a mudança lhe resiste, entre outros mimos;
considerar que a mudança social (e a escola é da dimensão social) tem uma forma de ser implementada é esquecer a multiplicidade de interesses, objectivos, motivações e outras coisas que tais que marcam a nossa escola;
desde os finais dos anos 70 e um pouco ao longo de toda a década de 80 se pensou que existia uma forma adequada e correcta de implementar a mudança, mobilizar os intervenientes, ultrapassar os obstáculos;
foi o caso, paradigmático, da revisão curricular implementada em 1989 cá pela terra; experimentou-se primeiro num pequeno número de escolas, definiram-se estratégias, metodologias, objectivos e, depois de bem sacudir o tubo de ensaio, generalizou-se a coisa;
são modelos assentes em racionalidades técnicas, com pouca (ou nenhuma) consideração pelas perspectivas sociais, dos interesses dos envolvidos nessa mudança - por isso se diz que quem não quer a mudança lhe resiste, entre outros mimos;
considerar que a mudança social (e a escola é da dimensão social) tem uma forma de ser implementada é esquecer a multiplicidade de interesses, objectivos, motivações e outras coisas que tais que marcam a nossa escola;
da neura
há uma semana sem fumo, antecipei-me à lei e procuro largar o vício;
mas ando cá com uma neura...
mas ando cá com uma neura...
domingo, janeiro 6
do comentário
o Paulo Guinote, um colega que não tenho o privilégio de conhecer (com a mesma profissão, da mesma área, História, e com raízes regionais) publicou um comentário interessante em redor desta pretensa discussão pública sobre o novo regime jurídico de etc, etc,;
não resisti e deixei-lhe o meu comentário, que trago para aqui por considerar que há pertinência em se alargar a discussão, e por considerar impertinente o meu comentário;
mas qual será a “reforma (…) que as escolas precisam para melhorar a sua perfomance”;
como dizes e bem, todas as anteriores caíram pela base fruto de inúmeras e diferentes vicissitudes, sejam quais forem as propostas (ou reformas) agradam apenas àqueles que as “inventaram” e a um ou outro elemento;
com R. Carneiro foi o que foi, entre ele e M. Grilo algum deserto e com estes, ficámo-nos pelo quê? daqui a D. Durão outro deserto, e o que é que aconteceu? mexeu-se, remexeu-se e acabou tudo na mesma, isto é, pior;
Será que andamos à espera de um qualquer Sebastião? de algo que agrade a gregos, troianos, a Deus e ao diabo, ao cão e ao gato?
o que temos feito, enquanto docentes, para dizer que esta prática, esta experiência (uma, identificada, nomeada, fulanizada) é correcta, adequada, útil, pertinente? quais os resultados e quais as práticas de uma escola (de uma qualquer) para o combate ao insucesso, ao abandono, ao absentismo?
não resisti e deixei-lhe o meu comentário, que trago para aqui por considerar que há pertinência em se alargar a discussão, e por considerar impertinente o meu comentário;
mas qual será a “reforma (…) que as escolas precisam para melhorar a sua perfomance”;
como dizes e bem, todas as anteriores caíram pela base fruto de inúmeras e diferentes vicissitudes, sejam quais forem as propostas (ou reformas) agradam apenas àqueles que as “inventaram” e a um ou outro elemento;
com R. Carneiro foi o que foi, entre ele e M. Grilo algum deserto e com estes, ficámo-nos pelo quê? daqui a D. Durão outro deserto, e o que é que aconteceu? mexeu-se, remexeu-se e acabou tudo na mesma, isto é, pior;
Será que andamos à espera de um qualquer Sebastião? de algo que agrade a gregos, troianos, a Deus e ao diabo, ao cão e ao gato?
o que temos feito, enquanto docentes, para dizer que esta prática, esta experiência (uma, identificada, nomeada, fulanizada) é correcta, adequada, útil, pertinente? quais os resultados e quais as práticas de uma escola (de uma qualquer) para o combate ao insucesso, ao abandono, ao absentismo?
do público
se há serviço público de educação este é um exemplo;
conseguem ser muito mais que a simples soma aritmética dos elementos envolvidos;
e, a propósito da discussão que aí circula, duas notas para a conversa:
podemos não gostar do modelo, podemos não concordar com a proposta, até podemos arranjar todos os pontos de crítica e recusa, mas a responsabilidade primeira pelo estado a que a coisa chegou é nossa, dos professores; é certo que manietados (em parte por imposição, outra por omissão) pelos governos e pelas políticas; mas não fomos capazes de dar mostra que com outras alternativas é possível fazer mais e melhor; tivemos o decr. lei 43/89 (famoso pela designação, da autonomia), depois modelos que eram novos na gestão e depois novos novos modelos (não é repetição nem gaguez, foram assim designados), depois o 115-A/98 e como ficaram as escolas, que espaços foram criados, que envolvimentos foram definidos, que estruturas foram implementadas, que experiências foram iniciadas, que ousadias foram tomadas? existiram, é verdade, como existem boas propostas, ideias, práticas, mas são, o mais das vezes, avulsas, individuais, fruto da carolice e da perseverança de um ou outro docente, da curiosidade ou da recusa de uma certa conformidade de um ou de outro; mas como se integram estes processos diferentes, inovadores, pontuais na estrutura e na globalidade do funcionamento da escola; como se articulam estes outros modos de fazer com a conformidade instalada em muitos dos conselhos pedagógicos;
como as escolas não fazem, como as escolas não promovem, como as escolas não mostram que é possível fazer de outro modo, há sempre um governante à espreita para dizer como é que se deve fazer; e então perdemos outra oportunidade de mostrar como realmente se faz, como há diferenças boas entre nós (professores, concelhos, alunos, contextos, sítios) e que nos enriquecem e não nos limitam e uniformizam (talvez já tenha faltado mais para o uniforme - que tantos defendem);
depois, concordo que no documento em discussão não estará em causa a escola pública, quer pelo alargamento que é considerado de elementos da comunidade, quer pela perspectiva de resultados que se irão colocar à escola e ao director; também tenho algumas dúvidas quanto a lógicas economicistas, sejam elas decorrentes da eficiência do sistema ou da eficácia de resultados; mas já não tenho grandes dúvidas quanto à assumida confusão entre os conceitos de gestão e administração e como, entre eles, se conjugará a autonomia; talvez possa ser lido que ao director competirá a gestão e ao conselho geral a administração, se assim for duas questões, uma teórica outra prática, a teórica, onde se encaixará a autonomia do fazer, do construir, do ousar ou está-se a pensar que o director muitíssimo dependente de resultados irá arriscar na inovação e na diferença? uma questão mais prática, se a administração fica cingida ao conselho geral imaginem a transposição das lutas, dos conflitos e dos interesses que se têm revelado no BCP para um conselho geral de uma qualquer escola e não é nem ficção, nem querer exagerar;
conseguem ser muito mais que a simples soma aritmética dos elementos envolvidos;
e, a propósito da discussão que aí circula, duas notas para a conversa:
podemos não gostar do modelo, podemos não concordar com a proposta, até podemos arranjar todos os pontos de crítica e recusa, mas a responsabilidade primeira pelo estado a que a coisa chegou é nossa, dos professores; é certo que manietados (em parte por imposição, outra por omissão) pelos governos e pelas políticas; mas não fomos capazes de dar mostra que com outras alternativas é possível fazer mais e melhor; tivemos o decr. lei 43/89 (famoso pela designação, da autonomia), depois modelos que eram novos na gestão e depois novos novos modelos (não é repetição nem gaguez, foram assim designados), depois o 115-A/98 e como ficaram as escolas, que espaços foram criados, que envolvimentos foram definidos, que estruturas foram implementadas, que experiências foram iniciadas, que ousadias foram tomadas? existiram, é verdade, como existem boas propostas, ideias, práticas, mas são, o mais das vezes, avulsas, individuais, fruto da carolice e da perseverança de um ou outro docente, da curiosidade ou da recusa de uma certa conformidade de um ou de outro; mas como se integram estes processos diferentes, inovadores, pontuais na estrutura e na globalidade do funcionamento da escola; como se articulam estes outros modos de fazer com a conformidade instalada em muitos dos conselhos pedagógicos;
como as escolas não fazem, como as escolas não promovem, como as escolas não mostram que é possível fazer de outro modo, há sempre um governante à espreita para dizer como é que se deve fazer; e então perdemos outra oportunidade de mostrar como realmente se faz, como há diferenças boas entre nós (professores, concelhos, alunos, contextos, sítios) e que nos enriquecem e não nos limitam e uniformizam (talvez já tenha faltado mais para o uniforme - que tantos defendem);
depois, concordo que no documento em discussão não estará em causa a escola pública, quer pelo alargamento que é considerado de elementos da comunidade, quer pela perspectiva de resultados que se irão colocar à escola e ao director; também tenho algumas dúvidas quanto a lógicas economicistas, sejam elas decorrentes da eficiência do sistema ou da eficácia de resultados; mas já não tenho grandes dúvidas quanto à assumida confusão entre os conceitos de gestão e administração e como, entre eles, se conjugará a autonomia; talvez possa ser lido que ao director competirá a gestão e ao conselho geral a administração, se assim for duas questões, uma teórica outra prática, a teórica, onde se encaixará a autonomia do fazer, do construir, do ousar ou está-se a pensar que o director muitíssimo dependente de resultados irá arriscar na inovação e na diferença? uma questão mais prática, se a administração fica cingida ao conselho geral imaginem a transposição das lutas, dos conflitos e dos interesses que se têm revelado no BCP para um conselho geral de uma qualquer escola e não é nem ficção, nem querer exagerar;
das procurar
no âmbito do trabalho de sensibilização com grupos do 1º ciclo no âmbito da informática vou procurar dar uma volta aos grupos;
pelas dimensões e pelas características das turmas e também pelas máquinas disponíveis, vou criar novas estratégias e uma outra metodologia de trabalho;
talvez pela criação de pequenos grupos de trabalho (onde se acentuarão lideranças e comportamentos), mediante uma pesquisa orientada (de acordo com temas curriculares e do interesse ou curiosidade dos alunos) possa obter mais resultados, ou pelo menos diferentes;
opto por consolidar competências (pesquisar, organizar as pesquisas, produzir documentos como resultado das pesquisas) mais do que criar novas (e talvez mais frágeis) competências ou conhecimentos;
é de procurar, é de tentar, talvez descubra;
pelas dimensões e pelas características das turmas e também pelas máquinas disponíveis, vou criar novas estratégias e uma outra metodologia de trabalho;
talvez pela criação de pequenos grupos de trabalho (onde se acentuarão lideranças e comportamentos), mediante uma pesquisa orientada (de acordo com temas curriculares e do interesse ou curiosidade dos alunos) possa obter mais resultados, ou pelo menos diferentes;
opto por consolidar competências (pesquisar, organizar as pesquisas, produzir documentos como resultado das pesquisas) mais do que criar novas (e talvez mais frágeis) competências ou conhecimentos;
é de procurar, é de tentar, talvez descubra;
das voltas
isto de andar à procura de uma escrita tem muito que se lhe diga;
o tema a partir do qual procuro escrever chama-se a regulação dos quotidianos, praticamente desde o princípio; e tenho andado empacado com a coisa, as ideias não me fluem como gostaria e ambiciono;
de repente até parece que se fez luz, talvez o problema decorra da relação que procuro criar entre os quotidianos e a (in)disciplina; os primeiros são muito mais abrangentes, implicam a norma, é certo, mas vão muito para além do quotidiano mediante a criação de elementos de subjectivação e de definição das próprias condutas; os segundos (de in-disciplina) ficam-se pelo momento, pela circunstância, pela ocasião, são mais normativos e funcionalistas e morrem quando nascem (na generalidade das situações);
ora procurar analisar os quotidianos educativos ao longo dos últimos trinta anos quase que me obriga a analisar as situações disciplinares, mas não me cingir a elas, procurar perceber como se relacionam conceitos, mas ir além deles;
isto devagarinho vai lá, ou não fosse eu alentejano;
o tema a partir do qual procuro escrever chama-se a regulação dos quotidianos, praticamente desde o princípio; e tenho andado empacado com a coisa, as ideias não me fluem como gostaria e ambiciono;
de repente até parece que se fez luz, talvez o problema decorra da relação que procuro criar entre os quotidianos e a (in)disciplina; os primeiros são muito mais abrangentes, implicam a norma, é certo, mas vão muito para além do quotidiano mediante a criação de elementos de subjectivação e de definição das próprias condutas; os segundos (de in-disciplina) ficam-se pelo momento, pela circunstância, pela ocasião, são mais normativos e funcionalistas e morrem quando nascem (na generalidade das situações);
ora procurar analisar os quotidianos educativos ao longo dos últimos trinta anos quase que me obriga a analisar as situações disciplinares, mas não me cingir a elas, procurar perceber como se relacionam conceitos, mas ir além deles;
isto devagarinho vai lá, ou não fosse eu alentejano;
sexta-feira, janeiro 4
da discussão
sugere-se, em determinados blogues, que se discuta a proposta para o novo regime jurídico da autonomia;
como se assume, em muitos sítios dentro e fora da blogosfera, que a maior parte dos docentes não leu, não está interessada no caso;
pela minha escola houve quem me dissesse que tal coisa não lhe diz respeito, não está interessado em concorrer a director;
e pronto, iniciou-se, uma vez mais, uma discussão entre surdos e mudos;
como se assume, em muitos sítios dentro e fora da blogosfera, que a maior parte dos docentes não leu, não está interessada no caso;
pela minha escola houve quem me dissesse que tal coisa não lhe diz respeito, não está interessado em concorrer a director;
e pronto, iniciou-se, uma vez mais, uma discussão entre surdos e mudos;
de si e do seu contrário
na análise ao novo regime jurídico da autonomia há quem parta de um dado conhecimento organizacional para questionar, inquirir o normativo, o documento em discussão pública;
parte-se, aparentemente, de um conjunto de pressupostos e procura-se neste documento em discussão até que ponto ele corresponde a esses pressupostos, ao conhecimento que se exigiria como estrutura do documento;
provavelmente se partirmos do documento em si e o questionarmos quanto às suas referências, ao modelo que se encontra subjacente, às ideias e valores que se poderão identificar, explícita como implícitamente, chegaremos a conclusões diferentes daquelas que obteremos se partirmos apenas e simplesmente do seu confronto com o conhecimento organizacional;
o documento é um documento político, como tal terá subjacente um conhecimento técnico (organizacional, gestionário, etc), mas reflectirá acima de tudo uma opção;
e uma das que sobressai do documento é o peso (que considero algo excessivo) do director;
é sabido que há escolas e locais onde existem, para escolha, lideranças e conhecimentos capazes de personificar esta figura tutelar agora criada; mas quando ela falha tudo o mais cai por terra, qual castelo de cartas e a escola acabará por ser auto-gerida - como hoje já acontece, de resto;
mais, o peso excessivo do director pode fazer com que a escola, enquanto construção social e harmonização de interesses, possa reflectir um sentido e não os diferentes sentidos que coexistem na escola; situação que será sempre empobrocedora da realidade educativa;
parte-se, aparentemente, de um conjunto de pressupostos e procura-se neste documento em discussão até que ponto ele corresponde a esses pressupostos, ao conhecimento que se exigiria como estrutura do documento;
provavelmente se partirmos do documento em si e o questionarmos quanto às suas referências, ao modelo que se encontra subjacente, às ideias e valores que se poderão identificar, explícita como implícitamente, chegaremos a conclusões diferentes daquelas que obteremos se partirmos apenas e simplesmente do seu confronto com o conhecimento organizacional;
o documento é um documento político, como tal terá subjacente um conhecimento técnico (organizacional, gestionário, etc), mas reflectirá acima de tudo uma opção;
e uma das que sobressai do documento é o peso (que considero algo excessivo) do director;
é sabido que há escolas e locais onde existem, para escolha, lideranças e conhecimentos capazes de personificar esta figura tutelar agora criada; mas quando ela falha tudo o mais cai por terra, qual castelo de cartas e a escola acabará por ser auto-gerida - como hoje já acontece, de resto;
mais, o peso excessivo do director pode fazer com que a escola, enquanto construção social e harmonização de interesses, possa reflectir um sentido e não os diferentes sentidos que coexistem na escola; situação que será sempre empobrocedora da realidade educativa;
da opinião
e mais um blogue que surge na atmosfera eborense - com a particularidade de algumas, muitas, costelas, bejenses;
o compadre florival Pinto, com quem troco galhardetes e ideias nas tarde da Antena Sul, rssolveu vir agora para a blogosfera;
faço votos para que consiga conciliar os inúmeros afazeres com a escrita, como faço votos de muitas e boas postas;
o lado direito eborense anda claramente mais activo - e eu que nunca acreditei em coincidências;
o compadre florival Pinto, com quem troco galhardetes e ideias nas tarde da Antena Sul, rssolveu vir agora para a blogosfera;
faço votos para que consiga conciliar os inúmeros afazeres com a escrita, como faço votos de muitas e boas postas;
o lado direito eborense anda claramente mais activo - e eu que nunca acreditei em coincidências;
quinta-feira, janeiro 3
dos comentários
há dias atrás um dos ilustres cronistas nacionais e da blogosfera, publicou um texto que, à primeira vista, merecerá toda a nossa atenção e alguma concordância;
a ideia ali defendida é, genericamente, que a blogosfera não é um fórum de participação pois não reúne as condições de razoabilidade, crítica e argumentação necessárias, que está polvilhada de egos assoberbados de emoção;
se, por um lado, é razoável o comentário a esta nova cultura do blogue, por outro revela algum receio de uma concorrência emotiva e egocêntrica; isto é, a blogosfera é tudo e não é nada; é um registo diário de ideias e emoções, sensações e opiniões; mas é também crítica e argumentação, razão e perspectiva de crítica social;
certamente que poucos serão aqueles blogues que conseguirão sobreviver à espuma dos dias, ao efémero dos nossos quotidianos, mas, ainda assim, revelam vontades, outras perspectivas e, aparentemente, até provocam análises de semiótica entabuadas com filosofia e crítica literária;
a ideia ali defendida é, genericamente, que a blogosfera não é um fórum de participação pois não reúne as condições de razoabilidade, crítica e argumentação necessárias, que está polvilhada de egos assoberbados de emoção;
se, por um lado, é razoável o comentário a esta nova cultura do blogue, por outro revela algum receio de uma concorrência emotiva e egocêntrica; isto é, a blogosfera é tudo e não é nada; é um registo diário de ideias e emoções, sensações e opiniões; mas é também crítica e argumentação, razão e perspectiva de crítica social;
certamente que poucos serão aqueles blogues que conseguirão sobreviver à espuma dos dias, ao efémero dos nossos quotidianos, mas, ainda assim, revelam vontades, outras perspectivas e, aparentemente, até provocam análises de semiótica entabuadas com filosofia e crítica literária;
do regresso
e, para todos os efeitos, hoje é dia de regresso à rotina da escola, do retorno ao quotidiano da normalidade; levantar cedo, levar filhos à escola, ir também eu para a escolinha, prepapar mais um período, este excepcionalmente curto;
é o mundo que regressa à sua normalidade;
é o mundo que regressa à sua normalidade;
dos modelos
aproveitei a pausa pedagógica do Natal e entre filhozes e bolo rei, dei uma vista de olhos ao novo regime jurídico de autonomia, gestão e administração dos estabelecimentos públicos de educação, só o título já cansa;
três ideias, soltas, no meio de outras que possam aparecer por aí:
a) não me assusta, nem considero que seja um papão que venha colocar em causa a democraticidade da escola ou dos seus mecanismos de funcionamento; é certo que faz depender excessivamente a dinâmica organizacional da figura do director, mas enfim, não é já assim?!;
b) colocam-se-me algumas dúvidas quanto ao funcionamento e à operacionalidade do conselho geral; não estamos, professores e técnicos, habituados a uma politização das estruturas e esta implica uma assumida politização (nada de confusões com partidos, política implica a discussão das ideias e das opções, dos sentidos e dos modelos, implica discussão, coisa com a qual os professores, fora do seu circulo, lidam com dificuldade); o anterior modelo (115-A/98) privilegiava uma distribuição tripartida que agora se esbate em dois órgãos;
c) para já a última nota, designar o director sem conhecimento de quem serão os seus assessores é votar no escuro, ainda que tenha de apresentar um plano de trabalho o desconhecimento de quem o implementa, os seus modos e as suas valorizações, pode condicionar a escolha;
em rodapé, achei curiosa a referência que um dos objectivos é assegurar a disciplina; curiosa porque é a primeira vez que se assume que compete à escola determinar os seus instrumentos e mecanismos de disciplinação colectiva (antes eram da quase que exclusiva responsabilidade do Estado Central que apenas deixava franjas à escola para este seu exercício); curiosa também porque é a assunção de um dos ramos da autonomia decretada;
três ideias, soltas, no meio de outras que possam aparecer por aí:
a) não me assusta, nem considero que seja um papão que venha colocar em causa a democraticidade da escola ou dos seus mecanismos de funcionamento; é certo que faz depender excessivamente a dinâmica organizacional da figura do director, mas enfim, não é já assim?!;
b) colocam-se-me algumas dúvidas quanto ao funcionamento e à operacionalidade do conselho geral; não estamos, professores e técnicos, habituados a uma politização das estruturas e esta implica uma assumida politização (nada de confusões com partidos, política implica a discussão das ideias e das opções, dos sentidos e dos modelos, implica discussão, coisa com a qual os professores, fora do seu circulo, lidam com dificuldade); o anterior modelo (115-A/98) privilegiava uma distribuição tripartida que agora se esbate em dois órgãos;
c) para já a última nota, designar o director sem conhecimento de quem serão os seus assessores é votar no escuro, ainda que tenha de apresentar um plano de trabalho o desconhecimento de quem o implementa, os seus modos e as suas valorizações, pode condicionar a escolha;
em rodapé, achei curiosa a referência que um dos objectivos é assegurar a disciplina; curiosa porque é a primeira vez que se assume que compete à escola determinar os seus instrumentos e mecanismos de disciplinação colectiva (antes eram da quase que exclusiva responsabilidade do Estado Central que apenas deixava franjas à escola para este seu exercício); curiosa também porque é a assunção de um dos ramos da autonomia decretada;
quarta-feira, janeiro 2
da colaboração
dei início, no dia de hoje, a uma colaboração entre a minha pessoa, mais rigorosamente, a minha escrita, e o jornal on-line Notícias Alentejo;
faço-o numa fase de reconfiguração e de redefinição (a ver vamos se também de opções) que o jornal adopta; saem uns, entram outros, o importante é a perseverança e a tenacidade de se procurarem caminhos para uma imprensa local e regional seriamente condicionada;
condicionada pelo mercado comercial, claramente exíguo; mas também pelos poderes instituídos, mesmo os da comunicação social, que nunca vêm com bons olhos o aparecimento de novas apostas; ou mesmo dos profissionais, quase sempre certos de si e senhores da sua ciência e sapiência que rapidamente se minam uns aos outros...
mas também condicionada pelas capacidades críticas, pela capacidade de escrita, pelos comentários e pelos comentadores;
em face desta minha colaboração a política neste espaço vem depois da publicação, como reservo para aqui assuntos mais educativos, escolares;
é uma divisão do espaço e da escrita;
a ver vamos como corre;
faço-o numa fase de reconfiguração e de redefinição (a ver vamos se também de opções) que o jornal adopta; saem uns, entram outros, o importante é a perseverança e a tenacidade de se procurarem caminhos para uma imprensa local e regional seriamente condicionada;
condicionada pelo mercado comercial, claramente exíguo; mas também pelos poderes instituídos, mesmo os da comunicação social, que nunca vêm com bons olhos o aparecimento de novas apostas; ou mesmo dos profissionais, quase sempre certos de si e senhores da sua ciência e sapiência que rapidamente se minam uns aos outros...
mas também condicionada pelas capacidades críticas, pela capacidade de escrita, pelos comentários e pelos comentadores;
em face desta minha colaboração a política neste espaço vem depois da publicação, como reservo para aqui assuntos mais educativos, escolares;
é uma divisão do espaço e da escrita;
a ver vamos como corre;
do tentar
e assim, devagar devagarinho, lá vão quase 60h sem fumo;
não precisei da lei proibicionista para tentar deixar de fumar; um dia antes optei por, uma vez mais, tentar deixar de fumar; estive quase 5 anos sem fumar, entre Agosto de 2002 e Março de 2007; por razões sempre idiotas voltei ao fumo e aos cigarros; volto a tentar abandonar;
a ver vamos, minuto-a-minuto, hora atrás de hora, um dia de cada vez; é certo que estou (eu assim me sinto) mais irascível, impaciente, irritadiço; mas terei de passar por todos estes degraus;
é de tentar...
não precisei da lei proibicionista para tentar deixar de fumar; um dia antes optei por, uma vez mais, tentar deixar de fumar; estive quase 5 anos sem fumar, entre Agosto de 2002 e Março de 2007; por razões sempre idiotas voltei ao fumo e aos cigarros; volto a tentar abandonar;
a ver vamos, minuto-a-minuto, hora atrás de hora, um dia de cada vez; é certo que estou (eu assim me sinto) mais irascível, impaciente, irritadiço; mas terei de passar por todos estes degraus;
é de tentar...
dos dias
e pronto, lá demos a volta a mais uma folha do calendário;
passámos dia, mês e ano, o três em um que nos faz sentir alegres por aqui termos chegado e esperançosos de irmos mais além;
um BOM ANO;
passámos dia, mês e ano, o três em um que nos faz sentir alegres por aqui termos chegado e esperançosos de irmos mais além;
um BOM ANO;
segunda-feira, dezembro 31
da arrumação
entre as últimas há sempre uma ideia ou outra que desperta alguma curiosidade;
no contexto da cartografia do conceito de disciplina na escola pública e em face de tantos e tão dispersas referências, resolvi arrumá-los em 4 cantos, 4 gavetas que me permitem perceber que conceitos se cruzam, que ideias e valores se veiculam, que modelos pedagógico-sociais se perspectivam;
foi um final de ano até algo produtivo, apesar das intermitências de escrita;
no contexto da cartografia do conceito de disciplina na escola pública e em face de tantos e tão dispersas referências, resolvi arrumá-los em 4 cantos, 4 gavetas que me permitem perceber que conceitos se cruzam, que ideias e valores se veiculam, que modelos pedagógico-sociais se perspectivam;
foi um final de ano até algo produtivo, apesar das intermitências de escrita;
das útlimas
damos as últimas neste último dia de 2007;
por mim mudo de caderno, fecho o deste ano, resumo ideias e alguns apontamentos e avanço para um novo, de 2008;
já assumi posições radicais, não deixei nada para a última badalada e desde ontem que volto a tentar deixar de fumar;
já lá vão pouco mais de 12h sem cigarros, alguma ansiedade e algum desconforto; a ver vamos como me porto;
nada melhor que acabar 2007; está esgotado, venha um novo dia, um novo ano e com ele outros desafios;
BOM ANO DE 2008, mais que estarmos feito num 8, que seja um ano assim mesmo, redondinho;
por mim mudo de caderno, fecho o deste ano, resumo ideias e alguns apontamentos e avanço para um novo, de 2008;
já assumi posições radicais, não deixei nada para a última badalada e desde ontem que volto a tentar deixar de fumar;
já lá vão pouco mais de 12h sem cigarros, alguma ansiedade e algum desconforto; a ver vamos como me porto;
nada melhor que acabar 2007; está esgotado, venha um novo dia, um novo ano e com ele outros desafios;
BOM ANO DE 2008, mais que estarmos feito num 8, que seja um ano assim mesmo, redondinho;
domingo, dezembro 30
do balanço
esta altura é propícia a balanços;
o que ficou por fazer, o que foi feito, o que se perspectiva fazer etc., etc,
nesta altura e neste local, apenas duas referências;
o que passou passou e saudades apenas do futuro, como diria o poeta e um valente amigo;
para a frente apenas os desejos de saúde, paciência e aquilo que dá força ao entendimento do quotidiano, do nosso dia-a-dia;
pessoalmente e até daqui a um ano, vou tentar terminar três dos capítulos que me consomem (um sobre a genealogia do conceito, outro sobre os instrumentos e outro sobre a regulação social), isto é todos aqueles que não se relacionam de perto (nem de longe) com o trabalho de campo da minha tese; como irei procurar concluir todo o trabalho de campo;
tudo o mais, logo se verá;
o que ficou por fazer, o que foi feito, o que se perspectiva fazer etc., etc,
nesta altura e neste local, apenas duas referências;
o que passou passou e saudades apenas do futuro, como diria o poeta e um valente amigo;
para a frente apenas os desejos de saúde, paciência e aquilo que dá força ao entendimento do quotidiano, do nosso dia-a-dia;
pessoalmente e até daqui a um ano, vou tentar terminar três dos capítulos que me consomem (um sobre a genealogia do conceito, outro sobre os instrumentos e outro sobre a regulação social), isto é todos aqueles que não se relacionam de perto (nem de longe) com o trabalho de campo da minha tese; como irei procurar concluir todo o trabalho de campo;
tudo o mais, logo se verá;
dos anos
um amigo - nesta mesma consideração - que por aqui fiz faz agora anos de por aqui andar;
somos diferentes, é verdade, pelas experiências, pelos contextos, até mesmo pelas ideologias escolares, educativas e políticas que nos separam;
mas não são suficientes para separar uma amizade que se construiu e firmou com base nessa mesma diferença;
votos de muitos e bons, a começar já por este que se aproxima, o de 2008, com tudo de bom para ti, meu amigo, e para as senhoras que te acompanham;
somos diferentes, é verdade, pelas experiências, pelos contextos, até mesmo pelas ideologias escolares, educativas e políticas que nos separam;
mas não são suficientes para separar uma amizade que se construiu e firmou com base nessa mesma diferença;
votos de muitos e bons, a começar já por este que se aproxima, o de 2008, com tudo de bom para ti, meu amigo, e para as senhoras que te acompanham;
sexta-feira, dezembro 28
dos livros
é sabido que o mercado editoral nacional anda a mexer como, muito provavelmente, nunca o tinha sentido antes;
aquele grupo que já possuiu a TVI dedica-se agora à compra de editoras - já lá vão 5, gaialivro, caminho, d. quixote, texto e asa, se não estiver a cometer enganos;
e, segundo rezam as crónicas do circuito, após a consolidação do novo grupo já se fala em nova venda a grupo desta feita internacional;
e o problema é que esta concentração e a acção se faz sentir no mercado;
as pequenas editoras, que tinham a vantagem da independência editorial e que criavam nichos de mercado ou fecham ou se esgotam; mesmo as maiores, caso da livraria leitura onde fiquei deveras surpreendido pelo downsizing sofrido, sentem os reflexos das mexidas editoriais e empresariais;
a ver vamos onde esta actividade nos leva e quais as consequências para o consumidor - onde cada vez mais se acentua a vantagem de utilizar a Net para a compra de livros - onde ficará o mercado de proximidade, a possibilidade de manusear o livro antes o comprar?
aquele grupo que já possuiu a TVI dedica-se agora à compra de editoras - já lá vão 5, gaialivro, caminho, d. quixote, texto e asa, se não estiver a cometer enganos;
e, segundo rezam as crónicas do circuito, após a consolidação do novo grupo já se fala em nova venda a grupo desta feita internacional;
e o problema é que esta concentração e a acção se faz sentir no mercado;
as pequenas editoras, que tinham a vantagem da independência editorial e que criavam nichos de mercado ou fecham ou se esgotam; mesmo as maiores, caso da livraria leitura onde fiquei deveras surpreendido pelo downsizing sofrido, sentem os reflexos das mexidas editoriais e empresariais;
a ver vamos onde esta actividade nos leva e quais as consequências para o consumidor - onde cada vez mais se acentua a vantagem de utilizar a Net para a compra de livros - onde ficará o mercado de proximidade, a possibilidade de manusear o livro antes o comprar?
do andante
e hoje estreei o andante, de um lado para o outro, o prazer e o privilégio de ver o Porto com a despreocupação de outros me conduzirem e não ter que me irritar pelo estacionamento;
um andamento a repetir mais vezes,
um andamento a repetir mais vezes,
quinta-feira, dezembro 27
do meio
Évora estava a meio gás, ou nem tanto, perdida entre a consoada de Natal e os preparativos da passagem de ano;
as ruas quasi desertas de gentes, cheia dos enfeites que marcam a quadra; queixas disto e daquilo, comentários assim e de outro modo;
agora é um tempo em que descanço da escola e do meu trabalho, quando não mesmo de mim;
as ruas quasi desertas de gentes, cheia dos enfeites que marcam a quadra; queixas disto e daquilo, comentários assim e de outro modo;
agora é um tempo em que descanço da escola e do meu trabalho, quando não mesmo de mim;
do rumo
rumei a norte para estar e ver amigos e amizades;
como as coisas são diferentes; a paisagem, a arquitectura, a organização dos espaços;
como as coisas são semelhantes, as gentes, os modos, as decorações de Natal;
no meio de uns e de outros valorizamos aquilo que queremos ou que pudemos;
gosto de valorizar as pessoas, de sentir os seus modos e os seus hábitos, mais do que procurar as diferenças;
é nestas diferenças que conseguimos perceber as semelhanças e perceber como somos, de que massa somos feitos;
como as coisas são diferentes; a paisagem, a arquitectura, a organização dos espaços;
como as coisas são semelhantes, as gentes, os modos, as decorações de Natal;
no meio de uns e de outros valorizamos aquilo que queremos ou que pudemos;
gosto de valorizar as pessoas, de sentir os seus modos e os seus hábitos, mais do que procurar as diferenças;
é nestas diferenças que conseguimos perceber as semelhanças e perceber como somos, de que massa somos feitos;
domingo, dezembro 23
das festas

cá em casa há quem esteja a contar os dias, as horas, os minutos para que possa rasgar o papel e matar a curiosidade daquilo que ali estará embrulhado;
nestes tempos de festas e desejos, aqui ficam os meus para todo(a)s aquele(a) que por aqui passam e têm o privilégio de me fazer sentir mais vivo;
votos sinceros de Festas Felizes, tudo de bom...
sexta-feira, dezembro 21
do café
apesar da blgosfera eborense se querer manifestar há quem denuncie o travo azedo de um café frio que custa a engolir;
persisto no que já aqui escrevi, faço votos para que não se rendam às pequenas evidências de uma mundanice local que apenas alvitra bitates, mais por um qualquer saudosismo decrépito e mofo, do que por querer construir seja o que for;
persisto no que já aqui escrevi, faço votos para que não se rendam às pequenas evidências de uma mundanice local que apenas alvitra bitates, mais por um qualquer saudosismo decrépito e mofo, do que por querer construir seja o que for;
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da (des)organização
uma das características do nosso sistema educativo é, reconheça-se, a sua imensa desorganização;
estruturado anarquicamente à medida que crescia, nunca chegou a consolidar uma dada lógica de funcionamento e, menos ainda, de relacionamento entre as suas diferentes partes;
unidade de coerência, o sistema apenas manteve duas das suas mais duras características e ambas oriundas do antes de 74, a centralização e a burocratização das acções;
não é necessário falar da estrutura do polvo, que se ramificou e diversificou por milhentas unidades, pequenas divisões, gabinetes e tudo o que se possa imaginar a ver se conseguia manter o controlo (ainda que remoto) do sistema e os seus súbditos sob o seu domínio;
mesmo ao nível da escola, e já aqui o escrevi por inúmeras vezes, o sistema alargou a sua base de recrutamento de alunos, integrou novos e diferentes públicos, procura um outro conhecimento e novas conformidades (para além da pedagógica e social, desde a integração europeia que é manifesta a conformidade política); mas o seu funcionamento tem permanecido imutável, se salvaguardarmos pequenas intervenções de lifting, mais para disfarçar as rugas do que outra qualquer coisa;
o(s) famoso(s) decretos da autonomia, primeiro o 43/89, depois o 115-A/98, acabaram por ter reflexos mínimos na organização e na estrutura do sistema;
tenho sérias dúvidas quanto àquele que por aí vem e que foi ontem aprovado em conselho de ministros;
percebo a tentativa de (re)organização do sistema com base na escola, é perceptível a integração de outras lógicas na gestão, como é entendível o forçar a integração de outras realidades na administração da escola;
desde logo por duas razões, a primeira porque persiste e insiste na designação de administração e gestão, criando-se, a partir daqui, contradições e inoperacionalidades conceptuais que certamente condicionarão o seu andamento, a sua implementação; depois por aquele Conselho Geral, muito decalcado da realidade norte americana carecer de elementos de operacionalização e monitorização;
a ver vamos como será o texto do documento, como procura articular as suas diferentes partes e concepções e como integra contributos de parceiros e de fazedores de opinião;
estruturado anarquicamente à medida que crescia, nunca chegou a consolidar uma dada lógica de funcionamento e, menos ainda, de relacionamento entre as suas diferentes partes;
unidade de coerência, o sistema apenas manteve duas das suas mais duras características e ambas oriundas do antes de 74, a centralização e a burocratização das acções;
não é necessário falar da estrutura do polvo, que se ramificou e diversificou por milhentas unidades, pequenas divisões, gabinetes e tudo o que se possa imaginar a ver se conseguia manter o controlo (ainda que remoto) do sistema e os seus súbditos sob o seu domínio;
mesmo ao nível da escola, e já aqui o escrevi por inúmeras vezes, o sistema alargou a sua base de recrutamento de alunos, integrou novos e diferentes públicos, procura um outro conhecimento e novas conformidades (para além da pedagógica e social, desde a integração europeia que é manifesta a conformidade política); mas o seu funcionamento tem permanecido imutável, se salvaguardarmos pequenas intervenções de lifting, mais para disfarçar as rugas do que outra qualquer coisa;
o(s) famoso(s) decretos da autonomia, primeiro o 43/89, depois o 115-A/98, acabaram por ter reflexos mínimos na organização e na estrutura do sistema;
tenho sérias dúvidas quanto àquele que por aí vem e que foi ontem aprovado em conselho de ministros;
percebo a tentativa de (re)organização do sistema com base na escola, é perceptível a integração de outras lógicas na gestão, como é entendível o forçar a integração de outras realidades na administração da escola;
desde logo por duas razões, a primeira porque persiste e insiste na designação de administração e gestão, criando-se, a partir daqui, contradições e inoperacionalidades conceptuais que certamente condicionarão o seu andamento, a sua implementação; depois por aquele Conselho Geral, muito decalcado da realidade norte americana carecer de elementos de operacionalização e monitorização;
a ver vamos como será o texto do documento, como procura articular as suas diferentes partes e concepções e como integra contributos de parceiros e de fazedores de opinião;
quinta-feira, dezembro 20
da química
por mera cusquíce, de quando em vez consulto os perfis dos utilizadores ou criadores dos espaços da blogosfera;
gostei deste perfil;
é um perfil que, apesar das muitas contrariedades, se alastra qual química da mancha de azeite que insinuosamente se propaga, se alastra e teima em deixar a sua presença, a sua marca;
ao ver as características deste meu ZeP sinto que a indústria química tem futuro na região; já são tantos os operários que, daqui a pouco, se poderá formar senão um sindicato, pelo menos uma tertúlia reivindicativa;
pode não ser tóxico, mas que perturba, lá isso perturba;
gostei deste perfil;
é um perfil que, apesar das muitas contrariedades, se alastra qual química da mancha de azeite que insinuosamente se propaga, se alastra e teima em deixar a sua presença, a sua marca;
ao ver as características deste meu ZeP sinto que a indústria química tem futuro na região; já são tantos os operários que, daqui a pouco, se poderá formar senão um sindicato, pelo menos uma tertúlia reivindicativa;
pode não ser tóxico, mas que perturba, lá isso perturba;
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blogosfera,
cidade,
política
da orientação
ontem foi dia de conversa com o orientador;
troca de ideias e esclarecimento de algumas dúvidas foram o pretexto para uma amena cavaqueira onde a grande, mesmo grande preocupação é não me sentir desorientado no meio de um projecto de trabalho que me consome energias;
do outro lado, da conversa do orientador, a clara percepção quanto ao entendimento dos meus ritmos de trabalho, e dos receios que com ele se podem colocar;
disperso-me com alguma facilidade, divirjo com relativa frequência, como consigo, como ultimamente, apresentar períodos onde a focalização me permite rendimentos inquestionáveis;
há que procurar garantir a continuidade de um trabalho e a focalização necessária e suficiente para que me sinta preso aos trilhos e não descarrile;
gostei da conversa, para além de ter ficado algo esclarecido quanto às dúvidas que levava, também gostei do afloramento de outras que o tempo - e as leituras - procurarão esbater;
troca de ideias e esclarecimento de algumas dúvidas foram o pretexto para uma amena cavaqueira onde a grande, mesmo grande preocupação é não me sentir desorientado no meio de um projecto de trabalho que me consome energias;
do outro lado, da conversa do orientador, a clara percepção quanto ao entendimento dos meus ritmos de trabalho, e dos receios que com ele se podem colocar;
disperso-me com alguma facilidade, divirjo com relativa frequência, como consigo, como ultimamente, apresentar períodos onde a focalização me permite rendimentos inquestionáveis;
há que procurar garantir a continuidade de um trabalho e a focalização necessária e suficiente para que me sinta preso aos trilhos e não descarrile;
gostei da conversa, para além de ter ficado algo esclarecido quanto às dúvidas que levava, também gostei do afloramento de outras que o tempo - e as leituras - procurarão esbater;
do café
e, por muito que possa não parecer, a blogosfera eborense até se move, faz-se sentir;
recebi a notícia natalícia que existe mais um blog sobre a cidade, Café Portugal, feito por um conjunto de elementos "históricos" da terra;
a designação, de café Portugal, remete para diferentes ideias (um imaginário colectivo) do que foi a cidade;
por um lado, um local de convívio, onde, entre tacadas de bilhar e comentários do momento, uma geração aprendeu a falar da PIDE, da censura, da vida alentejana; nesta fase o café Portugal era um contrapeso, o outro lado da verdade, ao outro café, o café Arcada, onde se reuniam outros, com outras ideias; estou a falar dos anos 50 e 60 de onde os jovens de então, a partir das janelas do 1º andar, galanteavam as raparigas passantes e espreitavam quem esperava pelo autocarro - é verdade, aquele local já foi ponto de paragem de autocarros;
por outro lado, e penso que será para esta fase que remete a designação, foi um espaço de confrontos, entre os que tinham chegado de África e estavam habituados aos cafés e aos espaços de convívio, com outros regressados dos muitos lados da Europa que agora nos consome e que traziam uma outra aragem, outras ideias, outros olhares, outras leituras, e aqueles que, por pouco ou muito que nunca daqui tenham saído, ali encontravam um espaço de diferenças;
foi, assumidamente, um espaço de fórum, de ideias, de ideais, de sonhos, de futuros possíveis e imaginados;
mas faliu, fechou, sucumbiu ao peso dos tempos, eventualmente da sua própria história, como sucumbiu pelo facto de quem por ali passava se ter apropriado de outros espaços, deslocalizado, também eles, para outros pontos, talvez com outros sonhos, com outras vontades;
como bloguista e como eborense dou as boas vindas a um novo espaço de debate e faço votos para que seja isso mesmo, um espaço crítico, reflexivo, de discussão e de ideias e não se renda aos apontamentos mais fáceis de corte e da costura, à insinuação brejeira; o Café Portugal também foi vítima disso mesmo;
recebi a notícia natalícia que existe mais um blog sobre a cidade, Café Portugal, feito por um conjunto de elementos "históricos" da terra;
a designação, de café Portugal, remete para diferentes ideias (um imaginário colectivo) do que foi a cidade;
por um lado, um local de convívio, onde, entre tacadas de bilhar e comentários do momento, uma geração aprendeu a falar da PIDE, da censura, da vida alentejana; nesta fase o café Portugal era um contrapeso, o outro lado da verdade, ao outro café, o café Arcada, onde se reuniam outros, com outras ideias; estou a falar dos anos 50 e 60 de onde os jovens de então, a partir das janelas do 1º andar, galanteavam as raparigas passantes e espreitavam quem esperava pelo autocarro - é verdade, aquele local já foi ponto de paragem de autocarros;
por outro lado, e penso que será para esta fase que remete a designação, foi um espaço de confrontos, entre os que tinham chegado de África e estavam habituados aos cafés e aos espaços de convívio, com outros regressados dos muitos lados da Europa que agora nos consome e que traziam uma outra aragem, outras ideias, outros olhares, outras leituras, e aqueles que, por pouco ou muito que nunca daqui tenham saído, ali encontravam um espaço de diferenças;
foi, assumidamente, um espaço de fórum, de ideias, de ideais, de sonhos, de futuros possíveis e imaginados;
mas faliu, fechou, sucumbiu ao peso dos tempos, eventualmente da sua própria história, como sucumbiu pelo facto de quem por ali passava se ter apropriado de outros espaços, deslocalizado, também eles, para outros pontos, talvez com outros sonhos, com outras vontades;
como bloguista e como eborense dou as boas vindas a um novo espaço de debate e faço votos para que seja isso mesmo, um espaço crítico, reflexivo, de discussão e de ideias e não se renda aos apontamentos mais fáceis de corte e da costura, à insinuação brejeira; o Café Portugal também foi vítima disso mesmo;
terça-feira, dezembro 18
das nuvens
há já algum tempo que não via nuvens;
hoje, ao sair de casa e olhar o céu, revi-me naquela frase, estou nas nuvens;
hoje, ao sair de casa e olhar o céu, revi-me naquela frase, estou nas nuvens;
segunda-feira, dezembro 17
da remodelação
há muita gente, gente demais a falar em remodelação governamental, em mexidas na estrutura do governo e da acção política;
sinceramente, sinceramente, considero que a haver mexidas políticas elas serão assumidamente circunstanciais, mais decorrentes de outros interesses (pessoais, profissionais, sociais) que políticos;
mais, dizer que a senhora ministra da educação, ou a sua equipa é remodelável é não perceber como funciona o governo e como actua a pessoa do primeiro-ministro;
não creio, sinceramente, como sinceramente espero estar enganado, que vá existir uma remodelação nos próximos meses na área educativa;
primeiro porque José Sócrates (como já afirmou Pacheco Pereira) não funciona em função das sondagens de opinião; segundo por que mesmo que funcionasse, muito gostaria ele de contrariar as sondagens, dar o dito por não dito, e mostrar quem manda na coisa; terceiro, porque não se faz uma remodelação para agradar a sondagens ou à oposição; faz-se uma remodelação ou simples mexida no governo por inépcia, incapacidade ou falta de tacto; e apesar de alguns senhore(a)s ministros serem pródigos em gaffes ou diatribes políticas, não é o suficiente para mexer na estrutura político-governativa;
a haver mexida ela será pontual, casuística e de sombras chinesas, daquelas que mais iludem do que revelam;
mesmo que haja secretários de estado que muito gostam de olhar para o seu úmbico e mais não sejam que autênticas sanguessugas políticas, mesmo aí, o primeiro-ministro mostrará as garantias de quem governa;
e nós que cá vamos, com diatribes, incompetências e inoquidades várias, nos arranjemos pois quem cá está por baixo, estas estruturas regionais, ou não querem ou simplesmente não podem interferir; é o pacto da conformidade, mais do que o silência, que vigora;
até quando...
sinceramente, sinceramente, considero que a haver mexidas políticas elas serão assumidamente circunstanciais, mais decorrentes de outros interesses (pessoais, profissionais, sociais) que políticos;
mais, dizer que a senhora ministra da educação, ou a sua equipa é remodelável é não perceber como funciona o governo e como actua a pessoa do primeiro-ministro;
não creio, sinceramente, como sinceramente espero estar enganado, que vá existir uma remodelação nos próximos meses na área educativa;
primeiro porque José Sócrates (como já afirmou Pacheco Pereira) não funciona em função das sondagens de opinião; segundo por que mesmo que funcionasse, muito gostaria ele de contrariar as sondagens, dar o dito por não dito, e mostrar quem manda na coisa; terceiro, porque não se faz uma remodelação para agradar a sondagens ou à oposição; faz-se uma remodelação ou simples mexida no governo por inépcia, incapacidade ou falta de tacto; e apesar de alguns senhore(a)s ministros serem pródigos em gaffes ou diatribes políticas, não é o suficiente para mexer na estrutura político-governativa;
a haver mexida ela será pontual, casuística e de sombras chinesas, daquelas que mais iludem do que revelam;
mesmo que haja secretários de estado que muito gostam de olhar para o seu úmbico e mais não sejam que autênticas sanguessugas políticas, mesmo aí, o primeiro-ministro mostrará as garantias de quem governa;
e nós que cá vamos, com diatribes, incompetências e inoquidades várias, nos arranjemos pois quem cá está por baixo, estas estruturas regionais, ou não querem ou simplesmente não podem interferir; é o pacto da conformidade, mais do que o silência, que vigora;
até quando...
não, não sou o único
certamente que se lembrarão desta canção dos Xutos;
perfeitamente adaptável a outras circunstâncias e situações, que fazem com que não me sinta o único saneado (politicamente, entenda-se) da Administração Pública;
sem apelo nem agravo, outros foram também inapelavelmente saneados, postos de lados, excluídos, deitados fora;
afinidades com a minha pessoa apenas a circunstância de estar associado à educação, mas pronto, tem outra experiência, um outro modo e forma de estar; não terá sido, certamente, por questões de feitio, apenas pela incapacidade, impotência e inoperância das estruturas locais e regionais do meu PS saberem ou poderem gerir os seus próprios interesses;
ou seria que estariam, também aqui, a gerir os seus interesses?
perfeitamente adaptável a outras circunstâncias e situações, que fazem com que não me sinta o único saneado (politicamente, entenda-se) da Administração Pública;
sem apelo nem agravo, outros foram também inapelavelmente saneados, postos de lados, excluídos, deitados fora;
afinidades com a minha pessoa apenas a circunstância de estar associado à educação, mas pronto, tem outra experiência, um outro modo e forma de estar; não terá sido, certamente, por questões de feitio, apenas pela incapacidade, impotência e inoperância das estruturas locais e regionais do meu PS saberem ou poderem gerir os seus próprios interesses;
ou seria que estariam, também aqui, a gerir os seus interesses?
sábado, dezembro 15
das leituras
não apenas mas particularmente em época de Natal, chegam a Évora inúmeros títulos que, noutras épocas, levam tempo e tempo, como se estivéssemos longe dos centros, como se por cá não se justificasse o investimento na distribuição, não fôssemos consumidores como os outros;
sinto-me tentado a comprar este e aquele, e mais este e o outro, mas não posso; estou condicionado por leituras em redor da disciplina na escola, a regulação social, os instrumentos e acção pública e a governação;
compro-os antes a pensar na esposa; talvez depois os possa ler;
para já tenho de me ficar pelas leituras "obrigatórias";
sinto-me tentado a comprar este e aquele, e mais este e o outro, mas não posso; estou condicionado por leituras em redor da disciplina na escola, a regulação social, os instrumentos e acção pública e a governação;
compro-os antes a pensar na esposa; talvez depois os possa ler;
para já tenho de me ficar pelas leituras "obrigatórias";
da conversa
dois professores, de duas escolas diferentes, mas conhecidos de há muito conversam;
diz um, sabes lá tu como anda a minha escola; até parece que o presidente, sempre que vai à casa de banho, traz uma ideia nova;
diz o outro, e então a minha, não te passa pela cabeça como aquilo anda;
diz o primeiro, se fossem ideias de jeito ainda vá que não vá, agora parece que são ideias só para chatear o pessoal;
replica o outro, bem que tento conversar com o pessoal, mas cada vez as coisas estão piores, e não é para simplificar nem facilitar a vida aos colegas, até parece que fazem de propósito;
então e na minha, agora alteraram a ordem de trabalhos das reuniões de avaliação e criaram um enredo que ninguém se entende;
na minha não está nada melhor, até parece que a Maria enviou uma cassete para eles ouvirem sempre que vão para a escola, complicam a vida a tudo e a todos;
mas nós sempre fizemos aquilo que agora nos andam a exigir, mas se o exigissem com termos;
na minha vai de mal a pior, ninguém se entende, sentem-se os nervos à flor da pele;
podia continuar por aqui fora, mas o discurso, as conversas de docentes caíram na explanação das amarguras, no carpir das mágoas, na comparação de quem está pior;
assim, dificilmente se encontra um caminho alternativo; mas há quem goste de nos ver assim...
diz um, sabes lá tu como anda a minha escola; até parece que o presidente, sempre que vai à casa de banho, traz uma ideia nova;
diz o outro, e então a minha, não te passa pela cabeça como aquilo anda;
diz o primeiro, se fossem ideias de jeito ainda vá que não vá, agora parece que são ideias só para chatear o pessoal;
replica o outro, bem que tento conversar com o pessoal, mas cada vez as coisas estão piores, e não é para simplificar nem facilitar a vida aos colegas, até parece que fazem de propósito;
então e na minha, agora alteraram a ordem de trabalhos das reuniões de avaliação e criaram um enredo que ninguém se entende;
na minha não está nada melhor, até parece que a Maria enviou uma cassete para eles ouvirem sempre que vão para a escola, complicam a vida a tudo e a todos;
mas nós sempre fizemos aquilo que agora nos andam a exigir, mas se o exigissem com termos;
na minha vai de mal a pior, ninguém se entende, sentem-se os nervos à flor da pele;
podia continuar por aqui fora, mas o discurso, as conversas de docentes caíram na explanação das amarguras, no carpir das mágoas, na comparação de quem está pior;
assim, dificilmente se encontra um caminho alternativo; mas há quem goste de nos ver assim...
do agradecido
pois...
e pronto, segui a indicação preciosa do Miguel e cá estou a tentar escrever neste espaço;
as máquinas e o software de quando em vez têm destas coisas;
vá lá saber-se do porquê.
agradecido, uma vez mais; passei-me para o FireFox e já cá estou;
vamos a isso...
e pronto, segui a indicação preciosa do Miguel e cá estou a tentar escrever neste espaço;
as máquinas e o software de quando em vez têm destas coisas;
vá lá saber-se do porquê.
agradecido, uma vez mais; passei-me para o FireFox e já cá estou;
vamos a isso...
sexta-feira, dezembro 14
da ajuda
a ausência - forçada - dos últimos dias não decorre de tarefas nem falta de tempo;
decorre de um problema para o qual peço ajuda, caso alguém já o tenha enfrentado;
quando acedo às mensagens do blogger ou quando procuro efectuar um reencaminhamento de correio pura e simplesmente aparece-me uma mensagem de erro e a janela do explorer é desligada isto só acontece no meu computador - o que, presumo, seja derivado de filtros, restrições ou...;
como consequência, não consigo colocar mensagens em casa o que limita significativamente a produção de ideias;
se isto já aconteceu a alguém e que saiba resolver, agradeço, desde já a ajuda;
decorre de um problema para o qual peço ajuda, caso alguém já o tenha enfrentado;
quando acedo às mensagens do blogger ou quando procuro efectuar um reencaminhamento de correio pura e simplesmente aparece-me uma mensagem de erro e a janela do explorer é desligada isto só acontece no meu computador - o que, presumo, seja derivado de filtros, restrições ou...;
como consequência, não consigo colocar mensagens em casa o que limita significativamente a produção de ideias;
se isto já aconteceu a alguém e que saiba resolver, agradeço, desde já a ajuda;
quarta-feira, dezembro 12
da educação
O primeiro-ministro referiu ontem, com alguma pompa, mas sem circunstância, algumas ideias (que não são propriamente novas) referentes à organização do sistema educativo;
Sem fazer qualquer comentário ou juízo avaliativo, uma vez que ainda estamos pelos discursos e não há forma de aceder aos documentos que serão apresentados para discussão pública, apenas algumas notas;
Quanto ao alargamento da participação nos destinos da escola, sim senhor, como? Mediante a reconfiguração da assembleia de escola? Mediante o alargamento de “sítios” de participação e presença de pais/encarregados de educação e de elementos municipais? A minha preocupação não vai no sentido de sentir qualquer tipo de receio de quem vem de fora (e que muitos dizem não serem conhecedores das lógicas e dos funcionamentos das escolas, entre muitas outras barbaridades), vai no sentido de perceber como e como esse alargamento permitirá melhores desempenhos (organizacionais) à escola;
Segundo, a figura do director, sim senhor, é uma profunda e significativa diferença face ao que, ao tempo, o outro governo apresentou; não é irrelevante, por muito que o queiram fazer parecer, mas a questão coloca-se quanto à formação (muitas vezes inexistente, outras feita à medida, outras ainda por encomenda); a(s liderança(s) é(são) elemento charneira na escola, mas não são individuais, qual cargo dirigente da AP onde o poder é exercido em face de exclusivas responsabilidades individuais; depois, como avaliar, como comprometer, como responsabilizar? Se é uninominal o director que se dane, pois claro, é ele o responsável;
Terceiro, alargar a autonomia, duvido que alguém negue esta necessidade mais que evidente; mas como, em face de projecto, de contrato, de protocolo, de objectivos (qual SIADAP transposto para a escola), qual o comprometimento do ME, quais os limites e os âmbitos de exercício dessa autonomia – a visar o quê, com que resultados e em face de que circunstâncias;
Dúvidas que se procurarão esclarecer aquando da discussão pública, assim espero;
Sem fazer qualquer comentário ou juízo avaliativo, uma vez que ainda estamos pelos discursos e não há forma de aceder aos documentos que serão apresentados para discussão pública, apenas algumas notas;
Quanto ao alargamento da participação nos destinos da escola, sim senhor, como? Mediante a reconfiguração da assembleia de escola? Mediante o alargamento de “sítios” de participação e presença de pais/encarregados de educação e de elementos municipais? A minha preocupação não vai no sentido de sentir qualquer tipo de receio de quem vem de fora (e que muitos dizem não serem conhecedores das lógicas e dos funcionamentos das escolas, entre muitas outras barbaridades), vai no sentido de perceber como e como esse alargamento permitirá melhores desempenhos (organizacionais) à escola;
Segundo, a figura do director, sim senhor, é uma profunda e significativa diferença face ao que, ao tempo, o outro governo apresentou; não é irrelevante, por muito que o queiram fazer parecer, mas a questão coloca-se quanto à formação (muitas vezes inexistente, outras feita à medida, outras ainda por encomenda); a(s liderança(s) é(são) elemento charneira na escola, mas não são individuais, qual cargo dirigente da AP onde o poder é exercido em face de exclusivas responsabilidades individuais; depois, como avaliar, como comprometer, como responsabilizar? Se é uninominal o director que se dane, pois claro, é ele o responsável;
Terceiro, alargar a autonomia, duvido que alguém negue esta necessidade mais que evidente; mas como, em face de projecto, de contrato, de protocolo, de objectivos (qual SIADAP transposto para a escola), qual o comprometimento do ME, quais os limites e os âmbitos de exercício dessa autonomia – a visar o quê, com que resultados e em face de que circunstâncias;
Dúvidas que se procurarão esclarecer aquando da discussão pública, assim espero;
do Dez
Há quem se diga Dezorientado, Dezmotivado, e outras coisas mais;
Pois bem, devagar, devagarinho ao fim de pouco mais de um ano de ter criado um novo espaço (pela designação e pelo endereço), chego aos dez mil passantes;
Nada comparável a muitos outros espaços/blogues que rapidamente atingem cifras significativas, de meter inveja a estes meus números agora alcançados; mas não quero fazer esse tipo de comparação; quero-me regozijar pelos pacientes, pelos persistentes, pelas amizades que aqui fiz, construí e consolidei; amizades algumas vezes feitas na diferença de ideias, opiniões e sentidos de encararmos a coisa pública; mas pela persistência que denotam em resistir à minha escrita (com erros, ortográficos ou gramaticais, às ideias e opiniões) só tenho a agradecer;
Obrigado; voltem sempre, cá estarei, até quando não sei, mas por cá estarei.
Pois bem, devagar, devagarinho ao fim de pouco mais de um ano de ter criado um novo espaço (pela designação e pelo endereço), chego aos dez mil passantes;
Nada comparável a muitos outros espaços/blogues que rapidamente atingem cifras significativas, de meter inveja a estes meus números agora alcançados; mas não quero fazer esse tipo de comparação; quero-me regozijar pelos pacientes, pelos persistentes, pelas amizades que aqui fiz, construí e consolidei; amizades algumas vezes feitas na diferença de ideias, opiniões e sentidos de encararmos a coisa pública; mas pela persistência que denotam em resistir à minha escrita (com erros, ortográficos ou gramaticais, às ideias e opiniões) só tenho a agradecer;
Obrigado; voltem sempre, cá estarei, até quando não sei, mas por cá estarei.
terça-feira, dezembro 11
do índice
na construção de um projecto de investigação é básica a necessidade de se criar um índice que permita canalizar os esforços (leituras, escritas, pensamentos e ideias);
há já algum tempo que tinha o meu, pela qual, melhor ou pior, me orientava;
reformulei-o agora de alto abaixo;
descobri que o anterior estava inconsequente e com manifesta falta de coerência;
o que recreei apresenta-se-me mais claro, com melhores condições de canalizar os esforços;
tem sido um processo feito por aproximações, muitos recuos, algumas hesitações, como algumas convicções;
teria de ser assim, muito provavelmente;
há já algum tempo que tinha o meu, pela qual, melhor ou pior, me orientava;
reformulei-o agora de alto abaixo;
descobri que o anterior estava inconsequente e com manifesta falta de coerência;
o que recreei apresenta-se-me mais claro, com melhores condições de canalizar os esforços;
tem sido um processo feito por aproximações, muitos recuos, algumas hesitações, como algumas convicções;
teria de ser assim, muito provavelmente;
da diferença
uma das ideias que sobressai da reestruturação de um projecto educativo é a diversidade de ideias, posições, valores e modelos com que uma qualquer escola se debate;
a minha escola não é diferente das demais - apesar da diferença das pessoas; numa grelha de análise de conteúdos chega-se à conclusão do óbvio, que existem concepções e opiniões que cruzam os docentes e vão para além do espaço delimitado da escola que integram;
há quem considere um contratempo esta diversidade; por mim considero-a uma vantagem;
a pluralidade de ideias e concepções só pode enriquecer as práticas e as concepções; desde que alguém queira aprender;
a minha escola não é diferente das demais - apesar da diferença das pessoas; numa grelha de análise de conteúdos chega-se à conclusão do óbvio, que existem concepções e opiniões que cruzam os docentes e vão para além do espaço delimitado da escola que integram;
há quem considere um contratempo esta diversidade; por mim considero-a uma vantagem;
a pluralidade de ideias e concepções só pode enriquecer as práticas e as concepções; desde que alguém queira aprender;
da insinuação
a política local (senão mesmo a regional) é feita mais pela insinuação, pelo não dito, pelo omisso do que pela discussão de ideias e projectos;
nos últimos tempos (anos) a política não se discute, insinua-se; a política não se argumenta, lançam-se boatos;
mesmo no seio das próprias estruturas político-partidárias há quem sinta manifestas dificuldades em argumentar ideias, defender opções optando mais pela insinuação, pelo jogo debaixo da mesa;
talvez seja fruto dos actores que temos, talvez aprendizagens desajustadas; talvez por ausência de espaços de debate de ideias, mesmo partidários;
como não há espaços (nem grandes argumentos, diga-se) os comentários fazem-se valer por si, como se tivessem vida própria, e não têm;
nos últimos tempos (anos) a política não se discute, insinua-se; a política não se argumenta, lançam-se boatos;
mesmo no seio das próprias estruturas político-partidárias há quem sinta manifestas dificuldades em argumentar ideias, defender opções optando mais pela insinuação, pelo jogo debaixo da mesa;
talvez seja fruto dos actores que temos, talvez aprendizagens desajustadas; talvez por ausência de espaços de debate de ideias, mesmo partidários;
como não há espaços (nem grandes argumentos, diga-se) os comentários fazem-se valer por si, como se tivessem vida própria, e não têm;
sábado, dezembro 8
da árvore
foi dia de, com a família, se montar a árvore de Natal, trazer cá para dentro este espírito natalício que se encontra embrulhado em prendas, laçarotes e luzes que piscam, bolas coloridas e tudo o que se lhe possa associar;
apesar da crescente descristianização social e de alguma assumida paganização dos rituais, à momentos que perduram, eventualmente com outras leituras ou outros significados; mas queremos, lá no fundo, assumir todo um tempo imaginado, circunstâncias de sonhos ou, simplesmente, um manter presente todas as memórias de uma infância;
do tempo
do tempo que passa, agora é o Natal que se insuna, com toda a sua proliferação de embrulhos coloridos, lojas assumidamente mais chamativas, um frio que se intromete por entre as gentes que passeiam, olhando as montras, procurando uma prenda aqui ou ali, para este ou para aquele;
a brincar a brincar, estamos no último mês do ano, em tempos, antes da adopção deste nosso calendário Gregoriano, o dez hoje o doze em que marca o virar de página;
mais uma...
quinta-feira, dezembro 6
da posição
as recentes posições dos diferentes partidos políticos, na votação do orçamento municipal e do PDM cá da terra, são reveladoras de diferentes situações e circunstâncias;
destaco duas - uma da cada lado do PS;
o PCP encontra-se à procura de rumo, de uma estratégia que lhe permita uma reafirmação (local) que dificilmente voltará a ter; debate-se nos interesses internos e nas incapacidades de, sem referir o passado, voltar a ele, qual memória de saudosismos (que em dias de nevoeiro até calha bem como metáfora) e de apresentar outras (e preferencialmente novas) ideias; a renovação a que procura proceder mais não é que um lifting, um botox político, onde se procuram reconfigurar algumas partes mantendo toda a sua estrutura e lógica interna; os tempos são outros, como os desafios e as propostas e o PCP está enclausurado nas suas próprias limitações;
do outro lado, o PSD procura afirmar um discurso de promoção da cidade, por um lado, e de alternativa à discussão dicotómica da sua esquerda, sem ser capaz de se afirmar, primeiro, longe das estruturas (e lógicas) nacionais que são mais auto-fágicas que outra coisa (veja-se o exemplo da CM de Lisboa), segundo, mediante um projecto local que seja aglutinador e não diferenciador e dispersor do comum interesse da cidadania local - muito enleado que tem estado em espaços delimitados de acção;
a capacidade de gerir estes equilíbrios e sensibilidades, claramente entalado que está o PS, tem sido uma das virtudes e capacidades do presidente da autarquia - não isento de referências ou de apontamentos, nomeadamente ao nível da estratégia adoptada;
resta perguntar, até onde..., até quando... como se poderá afirmar o PS local onde persistem lógicas mais circunstanciais que estruturais, mais fulanizadas que politizadas;
destaco duas - uma da cada lado do PS;
o PCP encontra-se à procura de rumo, de uma estratégia que lhe permita uma reafirmação (local) que dificilmente voltará a ter; debate-se nos interesses internos e nas incapacidades de, sem referir o passado, voltar a ele, qual memória de saudosismos (que em dias de nevoeiro até calha bem como metáfora) e de apresentar outras (e preferencialmente novas) ideias; a renovação a que procura proceder mais não é que um lifting, um botox político, onde se procuram reconfigurar algumas partes mantendo toda a sua estrutura e lógica interna; os tempos são outros, como os desafios e as propostas e o PCP está enclausurado nas suas próprias limitações;
do outro lado, o PSD procura afirmar um discurso de promoção da cidade, por um lado, e de alternativa à discussão dicotómica da sua esquerda, sem ser capaz de se afirmar, primeiro, longe das estruturas (e lógicas) nacionais que são mais auto-fágicas que outra coisa (veja-se o exemplo da CM de Lisboa), segundo, mediante um projecto local que seja aglutinador e não diferenciador e dispersor do comum interesse da cidadania local - muito enleado que tem estado em espaços delimitados de acção;
a capacidade de gerir estes equilíbrios e sensibilidades, claramente entalado que está o PS, tem sido uma das virtudes e capacidades do presidente da autarquia - não isento de referências ou de apontamentos, nomeadamente ao nível da estratégia adoptada;
resta perguntar, até onde..., até quando... como se poderá afirmar o PS local onde persistem lógicas mais circunstanciais que estruturais, mais fulanizadas que politizadas;
da falta
ontem estive sem net em casa;
é, simultaneamente, um sensação de vazio, de abandono, de isolamento que me constrange, como é um descanso em que aproveito a oportunidade (dada pelo isolamento) para produzir sem me dispersar, sem vaguear;
os equilíbrios esses, é que são mais difíceis de estabelecer, pois é um instrumento fundamental para o que quer que seja;
é, simultaneamente, um sensação de vazio, de abandono, de isolamento que me constrange, como é um descanso em que aproveito a oportunidade (dada pelo isolamento) para produzir sem me dispersar, sem vaguear;
os equilíbrios esses, é que são mais difíceis de estabelecer, pois é um instrumento fundamental para o que quer que seja;
dos "factus"
o Paulo deixou-me um comentário sobre os factus que gira(ra)m em redor da escola do bº da comenda; esclareço, em face da dúvida e da impressão que terei deixado;
não responsabilizo os pais pela criação deste factu político local; fazem o seu trabalho, defendem os seus interesses, pugnam pelo que consideram mais adequado para os seus filhos; como pai não posso deixar de o afirmar;
agora o que houve e o que há circunstancialmente nesta cidade é o aproveitamento de situações (umas mais concretas que outras, uma menos razoáveis que outras, umas mais pertinentes que outras) por parte de diferentes correntes de pretensos fazedores de opinião que mais não visam que moer e desmoer situações e querer apresentar aquilo que consideram mais útil para os seus pretensos objectivos;
entre o interesse de uns (os pais) e de outros (os fazedores locais de opinião) há todo um espaço de debate e de afirmação de ideias que não é possível fazer com a mediação da comunicação social ou com a radicalização de posições;
e isto não é exclusivo das situações em redor da escola da comenda;
não responsabilizo os pais pela criação deste factu político local; fazem o seu trabalho, defendem os seus interesses, pugnam pelo que consideram mais adequado para os seus filhos; como pai não posso deixar de o afirmar;
agora o que houve e o que há circunstancialmente nesta cidade é o aproveitamento de situações (umas mais concretas que outras, uma menos razoáveis que outras, umas mais pertinentes que outras) por parte de diferentes correntes de pretensos fazedores de opinião que mais não visam que moer e desmoer situações e querer apresentar aquilo que consideram mais útil para os seus pretensos objectivos;
entre o interesse de uns (os pais) e de outros (os fazedores locais de opinião) há todo um espaço de debate e de afirmação de ideias que não é possível fazer com a mediação da comunicação social ou com a radicalização de posições;
e isto não é exclusivo das situações em redor da escola da comenda;
terça-feira, dezembro 4
da regulação
numa análise de conteúdos aos comentários inerentes à revisão do projecto educativo da minha escola, constata-se o óbvio; os docentes não encaram o seu trabalho, a sua função como elementos de regulação - seja pedagógica, social ou, mais dificilmente, política;
a principal dimensão que surge associada aos comentários ainda se encontra muito ligada às dimensões funcionais e instrumentais da escola; o que pode decorrer de várias situações, destaco duas, os discursos educativos predominantes (os políticos ou os académicos) que visam a estruturação da escola em face dos desafios da modernidade, da preparação e adequação para a vida, da preparação de profissionais qualificados e, por outro lado, de modos passados de entender a escola e a relação pedagógica, tempos em que a escola preparava para a vida, que a escolarização era garante de trabalho, de uma profissão;
aparentemente não á contrdição entre um e outro, mas os modelos subjacentes às práticas são diferentes uns dos outros, como diferentes são os papéis concebidos aos professores e aos alunos num e noutro contexto;
não julgo a situação, limito-me a constatá-la;
a principal dimensão que surge associada aos comentários ainda se encontra muito ligada às dimensões funcionais e instrumentais da escola; o que pode decorrer de várias situações, destaco duas, os discursos educativos predominantes (os políticos ou os académicos) que visam a estruturação da escola em face dos desafios da modernidade, da preparação e adequação para a vida, da preparação de profissionais qualificados e, por outro lado, de modos passados de entender a escola e a relação pedagógica, tempos em que a escola preparava para a vida, que a escolarização era garante de trabalho, de uma profissão;
aparentemente não á contrdição entre um e outro, mas os modelos subjacentes às práticas são diferentes uns dos outros, como diferentes são os papéis concebidos aos professores e aos alunos num e noutro contexto;
não julgo a situação, limito-me a constatá-la;
da escrita
quando me reencontro com a minha escrita, aquela que decorre mais por dever e obrigação, que por prazer e impulso, fico com menos tempo, menor disponibilidade para este meu cantinho;
entretenho-me no coligir os instrumentos (elementos que estruturam as relações de poder entre governo e governados e que são imbuídos de valores, ideias e modelos subjacentes a essa relação) e na sua organização em face das dimensões que perspectivam e daquilo que, pretensamente, pretendem regular;
fica-me pouca vontade para escrever por aqui;
entretenho-me no coligir os instrumentos (elementos que estruturam as relações de poder entre governo e governados e que são imbuídos de valores, ideias e modelos subjacentes a essa relação) e na sua organização em face das dimensões que perspectivam e daquilo que, pretensamente, pretendem regular;
fica-me pouca vontade para escrever por aqui;
segunda-feira, dezembro 3
dos projectos
entretenho-me, juntamente com outros colegas, com a estruturação de um projecto educativo de escola, ao qual acrescerá o projecto curricular e o regulamento interno;
no processo adoptado, onde se partiu da unidade básica de agrupamento da escola, o grupo pedagógico, é interessante perceber como os professores utilizam diferentes conceitos e ideias, para se referirem à mesma coisa;
a clara assunção que apesar do mesmo contexto, de uma formação mais ou menos comum falamos de coisas diferentes quando falamos da escola, da avaliação, dos resultados, das práticas pedagógicas e sociais;
neste contexto é enriquecedor perceber como lá no fundo existem diferentes modelos de escola e de educação, onde se perspectivam diferentes ideias de professor e, acima de tudo, como se equacionam os modos, as práticas e os instrumentos de uma regulação social;
equacionar e considerar as diferenças para que se possa construir um documento único, senão aceite, pelo menos tolerado pela maioria, é o desafio;
no processo adoptado, onde se partiu da unidade básica de agrupamento da escola, o grupo pedagógico, é interessante perceber como os professores utilizam diferentes conceitos e ideias, para se referirem à mesma coisa;
a clara assunção que apesar do mesmo contexto, de uma formação mais ou menos comum falamos de coisas diferentes quando falamos da escola, da avaliação, dos resultados, das práticas pedagógicas e sociais;
neste contexto é enriquecedor perceber como lá no fundo existem diferentes modelos de escola e de educação, onde se perspectivam diferentes ideias de professor e, acima de tudo, como se equacionam os modos, as práticas e os instrumentos de uma regulação social;
equacionar e considerar as diferenças para que se possa construir um documento único, senão aceite, pelo menos tolerado pela maioria, é o desafio;
da falta
o Miguel colocou-me um comentário deveras pertinente na minha entrada sobre a greve;
comentário a apelar à conversa, à troca de ideias, a fazer lembrar os primeiros tempos de uma boa discussão - ainda por cima pública;
não receio os penduras, receio a incapacidade de, por intermédio da greve, não se perspectivar saída, de se radicalizarem posições e situações a que pouco ou nada conduzem - a não ser à afirmação de um ou outro interesse;
como alguém escreveu os tempos são pós-modernos (?) enquanto as formas de luta, a estruturação do confronto social se mantém numa lógica moderna;
sinceramente, sinceramente, não consigo perspectivar outros modos onde o trabalhador possa fazer valer as suas posições e, acima de tudo, as suas reivindicações;
mas a greve não é uma delas, pelo impasse que cria;
não considero justas nem a posição do governo nem as dos sindicatos, que entram para as negociações com valores perfeitamente descabidos, desencontrados e impossíveis de uma qualquer negociação;
é isto que critico, mais do que a acção em si;
mas sou defensor da politização dos processos, nãos os receios, enquanto afirmadores de posições, ideias, ideais e valores; os partidos políticos no nosso contexto é que são mais coorporativistas que políticos; não sei se será uma consequência dos tempos, mas será certamente pela intervenção das pessoas;
comentário a apelar à conversa, à troca de ideias, a fazer lembrar os primeiros tempos de uma boa discussão - ainda por cima pública;
não receio os penduras, receio a incapacidade de, por intermédio da greve, não se perspectivar saída, de se radicalizarem posições e situações a que pouco ou nada conduzem - a não ser à afirmação de um ou outro interesse;
como alguém escreveu os tempos são pós-modernos (?) enquanto as formas de luta, a estruturação do confronto social se mantém numa lógica moderna;
sinceramente, sinceramente, não consigo perspectivar outros modos onde o trabalhador possa fazer valer as suas posições e, acima de tudo, as suas reivindicações;
mas a greve não é uma delas, pelo impasse que cria;
não considero justas nem a posição do governo nem as dos sindicatos, que entram para as negociações com valores perfeitamente descabidos, desencontrados e impossíveis de uma qualquer negociação;
é isto que critico, mais do que a acção em si;
mas sou defensor da politização dos processos, nãos os receios, enquanto afirmadores de posições, ideias, ideais e valores; os partidos políticos no nosso contexto é que são mais coorporativistas que políticos; não sei se será uma consequência dos tempos, mas será certamente pela intervenção das pessoas;
domingo, dezembro 2
do triste
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