domingo, janeiro 13

da ignorância

é maravilhosos sermos ignorantes;
é admirável sabermos que não sabemos de nada e que nada se passa;
é óptimo e prazenteiro irmos em frente como se este pedaço de terra fosse único e exemplar para tudo o resto;
mas não é assim;
6º e sábado estive com colegas de outras regiões do país, oriundos de diferentes sectores da administração pública, uns desempenham papéis político-institucionais nesses sectores, outros são apenas funcionários;
são inevitáveis as comparações, sejam entre serviços, como entre regiões;
áh o teu serviço é isso, então imagina o meu...
áh o teu está assim, então escuta como está o meu...
na tua região fazem assim, então escuta como fizeram lá pelo meu lado...
por mim, fico mudo, quedo e calado quando me apercebo como as coisas correm pelas outras regiões e as comparo com a minha região; não sou propriamente um desconhecedor da realidade administrativa regional, mas fico sem palavras quando se comparam realidades político-administrativas;
há algo que me ultrapassa, me transcende; estou certo que o Alentejo estará muito à frente da realidade nacional, que será por estes lados que as coisas estão certas, correctas e no modo adequado;
mas que somos, estamos e agimos de modo muito diferente do resto do país disso não há dúvidas; talvez estejamos à frente e os outros não se apercebam...

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