domingo, janeiro 20

da fartura

de quando em vez sinto uma enorme fartura da escrita, da minha escrita, uma vontade terrível de acabar com isto, de pôr ponto final, de acabar com aquilo que não é um compromisso;
mas tornou-se como que um substituto de outras coisas, uma compensação para aquilo que não obtenho noutros espaços ou noutros terrenos; uma forma de me auto-compensar pelo que não digo ou não faço;
uma obrigação que o meu inconsciente determinou e implicou a mim mesmo;
apetece-me parar mas fico de consciência pesada, como se fosse uma qualquer obrigação; não é, mas assim a sinto, hoje e agora, mais do que nunca, quando me apetece escrever coisas que não devo;

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