na sequência das leituras que tenho feito (para ver se percebo) a proposta em redor do novo regime jurídico de autonomia, administração e gestão, há uma ideia que desde o primeiro momento me assola as ideias;
se o governo (não apenas este) defende o reforço da "participação das famílias e comunidades na direcção estratégica dos estabelecimentos de ensino" (...) "mas também a efectiva capacidade de intervenção de todos os que mantêm um interesse legítimo na actividade e na vida de cada escola", porque é que este mesmo princípio não é alargado para os centros de saúde (não terei eu interesses legítimos nessa actividade?) ou nas estruturas dos centros de emprego ou formação profissional (pelas mesmas razões?);
ou seja, há aqui uma retórica que é mais persuasiva do que justificativa; persuasiva pois procura, uma vez mais, isolar os maus (os professores) dos bons (a população), e falta a justificação, uma vez que os interesses das famílias e da comunidade já estão, há muito representados nas estruturas das escolas (conselho pedagógico, assembleia de escola) e em noutros locais (conselho municipal de educação); se a justificação é alterar a relação percentual, essa é uma outra questão;
quinta-feira, janeiro 10
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