adoramos adiar, protelar, esperar, protestar;
as recomendações do conselho de escolas, face à avaliação do desempenho docente, são reflexo disso mesmo, de adiar, de atirar para a frente as responsabilidades presentes;
estes comentários, reflectem cabalmente aquilo que é a escola, a vida dos professores e os sentimentos da profissão; um misto de crítica sindical com perspectivas anarquistas e/ou independentistas; uma irreverencia militante de cariz político com argumentos de distanciamento partidário; uma visão da profissão entalada entre os deveres profissionais e os sentimentos sociais; âncoras postas em nenhures de uma ilusão de antigamente é que era bom;
está sempre tudo mal, tudo errado - ora era por culpa do PSD, ora é por culpa do PS, ora é por culpa deste ou daquele ministro, desta ou daquela medida, desta ou daquela iniciativa, mas está sempre tudo mal, tudo errado;
serão eles que nos governam que estarão errados ou seremos nós, os governados que estaremos do lado errado da vida;
assumam-se as posições, não se protelem as responsabilidades; cada vez estamos mais entalados e é bem feita - talvez sirva para separar o trigo do joio e eu fique preso no limbo que me atira ao ar;
sexta-feira, janeiro 25
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1 comentário:
«serão eles que nos governam que estarão errados ou seremos nós, os governados que estaremos do lado errado da vida?»
Caro Manuel Cabeça,
no mínimo, de um ponto de vista formal, são eles que nos deviam governar e nos desgovernam, quem está mal.
Quanto mais não seja porque ainda vivemos num país em que alegadamente existe o primado da lei sobre o desejo individual. E num Estado de Direito não se pode legislar por fax, por e-mail ou por fórum virtual, ainda que tecnologicamente evoluído ao ponto de nos chocar.
Quanto mais não fosse, por esses motivos as recomendações fazem todo o sentido!
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