quinta-feira, julho 13

que pensar

que pensar de um governo de esquerda que agrada à direita e de um presidente da república de direita que agrada à esquerda?
não acredito em coincidências nem em trocas e baldrocas;
acredito que cada qual a seu modo, procuram garantir o futuro;
e nós, por cá, como ficamos? [entalados, pois claro]

nós, por cá

nós por por cá ainda temos algumas coisas para aprender - será que vale a pena aprender?
face a estas notícias e depois de as vozes locais se terem insurgido tanto e tanto pelos asessores locais, o que pensar? em que pensar?
apenas uma óbvia constatação, que há necessidade de alterar a lógica e os princípios de governação do poder local;
para quando esta alteração?

vislumbre

ontem, princípio da noite, descia a R. da República e tive oportunidade de vislumbrar o que terá sido, em tempos esta cidade de Évora.
Entre um céu pulvilhado de pontos entre o branco e o cinza, uma claridade que se escondia na noite, o despontar do luar, sobressaia a cor e os enfeites luminosos dos vitrais da igreja de s. Francisco.
acreditem, um espanto;

quarta-feira, julho 12

quente

não são as minhas crónicas do deserto, mas que está quente, está, muito quente;

gestão

tive recentemente conhecimento, que a C.M de Alvito desenvolve aquilo que é comumente designado como gestão participada;
interessante, não apenas ali, mas a que decorre de experiências idênticas que têm sido desenvolvidas com particular destaque no Brasil, em comunidades mistas (urbano/rural);
apesar de simpatizar deveras com a ideia, pergunto qual o papel das juntas de freguesia, o primeiro degrau do poder local, aquele que está mais próximo e presente das populações, perante esta metodologia de gestão?
não se correrá o risco de esvaziar esses pequenos poderes? existirá interesse nisso?

terça-feira, julho 11

saloio

há uns tempos atrás, tive oportunidade de solicitar, a quem de direito, que os senhores em Lisboa deviam confiar um pouco mais no pessoal que nomearam ou que suportaram nomear;
tenho a clara consciência e a crescente convicção que, nos últimos tempos, os senhores de Lisboa para além de não confiarem em quem está na província, nos consideram para além de saloios, parvos;
e isto enfurece-me até dizer chega; posso ser tudo, tolerar muita coisa, mas irei pedir, uma vez mais a quem de direito, que não apenas confie em quem está na província, mas que também não nos considere parvos;
para além der falta de educação é uma asneira organizacional e um erro político; mas há quem persista neste erro;

mais uma

mantenho as dificuldades de acesso à net (contrariedades tecnológicas e outras que persistem), mas procuro, de quando em vez, mudar de perfil, para continuar o mesmo, para reforçar o que sou;
na assumida dificuldade de mudar de modo mais radical, fico-me por estas alterações;

partilha

esta escrita, este meio (blogosfera para uns, escrita vitrtual, para outros, ou criativa em diferentes contornos, para outros ainda) permitiu-me duas coisas, acima de tudo;
conhecer, gostar (atrevo-me a dizer, a amar) algumas pessoas pelo conhecimento da sua escrita, pelas suas ideias e opiniões; tantas vezes, ao cruzar algumas das escritas, me revi ali, me senti ali, desde o presente, aos sentimentos do momento, às ideias e memórias de um passado mais ou menos distante; como é incrível que contextos tão diferenciados, percursos tão distintos, permitam a construção de tão idênticos sentimentos;
por outro, valorizar, respeitar e assumir as diferenças, sejam de ideias ou de meras opiniões, de situações ou valores; mesmo políticas, outras profissionais, outras apenas estéticas;
é por isso que teimo e presisto em ficar por aqui, mesmo que muitas das verzes diga banalidades, vulgaridades, lugares comuns, coisas normais;
afinal até gosto das coisas simples, eu que as complico muita das vezes;
afinal, é uma partilha, entre sítios diferentes, com poisos diferentes, mas é uma partilha em que me aprendo mais, quando mais conheço os outros, mas te conheço;

segunda-feira, julho 10

concepções

de quando em vez, de modo propositado ou nem por isso, gosto de comprar algumas (ini)amizades;
quem, como eu, ocupa lugares de chefia (mas pouco) na administração pública está sujeito a uma de duas situações; ou cala e consente toda a espécie de diatribres (implicando engolir alguns sapos) ou, em alternativa, vai replicando, mostrando outras perspectivas, outros olhares;
pelo meu feitio, muita das vezes acusado de truculento, procuro dosear as situações e há vezes em engulo o sapito, outras que replico, que contrario;
recentemente assim aconteceu, ainda por cima com figura de destaque na hierarquia da casa; comprei uma inimizade simplesmente que decorre de diferentes visões/concepções da ideia do Estado e do seu papel;
há quem o defenda como hierárquico, rígido, distante, formal; há quem o pense para servir as populações, interesses colectivos, reticular, mais informal, mais próximo e útil;
de guerra em guerra lá vou eu até à derrota final;

da bola

já agora, permita-se-me quebrar um silêncio auto-imposto, relativamente às coisas da bola, em geral, e em particular do mundial, para deixar a minha opinião, enquanto treinador de bancada;
chegámos ao 4º lugar e pronto, enquanto deu para avançar com golos dos médios, enquanto conseguimos ultrapassar s defesas com médios mais ou menos ofensivos, fomos prosseguindo; quando precisámos de avançados para esburacar as defesas ficámo-nos por aí, pela necessidade;
vai daí e puxo um título do jornal A Bola, da semana passada, com Eusébio eramos campeões;
pois, mas tenho o hábito de dizer que se a minha avó tivesse rodas...

calor

previstos estão 41; efectivos, variarão de acordo com o local, a hora e a disposição;
o engraçado é que o céu está "esquisito", entre o nublado e o vagamente cinza;
mas o mais engraçado é o que o Alentejo só é Alentejo com calor, com muito calor; na passada sexta-feira, num concelho da raia, um senhor dizia que já estranhava, afinal, na Alemanha, onde tem jogado a selecção, tem estado mais calor que no Alentejo; não podia ser;
não podia nem pode, cá está ele, quentinho; o suficiente para derreter o alcatrão;

sexta-feira, julho 7

empresários e educação

É uma relação normal, direi eu, esta que se procura fazer passar entre os empresários e a educação, nomeadamente na procura de proposta de inclusão, de sucesso, de melhoria do sistema e do funcionamento, afinal o sistema é aberto e interessa a todos, empresários incluídos;
já não considero normal é o silêncio daqueles que defendem a escola e a sua profissão;
é o terceiro dia em que circula esta notícia, com maior ou menor destaque, mas o silêncio e a distância imperam;
é por estas e por outras idênticas que progressivamente os professores são considerados meros e simples instrumentos, umas vezes prescindíveis, outras necessários apenas como meio para fins de outros;

excessos

o ano lectivo foi imenso;
a travessia deste ano levou mais tempo que nos outros anos;
foi notório, em algumas situações, o cansaço, o stress, os apertos, as fricções;
nada mais normal que, em final de ano e quando as situações não souberam ser conduzidas, haja o descambar, o saltar a tampa, o entornar;
foi o que aconteceu a um colega que trocou datas e faltou a uma prova que não podia nem devia;
a partir daí foi e tem sido o destempero;
não nos podemos esquecer que há mais pela frente e que o próximo está já aí ao virar da esquina;
e temos que continuar juntos;

intimidade

desfio, lentamente, um fio de pensamento;
desdobro, com toda a preocupação de não amachucar nem estragar, uma ideia, uma opinião;
dou de barato o flanco para a crítica e para a troca de comentários;
devagarinho, como é meu timbre, desvelo-me e, ao fazê-lo, revelo aquilo que procuro ser;
são intimidades públicas;

quinta-feira, julho 6

as intermitências

nunca sei como proceder e o que fazer, após estas minhas intermitências, entre intervalos soluçantes de escrita e de ausência;
fico?, parto?, insisto? ou persisto?