Há dias tive oportunidade de encontrar um artigo onde se dava conta que a biblioteca britânica tinha encomendado um estudo sobre os cientistas do futuro, os futuros utilizadores dos seus recursos e que designou como geração google.
O estudo visa a adaptação dos meios, recursos e condições da biblioteca àquelas que serão as solicitações, necessidades e interesses de uma geração que nasceu depois de 1995.
Geração esta que cresceu a pensar que a Internet sempre existiu, que a velocidade das ligações só pode é crescer, que o clique num qualquer botão ou link deve ter uma resposta instantânea, que esperar é uma maçada, que as pedras da calçada deveriam ter botões de configuração entre muitas outras coisas. É uma geração que não sentiu a passagem do hipertexto para o youtube e menos se apercebeu da passagem do simples e prolixo html para o dinâmico xtml, dando oportunidade a que blogues, primeiro passivos depois dinâmicos ou os hi5 se afirmassem e se desenvolvessem. Afinal, afirmam, assim é que as coisas deveriam ter sido sempre.
Quem tem filhos dentro desta faixa etária, quem frequenta os locais desta geração, sejam as escolas ou os espaços Internet, tem facilidade de perceber a diferença de modos, os tiques típicos, a linguagem comum, os trejeitos específicos e todo um conjunto de sinais que identificam de modo muito claro esta geração.
Diferentes situações se colocam, quando pensamos e nos confrontamos com esta geração.
Primeiro e de modo mais fácil e directo, a questão em redor do valores, das atitudes e dos comportamentos que caracteriza esta geração, sempre preocupados que estamos com a conformidade social.
Como será licito perguntarmo-nos, à semelhança da biblioteca, se nos estamos a preparar para dar respostas a esta geração. Respostas que decorrerão de outras perguntas, de perguntas que muito provavelmente nós ainda não colocámos ou se o fizemos foram feitas de acordo com outras lógicas e uma outra perspectiva. Se os instrumentos que hoje utilizamos para definir algumas das conformidades necessárias à vivência social, serão efectivamente adequadas a esta geração, se irão ao encontro dos seus interesses e das suas motivações ou se, pelo contrário, estaremos a desperdiçar tempo e energias e a formar longe dos objectivos pretendidos.
Factor determinante e que não nos pode sossegar, é que esta geração depende da escola, mas apenas numa específica e curta porção do seu tempo. Ao contrário do meu tempo, em que a escola me consumia praticamente todo o tempo de aprendizagem e do conhecimento, hoje é apenas uma mera fatia desse tempo. A escola é importante, é sim senhor, como é importante o papel e a acção do professor. Mas não é nem única e muito menos exclusiva.
sexta-feira, fevereiro 1
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