depois de uma semana de pausa, regresso ao meu projecto de investigação, em torno da ideia de disciplina como um dos novos elementos de regulação do sistema educativo;
o livro que antes referenciei ("A escola em Portugal") reforça-me essa ideia (tese) tendo em conta que é a partir da escola (da sua organização, do seu funcionamento, do seu regulamento relacional, das posições relativas e absolutas de cada interveniente) que se produz o cidadão mais participativo ou mais acomodado, mais autónomo ou mais dependente, mais crítico ou reflexivo, mais instrumental ou mais cognitivo;
a escola, com toda a sua naturalização de atitudes e comportamentos, acaba por moldar, por intermédio da disciplina escolar (das regras e da ordem pedagógica) um dado sentido à modernidade de um país que acordou tarde (mas acordou) para a contemporaneidade;
segunda-feira, outubro 30
a escola
acabei de ler um pequeno livro designado "A escola em Portugal";
deveras interessante onde, a partir de um olhar sociológico, se perspectiva a construção e o contributo da escola nessa modernidade (que designam por tardia) do Portugal contemporâneo;
deveras interessante onde, a partir de um olhar sociológico, se perspectiva a construção e o contributo da escola nessa modernidade (que designam por tardia) do Portugal contemporâneo;
ultrapassado
domingo, outubro 29
Miguel
Migueeeelllllll; alôôôôôôôôôôôôôôôôôôô;
que raio aconteceu ao teu cantinho?
fiquei surpreendido quando lá chego e dou com a porta fechada;
diz qualquer coisa que já sinto a falta;
que raio aconteceu ao teu cantinho?
fiquei surpreendido quando lá chego e dou com a porta fechada;
diz qualquer coisa que já sinto a falta;
da casca
politicamente optei por sair da casca, isto é, demarcar a minha posição, fazer sentir que há outros modos e outras formas de nos afirmarmos na política;
consequências? muitas e diversificadas; a curto prazo algum isolamento, como, provavelmente, algum reconhecimento face à temeridade; a médio prazo, algum ostracismo, alguma indiferença e certamente que uma clara tentativa de fechar portas, estancar oportunidades, condicionar futuros; a longo prazo, a certeza de duas hipóteses, ou me fico pelo condicionamento que me irão tentar calar ou me faço à vida e apresento alternativas;
mas é um sair da casca, deixar as meias tintas de um comentário redondo que rebola sempre para o mesmo lado, o plano está marcadamente inclinado;
como diria a minha mãe, o futuro a Deus pertence, mas é mais meu que dos outros, pois sou mais novo que os outros e desta não escapam;
consequências? muitas e diversificadas; a curto prazo algum isolamento, como, provavelmente, algum reconhecimento face à temeridade; a médio prazo, algum ostracismo, alguma indiferença e certamente que uma clara tentativa de fechar portas, estancar oportunidades, condicionar futuros; a longo prazo, a certeza de duas hipóteses, ou me fico pelo condicionamento que me irão tentar calar ou me faço à vida e apresento alternativas;
mas é um sair da casca, deixar as meias tintas de um comentário redondo que rebola sempre para o mesmo lado, o plano está marcadamente inclinado;
como diria a minha mãe, o futuro a Deus pertence, mas é mais meu que dos outros, pois sou mais novo que os outros e desta não escapam;
terça-feira, outubro 24
modas
todos termos consciência das modas por que se passa, mas a última ainda não tem dimensão colectiva;
refere-se à incorporação nos discursos nacionais de diferentes sectores de conceitos oriundos da União Europeia e que, por dá cá aquela palha e por que um sound bite fica sempre bem, vá de se utilizarem;
refiro-me aos conceitos de, nomeadamente, políticas públicas, de governação e de acção pública.
agora até este meu serviço de juventude, se dá ao luxo de definir o que é governação; para além da definição, saberão eles o que é, o que implica, o que traz consigo em termos organizacionais e políticos?
dúvido;
refere-se à incorporação nos discursos nacionais de diferentes sectores de conceitos oriundos da União Europeia e que, por dá cá aquela palha e por que um sound bite fica sempre bem, vá de se utilizarem;
refiro-me aos conceitos de, nomeadamente, políticas públicas, de governação e de acção pública.
agora até este meu serviço de juventude, se dá ao luxo de definir o que é governação; para além da definição, saberão eles o que é, o que implica, o que traz consigo em termos organizacionais e políticos?
dúvido;
do barulho
O miguel fala em spam político, como há quem queira dissecar política e analitacamente o trabalho ou a manipulação jornalística deste ou de um qualquer governo;
mas há algo que falha nestas análises; elas assentam em redes em que é manifestamente impossível silenciar a crítica e a participação como é esta blogosfera;
em tempos idos aceitava-se que um telejornal manipulasse uma notícia, que uma manchete criasse um caso; isto é, aceitava-se, de bom ou mau tom, que um profissional não era lá muito profissional ao aceitar deixar-se condicionar por isto ou por aquilo, ou que uma linha editorial fosse pacificamente aceite por tudo e por todos; aceitava-se, ao fim e ao cabo, algum déficite de crítica e de participação;
hoje, por muitas televisões que existam, por muitos serviços noticiosos que se promovam, por muitas centrais de informação ou de divulgação que se criem é difícil silenciar o tom crítico e manifestamente de participação social e política que a blogosfera criou, que o mundo partilhado das tecnologias colocou ao nosso alcance;
hoje não nos ficamos por uma qualquer trafolhice manipuladora; hoje um diz preto e há mil a dizerem branco; hoje as coisas vão mais fundo, mais no subliminar da comunicação, na indução de comportamentos ou atitudes;
calar a crítica e a participação é impossível; o desejável é tornar estes meios mais democráticos; e isso fará toda a diferença no julgamento de uma medida de política ou na acção pública de um governo; e não há spam que resista;
mas há algo que falha nestas análises; elas assentam em redes em que é manifestamente impossível silenciar a crítica e a participação como é esta blogosfera;
em tempos idos aceitava-se que um telejornal manipulasse uma notícia, que uma manchete criasse um caso; isto é, aceitava-se, de bom ou mau tom, que um profissional não era lá muito profissional ao aceitar deixar-se condicionar por isto ou por aquilo, ou que uma linha editorial fosse pacificamente aceite por tudo e por todos; aceitava-se, ao fim e ao cabo, algum déficite de crítica e de participação;
hoje, por muitas televisões que existam, por muitos serviços noticiosos que se promovam, por muitas centrais de informação ou de divulgação que se criem é difícil silenciar o tom crítico e manifestamente de participação social e política que a blogosfera criou, que o mundo partilhado das tecnologias colocou ao nosso alcance;
hoje não nos ficamos por uma qualquer trafolhice manipuladora; hoje um diz preto e há mil a dizerem branco; hoje as coisas vão mais fundo, mais no subliminar da comunicação, na indução de comportamentos ou atitudes;
calar a crítica e a participação é impossível; o desejável é tornar estes meios mais democráticos; e isso fará toda a diferença no julgamento de uma medida de política ou na acção pública de um governo; e não há spam que resista;
das palmas
ontem estive em cerimónia onde, entre diferentes entidades, estava uma representante do Ministério da Educação.
Falaram uns e bateram-se palmas, falaram outros e bateram-se palmas;
falou a senhora que representava o Ministério da Educação e foi algo surreal, uma batida aqui, outra ali, um bater de palmas entre o envergonhado e o contido; entre a representação social e a recriminação política;
reflexos dos tempos que se correm;
Falaram uns e bateram-se palmas, falaram outros e bateram-se palmas;
falou a senhora que representava o Ministério da Educação e foi algo surreal, uma batida aqui, outra ali, um bater de palmas entre o envergonhado e o contido; entre a representação social e a recriminação política;
reflexos dos tempos que se correm;
sábado, outubro 21
da política
ontem aconteceu reunião magna distrital;
optei por não falar, tendo em conta que a conversa ia adiantada quando pensei em fazê-lo;
mas estou certo que nem todos estamos no mesmo filme, nem todos estamos conscientes dos mesmos cenários;
não tenho dúvidas que reconheço neste PS a capacidade de reformar e mudar Portugal; como lhe reconheço, em face de determinados actores, toques de algum autismo;
estar conivente com o poder e com a governação, como eu estou e assumo, não significa ignorar o que se passa à nossa volta, nem fingir que nada se passa;
a capacidade de incorporar a crítica, de interiorizar os comentários menos bons, de enfrentar os ventos agrestes tem sido, há muito, uma das particularidades do PS; ignorá-las agora, fingir que o descontentamento é particular e sectorial é ignorar a dimensão social de um partido perante o qual me reconheço;
mas partidos e pessoas nem sempre são as mesmas coisas;
2007 irá ser um ano determinante, como o são todos os anos de reviravolta, de alteração conjuntural; como se irá enfrentar o ano? qual a estratégia social de enfrentamento? não basta o voluntarismo, não chegará a militância? há necessidade de mais, de muito mais;
optei por não falar, tendo em conta que a conversa ia adiantada quando pensei em fazê-lo;
mas estou certo que nem todos estamos no mesmo filme, nem todos estamos conscientes dos mesmos cenários;
não tenho dúvidas que reconheço neste PS a capacidade de reformar e mudar Portugal; como lhe reconheço, em face de determinados actores, toques de algum autismo;
estar conivente com o poder e com a governação, como eu estou e assumo, não significa ignorar o que se passa à nossa volta, nem fingir que nada se passa;
a capacidade de incorporar a crítica, de interiorizar os comentários menos bons, de enfrentar os ventos agrestes tem sido, há muito, uma das particularidades do PS; ignorá-las agora, fingir que o descontentamento é particular e sectorial é ignorar a dimensão social de um partido perante o qual me reconheço;
mas partidos e pessoas nem sempre são as mesmas coisas;
2007 irá ser um ano determinante, como o são todos os anos de reviravolta, de alteração conjuntural; como se irá enfrentar o ano? qual a estratégia social de enfrentamento? não basta o voluntarismo, não chegará a militância? há necessidade de mais, de muito mais;
e foi hoje
43 e primaveras, ou outonos, conforme a época e a estação do ano;
sem receio da sua passagem, com gosto pelo passar dos dias e dos tempos, fiz hoje 43 anos;
diferenças? amanhã direi;
a melhor prenda? o blogue do filho;
sem receio da sua passagem, com gosto pelo passar dos dias e dos tempos, fiz hoje 43 anos;
diferenças? amanhã direi;
a melhor prenda? o blogue do filho;
quinta-feira, outubro 19
o mundo do local
por vezes torna-se engraçado perceber as estratégias que são implementadas em contextos locais, assumidamente atomizados, tendo como objectivo imitar, com laivos de provincianismo serôdio e manifestamente em desuso, os tiques politiqueiros, arrogantes e pedantes de um Terreiro do Paço que, insistentemente procura controlar as hostes da província mas mais não faz que dar ocupação [nem sequer é trabalho] a uns quantos funcionários;
em tempos de reestruturação da administração pública, em períodos de turbulência e perturbação do status, é ve-los cabanindo a caminho de Lisboa a procurar salvaguardar o seu cantinho no espaço da fotografia, a colocarem-se em bicos de pés para que a partir da sua altura possam ser avistados;
se Eça ou Júlio Dinis cá andassem muito teriam para escrever desta pequena burguesia funcional de província que, com a sua falta de formação e os claros usos ultrapassados, se procura afirmar no meio do barulho das luzes;
enfim, o mundo no local,
em tempos de reestruturação da administração pública, em períodos de turbulência e perturbação do status, é ve-los cabanindo a caminho de Lisboa a procurar salvaguardar o seu cantinho no espaço da fotografia, a colocarem-se em bicos de pés para que a partir da sua altura possam ser avistados;
se Eça ou Júlio Dinis cá andassem muito teriam para escrever desta pequena burguesia funcional de província que, com a sua falta de formação e os claros usos ultrapassados, se procura afirmar no meio do barulho das luzes;
enfim, o mundo no local,
greve
passados os dois dias de greve, três breves apontamentos;
primeiro para dizer que provavelmente se estivesse na escola também teria feito greve; não concordo com o carácter assumidamente de proletarização da função docente, nem com a vertende de funcionalização que lhe querem imprimir;
segundo, a importância que a escola faz na estrutura das famílias e os consequentes desarranjos que provoca quando ela falta. É uma daquelas coisas que de tão natural que se tornou só sentimos a sua importância e o seu sentido determinante nas nossas vidas quando falta, ou quando já lá não estamos; [em bom português, para seres bom morre ou vai-te];
terceiro e último apontamento, ninguém fica bem visto nesta greve, os professores porque não souberam colocar as suas questões e foram manifestamente instrumentalizados; os sindicados que apenas procuram salvaguardar um lado da questão, obviamente aquele que mais lhes convem; o ministério que persiste e insiste em olhar para o lado e fingir que nada se passa no sistema educativo português; a senhora ministra que persiste e insiste em dizer que quem sabe é ela e mais ninguém e em fazer ouvidos moucos a quem a avisa; o primeiro ministro que de uma assumida posição de discussão, insiste em confiar em quem não tem a confiança do povo;
algo não vai bem na pátria de Camões;
primeiro para dizer que provavelmente se estivesse na escola também teria feito greve; não concordo com o carácter assumidamente de proletarização da função docente, nem com a vertende de funcionalização que lhe querem imprimir;
segundo, a importância que a escola faz na estrutura das famílias e os consequentes desarranjos que provoca quando ela falta. É uma daquelas coisas que de tão natural que se tornou só sentimos a sua importância e o seu sentido determinante nas nossas vidas quando falta, ou quando já lá não estamos; [em bom português, para seres bom morre ou vai-te];
terceiro e último apontamento, ninguém fica bem visto nesta greve, os professores porque não souberam colocar as suas questões e foram manifestamente instrumentalizados; os sindicados que apenas procuram salvaguardar um lado da questão, obviamente aquele que mais lhes convem; o ministério que persiste e insiste em olhar para o lado e fingir que nada se passa no sistema educativo português; a senhora ministra que persiste e insiste em dizer que quem sabe é ela e mais ninguém e em fazer ouvidos moucos a quem a avisa; o primeiro ministro que de uma assumida posição de discussão, insiste em confiar em quem não tem a confiança do povo;
algo não vai bem na pátria de Camões;
escrita
tenho andado a escrever que não me apetecia escrever coisas em torno de políticas públicas, acção pública, conhocimento e decisão política.
mas já escrevi; 30 páginas cheias de muito lugar comum, alguma ambição e muita vontade de ver crescer um projecto. Assim ele seja coerente, consistente e credível junto de quem de direito.
mas já escrevi; 30 páginas cheias de muito lugar comum, alguma ambição e muita vontade de ver crescer um projecto. Assim ele seja coerente, consistente e credível junto de quem de direito.
segunda-feira, outubro 16
hino
tento escrever outras coisas, que não estas;
ligo o rádio na Antena 2 e dou com o hino à alegria, no âmbito dos concertos promenade a partir da Casa da Música, do Porto;
um hino; qualquer coisa de transcendente; um som que me faz sentir ínfimo, ainda por cima quando tenho consciência (nem sei como) que Bethovan estava surdo quando a escreveu e eu, aqui, cego de ver a tentar escrever;
ligo o rádio na Antena 2 e dou com o hino à alegria, no âmbito dos concertos promenade a partir da Casa da Música, do Porto;
um hino; qualquer coisa de transcendente; um som que me faz sentir ínfimo, ainda por cima quando tenho consciência (nem sei como) que Bethovan estava surdo quando a escreveu e eu, aqui, cego de ver a tentar escrever;
domingo, outubro 15
escrita
vim para o meu cantinho para escrever.
faço quase tudo menos escrever onde devo e sobre o que devo;
vejo as notícias, consulto correio, navego em blogues, escrevo ideias soltas e, coisas sérias, nada;
começo a ter consciência que o incosciente me arrasta para a negação de um projecto, vá-se lá saber o porquê?
sinto que escrevo banalidades, vulgaridades, lugares comuns; ainda que tenha a clara percepção do que quero e como quero, não consigo construir os conceitos, o edifício que poderá suportar a escrita, argumentos e sentidos;
faço quase tudo menos escrever onde devo e sobre o que devo;
vejo as notícias, consulto correio, navego em blogues, escrevo ideias soltas e, coisas sérias, nada;
começo a ter consciência que o incosciente me arrasta para a negação de um projecto, vá-se lá saber o porquê?
sinto que escrevo banalidades, vulgaridades, lugares comuns; ainda que tenha a clara percepção do que quero e como quero, não consigo construir os conceitos, o edifício que poderá suportar a escrita, argumentos e sentidos;
a pairar
surpreendido com o resultado do meu benfica, hoje pairo lá por cima, observo, qual águia real, o universo a partir do infinito.
vamos ver o quanto dura este sol;
vamos ver o quanto dura este sol;
sexta-feira, outubro 13
escrita
quero escrever, tenho de escrever coisas sérias, sobre políticas públicas, sobre a acção pública, sobre a escola;
neste cruzamento de ideias, onde se encontram personagens e ideias, sentimentos e estados de espírito, fico com a sensação que me apetece fazer amor, mas que me incomoda o amor que me apetece fazer;
neste cruzamento de ideias, onde se encontram personagens e ideias, sentimentos e estados de espírito, fico com a sensação que me apetece fazer amor, mas que me incomoda o amor que me apetece fazer;
desnecessário
talvez seja [assim o penso] desnecessário chamar a atenção para os dois últimos textos de Pacheco Pereira no seu Abrupto; mas faço-o por os considerar de uma clareza essencial não apenas para percebermos determinadas situações que persistem no Portugal de 2006, como perceber o porquê da sua persistência;
entre uma e outra das razões, ambas são traço essencial no meu ser socialista;
entre uma e outra das razões, ambas são traço essencial no meu ser socialista;
atrás
não sei se os arquivos dos diferentes blogues são consultados e se o são com que regularidade;
pessoalmente gosto de ir lá atrás, num ou noutro blogue, naqueles em que escrevi ou escrevo, e procurar - vá-se lá saber o porquê e o para quê - eventuais comparações com os dias e os meses passados;
como escrevo desde 2003 há registo, quase intectos desde esse ano - e já lá vão três;
no primeiro, crónicas do deserto, Outubro de 2003 foi passado entre as coisas da escola, o contexto profissional de então, comentários à câmara municipal e abordagens políticas gerais;
diferenças com o hoje? o contexto profissional e a referência de ter deixado de escrever tanto sobre a câmara ou sobre a cidade;
e este dia foi uma 2ª feira;
em 2004 foi uma 4ª e as referências predominantes são em torno da saúde da sogra e da governação política de então;
em 2005 não escrevi, fruto de alterações de rumo e da necessidade de readaptação a ritmos novos;
mas o essencial é encontrar duas ou três notas neste voltar atrás; a permanência das preocupações, dos temas centrais da minha [será nossa?] escrita; a corência de referências e a evolução (mais de consolidação) do pensamento e da própria escrita;
não deixa de ser interessante;
pessoalmente gosto de ir lá atrás, num ou noutro blogue, naqueles em que escrevi ou escrevo, e procurar - vá-se lá saber o porquê e o para quê - eventuais comparações com os dias e os meses passados;
como escrevo desde 2003 há registo, quase intectos desde esse ano - e já lá vão três;
no primeiro, crónicas do deserto, Outubro de 2003 foi passado entre as coisas da escola, o contexto profissional de então, comentários à câmara municipal e abordagens políticas gerais;
diferenças com o hoje? o contexto profissional e a referência de ter deixado de escrever tanto sobre a câmara ou sobre a cidade;
e este dia foi uma 2ª feira;
em 2004 foi uma 4ª e as referências predominantes são em torno da saúde da sogra e da governação política de então;
em 2005 não escrevi, fruto de alterações de rumo e da necessidade de readaptação a ritmos novos;
mas o essencial é encontrar duas ou três notas neste voltar atrás; a permanência das preocupações, dos temas centrais da minha [será nossa?] escrita; a corência de referências e a evolução (mais de consolidação) do pensamento e da própria escrita;
não deixa de ser interessante;
quinta-feira, outubro 12
bifana
hoje fui almoçar [é como quem diz, comi duas bifanitas] a um lugar onde nunca tinha estado de dia e há já alguns anos que lá não ia, a estação ferroviária de Évora;
vá-se lá saber porquê a esposa desafiou; desafio aceite lá fomos;
a estação do comboios está no mesmo sítio, mas alvo de tratamentos de beleza significativos - desde os lifting, os botoxes, os puxa dali e esfrega dali - que preveiem a chegada do intercidades - finalmente, no final de 2006, o intercidade vai chegar à cidade [faço votos para que lá estejam a banda, os cortejos, as majouretes e coisas que tal, pois será, sem margem para dúvidas, um dia de festa;
também lá estavam as tabelas de horários, agora com outras cores, mas com os mesmos pormenores de preciocismo recambolesco - uma partida às 16h51, uma chegada às 20h02; nunca percebi este rigor, nunca percebi a coerência de persistir na incoerência entre o dito e o feito;
a bifana, era disso que se falava, com alho em excesso - que ainda agora me moi, mas concorrente aceitável às de Vendas Novas;
vá-se lá saber porquê a esposa desafiou; desafio aceite lá fomos;
a estação do comboios está no mesmo sítio, mas alvo de tratamentos de beleza significativos - desde os lifting, os botoxes, os puxa dali e esfrega dali - que preveiem a chegada do intercidades - finalmente, no final de 2006, o intercidade vai chegar à cidade [faço votos para que lá estejam a banda, os cortejos, as majouretes e coisas que tal, pois será, sem margem para dúvidas, um dia de festa;
também lá estavam as tabelas de horários, agora com outras cores, mas com os mesmos pormenores de preciocismo recambolesco - uma partida às 16h51, uma chegada às 20h02; nunca percebi este rigor, nunca percebi a coerência de persistir na incoerência entre o dito e o feito;
a bifana, era disso que se falava, com alho em excesso - que ainda agora me moi, mas concorrente aceitável às de Vendas Novas;
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