sexta-feira, julho 20

tardia


uma das coisas que gosto de fazer é observar as pessoas, quem por mim passa;
se fosse mais descarado gostava de as captar em imagens, mas tenho sempre algum prurido e máquinas que não permitem grandes alcances;
uma das coisas que, face a essa observação, tenho reparado é no disfrute de algumas adolescências tardias; isto é, pais e mães com jovens filhos na adolescência em que uns rivalizam com os outros, seja no modo de vestir e estar, seja na utilização de adereços, seja inclusivamente em alguns trejeitos da fala ou modismos, direi eu, desajustados;
não é necessário ir aos grandes centros, mesmo pelo interior, notam-se mães que, na casa dos 30 ou mesmo nos quarenta e poucos, fazem pircings umbilicais, tatuagens ou utilizam adereços próprios da juventude;
pergunto-me muita das vezes se é uma adolescência tardia por que não vivida na altura certa se é apenas uma tentativa de acompanhar os filhos e não se acentuar o fosso etário ou que razões existirão para esta vivência que, digo eu, peca por tardia e desajustada;
serão, como diz a minha filha, apenas modernices?

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