sexta-feira, julho 20

história do futuro


como curioso pela História, esta entrada de um conterrâneo, amigo e companheiro, levou-me a considerar algumas ideias sobre o papel desta disciplina em termos futuros;
em face da panóplia de fontes de registo como se traduzirá a História no futuro?
em face da existência de tantas fontes de registo, como a tv, máquinas digitais, blogues, qual será a ideia que iremos deixar aos nossos bisnetos ou trisnetos ou qual a ideia que eles criarão de nós mesmos?
hoje, para uma pessoa como eu, oriundo da classe média urbana em que os pais migraram para a cidade e eram filhos de poucas posses, não tenho grandes registos dos meus antepassados; possuo alguns apontamentos meus, particularmente imagens da minha infância e adolescência, mas dos meus pais menos ainda e os que existem eram eles já bem granditos; dos meus avós ainda menos, apenas uma imagem pretensamente do meu avô materno fardado nem se sabe por que ou para quê e mais nada, rigorosamente mais nada;
agora para o futuro já se pode contar com um acervo significativo, que se afirma com os avós dos meus filhos, se alarga pelos seus pais e que inclui toda uma gama de registos dos filhos; será parte deste acervo que transitará para aqueles que serão (em princípio) os meus netos e que, a partir deles, construirão imagens, ideias que vão para além do dito, da construção oral;
como será a história do futuro?

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