sexta-feira, julho 20

devagar

em férias, entre uns registos e outros, entre observações de quem passa e o disfrute do que (não) se faz, procuro regressar ao meu projecto de investigação, ainda por cima quando se aproximam prazos para cumprir;
é uma escrita vagarosa, entrecurtada entre dúvidas e a necessidade de regresso ao campo de investigação;
no campo de investigação dou com um período quase que branco de ausência de instrumentos de políticas educativas, nomeadamente entre a implantação da democracia e o período que coincide com a aprovação da Lei de Bases da educação;
apesar de, ao longo de todo este período, terem vigorado duas grandes preocupações, primeiro a consolidação do regime democrático, posteriormente a integração na então europa comunitária, os primeiros instrumentos de intervenção do Estado no sistema educativo que vão para além da legislação ocorrem apenas já em finais dos anos 80 (com Roberto Carneiro e todo um conjunto de recomendações oriundas da então Comissão de Reforma do Sistema Educativo) e, muito particularmente, com a governação de Marçal Grilo;
esta situação leva-me a considerar outras questões, nomeadamente, que instrumentos eram concebidos localmente pelos professores, pelas escolas na e para a regulação dos comportamentos educativos e escolares? que procedimentos eram adoptados ou adaptados pelos intervenientes visando a conformidade social e pedagógica ou, apenas e simplesmente, o exercício da docência?
apesar de lentamente, há que regressar a um pensamento crítico sobre a escola.

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