segunda-feira, novembro 27

das mudanças

os tempos são de mudança, de alteração profunda de lógicas e modos de agir em política;
não é apenas a sociedade que muda, o que me encanta nestes tempos é a cadência política a definir agendas de mudança, instrumentos e acções dessas mudança;
o que nos une nestes tempos é a diversidade de perceber o que muda quando o desejo é o da continuidade, o da estabilidade;
é mais fácil de lidar com o previsível, com o homogéneo, com o regular do que propriamente procurar adaptações à diversidade, à heterogeneidade, às multiculturalidades, à pluralidade;
Há quem disso se aperceba, como há quem procure assobiar para o lado, entre o fingir que nada acontece, como procurar descrever que são fases transitórias, passageiras, ondas que depois de se espraiarem permitirão o regresso ao tradicional, às acalmias mornas e amorfas do quotidiano;
estão tão enganados quanto aqueles que pensam estarmos a descobrir a lua, o sol ou a inventar a roda;
a questão não se coloca nesse ponto, coloca-se apenas e tão somente em percebermos que é a mudança é tão natural quanto o fluir dos tempos e dos dias; apenas acontece, seja na simples vida de um quotidiano, como na escola ou na saúde, na política ou na sociedade; ela acontece, muita das vezes sem qualquer intervenção, seja ela divina ou natural;
estamos nós preparados para ela?

1 comentário:

Anónimo disse...

Preparados estaremos (para o bem? ou para o mal) que mais não seja por saber que a mudança vai acontecer. Bom seria, apetrecharmo-nos (intelectualmente)de forma a que a mudança nos causasse menos danos. O ideal mesmo, era estarmos devidamente preparados com tudo o que as mudanças acarretam, mas por termos sido parte interveniente em todo o processo e por termos participado - logo responsabilizando cada um por um futuro que todos queremos muito melhor.