quarta-feira, março 1

troca

Agora com uma idea de trabalho em fundo e na sequência de uma abordagem matinal aos sucessivos temas que se colam à escola - no caso a protecão civil, mas podia ser a revenção rodoviária, o tabagismo, o alcoolismo ou outra.
Os tempos contemporâneo têm produzido uma, direi, excessiva escolarização dos problemas sociais. Isto é, em face da incapacidade de a sociedade, e os seus mecanismos, responderem com eficácia e adequadção a um sem número de solicitações e/ou problemas remetem-nos para a escola, escolarizam-nos, como se esta fosse uma panaceia deresolução de situações e constrangimentos.
Como se sabe não é e tem sido um dos factores que mais tem destacado a ideia de crise da escola ou crise da educação.
Proponho agora o contrário, isto é, que se socializem os problemas educativos. Isto é, que aqueles problemas com os quais a escola tem tido dificuldades em lidar ou gerir, caso da violência ou da delinquência juvenil, das aulas de substituição, do planeamento ou da prevenção (seja da saúde ou de outra ideia), da sensibilização artística ou científica, seja adjudicada a organismos da sociedade, por exemplo, as organizações juvenis.
Marcadas pela adesão voluntária, pelas afectividades e pelas informalidades podem ser espaços onde a escola encontra apoio na resolução de alguns dos seus problemas ou constrangimentos.
É certo que há que definir elementos de ligação e conexão, mecanismos de regulação e articulação, entre outros, mas será um caminho, uma possibilidade.
Poderá ser, e só para picar um amigo, uma efectiva construção da escola situada.

1 comentário:

Miguel Pinto disse...

O meu leitor de RSS não me deixa descansado… ;)
É que dei um salto na cadeira com essa estória da picadela… mas adiante.
Vou pegar num exemplo que me é caro: Quem percorre os caminhos do desporto não pode ficar indiferente às questões educativas. As relações de amor e ódio entre a instituição escolar e os clubes desportivas marcaram nas últimas décadas, e creio que ainda marcam, os debates e as tertúlias académicas. A relação entre a escola e o clube tem sido uma não-relação por inúmeras razões que não importará aqui detalhar…
O que eu quero frisar, é que independentemente dos palcos onde acontece educação, na actividade desportiva e artística, nos escuteiros, nas associações de juventude, etc., etc., as preocupações com a qualidade da oferta educativa têm de ser elevadas à primeira prioridade. Há que cuidar do perfil dos agentes educativos que têm a seu cargo crianças e jovens. Antes da relação [escola/clubes; escola/outras instituições; instituições/instituições] acontecer é importante que se garanta a presença de gente pedagogicamente qualificada [eu sei que o palavrão merece um puxão de orelhas] em cada uma das instituições de acolhimento… E isso é coisa não tem merecido a atenção devida por parte dos responsáveis políticos e associativos… Depois deste pequeno grande passo há que procurar robustecer o namoro, se for caso disso…