quinta-feira, março 2

portuguesices

Cheguei quase com uma semana de atraso a um sítio onde não resisti, ainda assim, a comentar.
Não são coisas típicas, específicas, exclusivas dos professores. É um sentimento que atravessa grande parte do português, num queixume que A. Variações tão bem caracterizou, só estou bem onde não estou.
pela lista - e não quero parecer desconcertante dizendo que poderia ser de supermercado - até parece que a origem dos problemas está fora da escola ou de nós (nas famílias, nos políticos, na sociedade, nos outros) e a escola mais não fosse que uma qualquer ilha onde com recursos (humanos, materiais e financeiros), formação, outros alunos, outro meio, uma outra comunidade, outros pais, etc... seria um paraíso.
Felizmente não é, e grande parte dos problemas não estão fora da escola, estão na escola e em muitos dos modos de os professores olharem e pensarem (?) a sua profissão, o seu papel e o papel da escola pública em contextos desafiantes, polifacetados, heterogéneos, diversificados e instáveis.
Mas é uma discussão que dificilmente levará a algum lado. Não por falta de consenços, uma vez que nas críticas estaremos amplamente de acordo, mas nas propostas que eventualmente se coloquem e aí é que se diz mal dos políticos, pois nenhuns interessam, nem os que lá estiveram, nem os que lá estão, nem os que lá venham a estar.
Esta atitude, diria típica de um qualquer profissional português, é uma das principais causas do que se poderá designar como atraso português. Sempre descontente com o que se tem, sempre a querer preservar o que se tem, não se vá mudar para pior. Mas mam já estamos n´so. Afinal, em que ficamos?.

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