segunda-feira, abril 18

dos afectos

Cada vez tenho mais fundo no meu pensar e no sentir a escola que as relações que aqui se estabelecem, dentro ou fora da sala de aula, entre colegas docentes ou entre docentes e alunos ou com auxiliares, assentam na gestão dos afectos, dos sentimentos.
Cada vez mais me convenço que a relação pedagógica se sedimenta numa teia de relações afectivas, onde a palavra é determinante e a troca de cumplicidades não menos.
Hoje, numa aula, uma aluna mostra-se assertiva, mais que num qualquer outro dia. Aproximo-me e com algum receio de estragar a situação, dogo-lhe que gosto de a sentir assim, simpática. Que a sua simpatia do dia se reflecte no trabalho, quer em termos de rendimento, quer de qualidade. Olha para mim e sem dizer palavra abre-me um sorriso daqueles em que agradeço ser professor e poder admirar.

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