terça-feira, abril 5

da "não-inscrição"

Os comentários que por vezes oiço na sala de professores, leva-me a ser abusivo e pretensioso (mais ainda) e a transferir para esta nossa área o pensamento do Prof. José Gil, no seu último livro, Portugal Hoje, o medo de existir.
Ninguém se quer comprometer com nada, ninguém inscreve uma posição, defende uma ideia, afirma uma convicção.
Descubro que não é por que não existam ideias, opiniões, posições definidas, claras sobre os assuntos.
Apenas alguns, porventura excessivos, procuram ficar bem com Deus e com o o Diabo, com os Gregos e com os Troianos. Nada de compromissões, nada de uma posição firme e convicta sobre...
Há, também nas nossas escolas, uma cultura de não-inscrição, de acordo com a caracterização que dela é feita por José Gil, de não comprometimento, de não assunção de posições e de ideias.
Até que ponto passamos nós, professores, esta atitude para as crianças que procuramos formar?

1 comentário:

Anónimo disse...

não sei se procura resposta à pergunta, mas apetece-me responder que afinal estamos a contribuir para que se engula sem digerir! Depois é que o estômago dói!

Quando implementámos uma cultura de "pedir explicações", de crítica ao existente, de apresentação de pontos de vista, levámos "porrada" até cairmos de joelhos... a seguir não caímos! Descobrimos que a "maledicência" era fruto dos seus medos e não dos nossos!

Serviu-nos para acordarmos e para acreditarmos mais na nossa intenção/acção!