quarta-feira, fevereiro 9

da indisciplina (2). Ainda a partir deste desafio, o Miguel lança um olhar que tem tudo de pertinente e com o qual os professores têm, habitual e genericamente, alguma dificuldade em lidar, isto é, integrar comportamentos desviantes, indisciplinados, como elementos de desenvolvimento.
Será certamente neste sentido que pergunta se A indisciplina como uma manifestação de desobediência poderá ser positiva?
Deixei um comentário que trago para este meu cantinho por considerar útil para a discussão.
Numa primeira ideia, a vontade mais imediata é dizer que sim. Sem quebra de regras, sem superação das normas e da normalidade não há evolução, não há rupturas, não há inovação, avanço, salto em frente, descoberta. Mas para que seja positiva há que distrinçar entre indiciplina e autoridade e o lócus desta tem de saber aproveitar e orientar aquela.
Contudo, acrescento agora, a indisciplina nunca é neutra, ao contrário do que se poderá inferir a partir do título. A indisciplina tem sempre um centro de produção, como tem factores a montante que a enquadram e delimitam e tem circunstâncias a jusante que a ajudam a compreender e enquadrar.
Neutra não. Positiva sim, pode ser.

1 comentário:

Miguel Pinto disse...

Acerca do título no outroolhar: A indisciplina entendida como uma atitude de desobediência pode ser neutra se, tal como a agressividade, significar uma resposta da pessoa em direcção à sua autoafirmação, tanto física como psíquica.