quarta-feira, fevereiro 9

da memória. Sem querer regressar à temática da indisciplina, não resisto em chamar a atenção para este texto, género resposta ao desafio colocado, e ao comentário que acabei por ali inserir e que aqui reproduzo.

"Que me seja permitida a ousadia, perante um texto pleno de saber e de longa experiência feito, não são apenas as pessoas das ciências da educação que não estão contentes, penso, e espero não ser abusivo na generalização, que muitos de nós - professores, alunos, pais e encarregados de educação, políticos - estamos descontentes com o que temos. Não apenas por ainda não termos uma escola para todos, ainda estamos muito longe disso, como ainda prevalecerem vestígios de uma elitização escolar e educativa que condiciona enormemente a sociedade, como o próprio modelo de escola - e da formação inicial e continua - instigarem comportamentos e atitudes que deixam muito a desejar a uma escola que se pretende democrática, participativa e inclusiva. Com isto não se pode pretender que se homegenize e uniformize tudo e todos. Será na consideração da diferença que se poderá ultrapassar a indisciplina, afinal o motivo central de todo este comentário e de se considerarem as ciências da educação como elemento fundamental na e para a construção, interpretação e compreensão da escola (e dos seus problemas) que temos e que queremos. Talvez assim se possam ultrapassar (falsos e despropositados) bodes expiatórios e assumirmos, cada qual no seu lugar, as responsabilidades pelo sistema que temos."

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