sexta-feira, fevereiro 4

da exclusão. Já tenho agendada uma reunião para propor a exclusão de mais um elemento. Aluna instável, lider da turma na sua disputa e confronto com o professor, definidora de atitudes, comportamentos e acções, obviamente que pouco confinantes com a norma, com o estimulado, com o normal e exigido pelo comum dos professores.
Uma rapariga que fez 4ª feira passada 16 anos. Sem estrutura familar. Apenas amparada pela assistência social.
Será que se resolve um problema atirando-o janela fora?
Será que o níveis de desempenho da turma melhorarão?
Qual o futuro que se reserva a esta rapariga?
Este ano, desde o início do ano até ao momento presente, este é o 6 elemento que perco. Inconcebível.

5 comentários:

Miguel Pinto disse...

O que é que aconteceu ao PNAPAE?
Onde é que anda o tutor escolar, para acompanhamento das crianças em risco de abandono?
A educação nas boca dos nossos representantes políticos é conversa da treta!

Anónimo disse...

Todos os professores deviam ler Ruben Alves ele realmente tem razão "a escola destrói as crianças"...
Eu trabalho em pedagogia e não posso deixar de me manifestar contra o sistema educativo, assim estamos a semear tempestades...recomendo a leitura deste pedagogo inspirador e brilhante... nas edições ASA pode encontrar bons livros deste autor. Lamento o meu post ser anónimo, mas sou novata nisto e ainda não sei fazer de outra forma... é a primeira vez que deixo um comentário em meses de descoberta deste mundo dos blogs, ao seu é a primeira vez que venho, mas não consegui passar em frente sem dizer nada, realmente onde estão as formúlas mágicas de ensino???? assim estão a empurrar a miúda para o abismo. este enredo vai demorar a mudar, a escola está toda ao contrário, é o que mais me preocupa...ok já desabafei... bom trabalho... pois não é nada fácil ser professor eu bem sei, mas com paixão tudo é mais fácil, se cada professor pensar no que pode mudar numa criança, adolescente, e olhar para eles com essa força...podem nascer milagres, já assisti

Miguel Pinto disse...

Cara anónima:
Peço desculpa pela minha ignorância: como é que se trabalha em pedagogia?

Anónimo disse...

"recorri a um constante e sempre presente estímulo positivo, de apoio, em vez de destruir, de incentivo, em vez de repreender, de diferenciar, em vez de uniformizar, de apoiar, em vez de recriminar."

Acho que tenho tentado fazer isto (ou será ilusão minha?) e verifico agora que está tudo na mesma: o mesmo desinteresse, pouca ou nenhuma confiança no professor, ocasional agressividade e sobretudo a mesma incapacidade de perceber que, quando se trabalha em grupo, não é possível fazer apenas o que apetece. Sinto-me sozinho no meio deste problema e sem vontade para reagir.

pedro

A. Carlos Coelho disse...

Será a escola inclusiva de que tantos falam?