segunda-feira, setembro 6

da nova escola

A discussão, talvez graças aos artigos de António Barreto, está claramente em aberto e apela-se a outros participantes, a outras iniciativas no sentido de criar uma alternativa.
O Miguel pergunta sobre qual o papel do Ministério da Educação numa escola que pertence à sua comunidade. Respondo que lhe competirá ser o elemento regulador do sistema, esbatendo diferenças, colmando falhas, corrigindo desvios e inoperacionalidades, criar alternativas às entropias do sistema. Ou seja, competir-lhe-á definir quais as grandes linhas de orientação, qual o currículo nacional, quais os objectivos e a missão para o qual o sistema deva caminhar ou apontar baterias. Como deverá ser um elemento facilitador, protocolarizando situações (nomeadamente de apoio social), contratualizando apoios (ensino profissional, alternâncias educativas, currículos especiais) ou criando e apoiando alternativas de equidade social.
Quando ao sector profissional, pedra de toque da profissionalidade docente, não há, em meu entender, necessidade de inventar nada, apenas corrigir algumas das situações existentes quer ao nível das escolas profissionais, quer ao nível dos centros de formação - precariedade de trabalho?, talvez mas certo de um fulgor diferente onde o empenho é feito pela profissionalidade e não pelo amorfismo ou pelo atavismo das ideias.

1 comentário:

Miguel Pinto disse...

Cheguei a tempo de comentar esta entrada? Mais vale tarde...
Falava-se do papel do Estado, do polvo como alguns lhe chamam, nesse modelo alternativo. De um conjunto de competências de regulação do sistema o Manuel falava da definição do currículo nacional.
Como refere Sacristán: “nem tudo o que a escola converteu no currículo em ritos relevantes o é na realidade e nem tudo o que desconsidera é irrelevante”. Esta questão da definição do currículo único é ambivalente porque define que todos devem aprender o mesmo, que é o que a sociedade considera corresponder ao seu interesse. Ora, como é que se poderá resolver este problema sem tocar nas questões ideológicas?