segunda-feira, novembro 19

das práticas

uma coisa que gosto de ver e apreciar quando vou lá fora são as escolas e procurar perceber, ainda que por traços leves e muito passageiros, a forma de organização quer do sistema quer da escola;
uma coisa visível é a diferença da escolha das práticas;
no norte da Europa uma das grandes defesas retóricas dos sistemas educativos é a liberdade de escolha; os pais podem escolher quer o estabelecimento de ensino, quer o projecto educativo predominante numa dada escola; sem comentários;
mas os professores ficam condicionados a essa escolha e a esses projectos; se por cá o professor escolhe o seu método de ensino de acordo com a sua formação, a sua experiência, o grupo/turma que tem pela frente (em face das suas características), por lá não há liberdades de práticas; o professor insere-se no quadro de um determinado projecto educativo, que tem associado a si uma determinada prática; queira ou não, concorde ou não assume uma orientação definida pelo órgão de gestão;
um modelo ou outro, o nosso, onde há liberdade de prática pedagógica, mas algum condicionamento na escolha da escola, e o dos outros (onde se escolhe a escola mas não a prática pedagógica) há diferenças incomensuráveis - quer de resultados, quer de processos;
o que fica é apenas a diferença;

Sem comentários: