domingo, novembro 4

da morte

este fim de semana estive ocupado em visita ao cemitério da terra, que ganhou mais um residente com o mesmo apelido;
o cemitério estava bonito, enfeitado que estava com inúmeras flores, multicolorido, um jardim assumidamente desenhado por efeitos do dia de finados - com variações entre o natural e o plastificado, aquelas que murcham e aquelas que nunca murchando também não se decompõem (que imagens associar a uma e a outra, que razões alencar para uma e para outra?);
a morte daqueles que nos são próximos atira-nos para a frente, para o futuro; sentimos, eu sinto pelo menos, que subimos mais um degrau, passamos mais um nível e que um dia atingiremos a plenitude do jogo e será chegada a nossa hora;
os rituais dizem-me pouco; a fé não abunda na minha consciência presente; já foi chão que deu uvas, fruto de uma infância assumidamente cristã e que, por vicissitudes várias, deixo para trás, para a memória, hoje envolta num agnosticismo crente;
é a morte senhores, aquela que nos impele e faz com que possamos viver a vida...

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