quinta-feira, outubro 4

sangria

um outro comentário que apreciei, volto a repetir, ainda que não tenham sido essas as intenções, refere-se à região e à sua história política e social;
se há coisas onde posso dizer que conheço, ainda que minimamente (ao contrário do comentário), é a história política e social desta minha região;
a minha (de)formação inicial (em História) deixa um lastro significativo da qual não posso nem me quero separar, vai daí as leituras, o conhecimento, a informação e a curiosidade têm determinado muito daquilo que digo e escrevo sobre esta minha região;
ao contrário do comentário, re-afirmo que a história tem sérias implicações no devir político e social da região;
sempre fomos muito subservientes; de tal modo que, para evitar o seu sentimento negativo, isto é, de lutarmos e nos insurgirmos contra a situação, simplesmente saímos daqui; ou por opção, à procura de melhores condições de vida ou por imposição, política e social - é certo que esta predominou em determinado período da nossa história, entre os anos 50 e 70 do século passado;
a questão que hoje se nos coloca não é essa, antes pelo contrário; é a capacidade de atrairmos quem de cá saiu; e esta passa por uma ideia de qual o papel da região no contexto nacional;
se é certo que pelo predomínio que o PCP tem tido tem sido um obstáculo a uma afirmação social e política regional, também é certo que a ausência de ideias dos lideres socialistas regionais (Beja, Évora e Portalegre) tem sido um outro impedimento à afirmação regional; o degladiar de reivindicações, a luta fréticida de pelouros, a negociação sempre periclitante dos pequenos poderes têm determinado um claro e assumido desequilibrio entre os três distritos;
o facto de cada um deles ter à frente, partidariamente, elementos carentes de uma formação cívica e social que permita ultrapassar os pequenos ditames circunstanciais tem ditado o resto;
o Alentejo é hoje uma região sem rei nem roque, sem orientação e sem ideias, sem papel nem protagonismo, sem actores próprios nem vontade própria;
e isto é, no meu entender, o mais grave que se coloca a esta região;
não apenas pelos equilíbrios que o PCP procura estabelecer em função dos seus interesses, mas do próprio PS (na qual me reconheço) enleado em interesses mais pessoais e fulanizados que regionais e colectivos;
o PSD pouco tem contado e, pelo que nos é dado ver, pouco contará nesta afirmação;
o que nos resta? quem sobra desta sangria imposta e forçada? que papel queremos nós Alentejanos assumir? queremos ser, como sempre, mandados ou queremos mandar no nosso devir?
há elementos, pessoas, actores e protagonistas que se esquecem desta mensagem ou que, simplesmente, estão demasiadamente embrenhados na coisa política e se esquecem dos pequenos (mas determinantes) pormenores;

3 comentários:

Anónimo disse...

Gostaria de ouvir a opinião do meu caro amigo, que não tenho o prazer de conhecer, sobre a já aprovada (mas em surdina) transferencia da Direcção de Finanças para Beja.
É mais uma daquelas "façanhas" dos seus correligionarios partidários: os do governo e os de Beja.

O que pensa o meu caro amigo, dos seus correligionários partidários de Évora?
Acha que têm reclamado o melhor para o local que lhes dá abrigo, e por onde "ganham a vida"?

ENfim.... exprima-se. Gostaria de ouvir a palavra de um socialista sobre o que se tem abatido sobre Évora, desde que o seu partido ganhou esta câmara!

Não, não sou adepto dos ideais comunistas, que também têm culpas no cartório. Sou adepto dos ideais sociais-democratas, mas também eu me sinto desencantado pelo que nunca se passou pela estrutura local. Tem razão, nunca contou, e nem parece que contará para alguma coisa!

Geraldes.

Anónimo disse...

Discurso redondo, superficial. De ignorante. Se tem alguma coisa a dizer, DIGA, não fija que diz...

Anónimo disse...

Ficará Évora na Região Alentejo, que se pretende, ou pertencerá a uma Coutada gerido por mentecaptos, descentralizada da ilha da Madeira ou da Birmanea?
Transferencia? Ganhar a vida? Gostaria de conhecer melhor esta mente!