quinta-feira, outubro 11

do parado

tenho de reconhecer e assumir que tenho tido a minha tese em banho maria;
não sei se há espera de ideias, se apenas a descansar sobre alguns dos assuntos que me preocupam;
no meio das conversas tenho tido a oportunidade de ler o Terrear e daí reforçada a minha opção de assumir a disciplina e não a indisciplina na escola como elemento central do processo de investigação;
isto porque toda a concepção das regras, das normas e da definição das condutas pressupõe um determinado modelo de organização da escola e da sociedade, de qual o papel que compete a cada um, das relações que se podem estabelecer;
as situações de indisciplina, muito mais contextuais e individuais (ainda que sempre relacionais e decorrentes de uma interacção) olham um momento, uma situação, um acontecimento;
prefiro ir além disso e procurar perspectivar como se integra a alteração de comportamentos, de públicos e de situações no quotidiano educativo e escolar e isso se reflecte quer na disciplina da escola quer no quadro de regulação do professor face à conformidade social e pedagógica;
agora falar disto não é fácil;porque é um tema premente e urgente, quente e pertinente onde se procuram soluções tipo pronto-a-vestir, que não existem, medidas práticas e individuais, onde são todas circunstanciais, onde todos temos uma ideia, uma opinião sobre as situações e, acima de tudo, uma responsabilidade a atribuir (aos pais que não educam, à sociedade permissiva, ao aluno irrequieto, ao Estado desqualificador, ao governo incumpridor, desautorizador);
mas tenho de deixar de estar parado e procurar avançar, para algum lado...

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