domingo, outubro 28

da tradição


cá pela terra a tradição ainda ganha, em certas circunstâncias, laivos de se manter, de procurar a sua permanente afirmação;
as castanhas ainda se vendem em motas reelaboradas com assador, se embrulham em folhas da lista telefónica ou de revistas ultrapassadas;
os preços, esses, é que pouco têm a ver com a tradição ou, pelo contrário, se actualizam em face das solicitações;
ao ver esta imagem (captada por mim ontem de manhã na cidade) lembro-me de um livro de um autor eborense sobre figuras típicas da cidade de Évora, onde fazia parte determinante uma família com diferentes vertentes; ela vendia castanhas, sempre ali em frente do que foi o café Portugal, ele engraxador, as filhas viviam de coisas mais modernas e os filhos viraram videntes e outras coisas;
Évora, lentamente, perde as suas figuras mais típicas, mais marcantes de uma história rural e urbana, para ganhar outras figuras, menos marcantes, mas figuras que reconhecemos na praça;

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