quarta-feira, outubro 31

da diferença

uma das diferenças que sinto entre a minha pessoa e a restante sala de professores (não toda), é a minha defesa da escola por aqueles que estão na escola;
tento explicar, à semelhança de outros defendo uma escola situada, feita por aqueles que lhe dão corpo, vida e alma; não espero (nem deste nem de outros governos ou ministros) soluções que me facilitem a vida, descompliquem procedimentos, organizem as actividades, definam os objectivos;
as minhas mais essenciais discussões passam pela defesa da capacidade dos professores agirem em face do seu contexto, das suas situações e não de esperar que me digam como tenho de fazer e o que fazer;
mas reconheço alguma pertinência ao sentido normativo da acção pública; sem algumas orientações, sem algumas opções de política educativa emanadas de uma qualquer secretaria, certamente não teríamos a escola que temos, teríamos uma outra;
dentro deste aspecto, para mim determinante, configura-se um outro, melhor explicado por quem percebe da poda, que se traduz na alteração dos procedimentos em sala de aula; estamos habituados, fomos formados para ensinar a muitos como de um só se tratasse (frase feliz de Perrenoud e Barroso), numa escola mais ou menos homogénea, mais ou menos equilibrada, mais ou menos pacífica, mais ou menos interessada, mais ou menos empenhada, mais ou menos acompanhada;
mas não é isso que temos, pois não;

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