segunda-feira, agosto 13

pessoas e organizações


há diferentes modos e maneiras, perspectivas e valorizações de percebermos e vermos a construção social;
há muito, desde a Alta Idade Média, que se cruzam olhares sobre o papel das organizações e dos Homens no devir social;
fruto de uma Revolução industrial que priorizou a organização e a máquina, temos olhado para as organizações como o motor da construção social;
sem organizações não valemos nada ou valemos muito pouco;
ele é a família, desde sempre apontada como a unidade celular da organização, logo a seguir a escola, depois o local de trabalho e há ainda passagens, mais ou menos significativas, pela tropa e pela igreja; tudo modelos institucionais de organização social e das relações sociais; de tão institucionalizados julgamo-los inamoviveis, petrificados, reificados;
ora quero acreditar que não somos apenas determinados pelo contexto, somos também fabricadores do nosso contexto;
tudo isto a propósito de um comentário entre o prático e o tecnocrático feito por um companheiro de lutas e de ideias;
considero que o nosso sistema social se constroi com base na acção das pessoas, dos seus objectivos e interesses, dos seus momentos e circunstâncias, dos constrangimentos e das oportunidades que cada um vê em face de um dado contexto;
reduzir essa construção social à sua estrutura (organizacional ou institucional) é reduzir a acção das pessoas a um determinismo que lhe é exterior e ficar por ele cerciado;

1 comentário:

Francisco da Costa disse...

Caiu num equívoco.
Eu esclareço:
http://oquatro.blogspot.com/2007/08/obrigado-por-discordar.html

Um abraço