quinta-feira, julho 26

coisas...


ele há coisas em que se não são contradições serão, pelo menos, persistências recalcadas a vir ao de cima;
em função dos tempos que correm na escola foi publicada uma portaria (nº. 15847 de 2007), com a chancela da senhora ministra, que condiciona a recolha de informação nas escolas, por diferentes meios ou em face de diferentes objectivos;
com o pretexto de credibilizar as metodologias de recolha da informação, de se não saturar docentes, alunos e serviços na duplicação da recolha da informação a partir de agora qualquer pedido de informação às escolas tem de ser previamente autorizado pela DGIDC;
daqui a pouco regressa-se aos tempos em que para se passar pelo wc é necessária autorização superior;
não percebo onde, nos discuros políticos e nas orientações ministeriais, se posicionará a propalada autonomia das escolas e dos professores; não terão estes capacidade de análise (crítica e metodológica) para aferir das respostas e de se organizarem para facultarem estes elementos?
onde se posicionarão aqueles que, desenvolvendo um trabalho de investigação nas escolas, necessitem de recolher informações, elementos quantitativos sobre o seu próprio cenário de investigação;
será que, neste último caso, depois de um questionário ser validado por um orientador (pretensamente doutorado e habilitado no seu ofício e reconhecido pelo ministério) essa comissão virá dizer que o questionário não está adequado, não é metodologicamente correcto?
se isto não é uma contradição, entre discursos e práticas legislativas, não sei o que seja;

Sem comentários: