quarta-feira, maio 23

administração


é um reconhecimento, desde sempre o disse e o escrevi por inúmeras vezes, gosto de ser professor, como gosto de trabalhar na administração pública (AP);
isto porque não consigo perceber determinadas lógicas de (dis)funcionamento, e menos ainda quando são definidas pelos próprios; ou seja, em tempos de reorganização da AP, fundamental em tempos de reformulação da própria da acção do Estado, perceber que os serviços são desvalorizados, as pessoas desconsideradas, a participação esquecida, os argumentos escondidos;
apesar da reorganização e reformulação dos serviços do Estado é determinante que, para a sua valorização (e continuo a defender a acção do Estado, nem que seja como ente de regulação social), sejam valorizadas as suas diferentes unidades orgânicas, como instrumentos (regionais ou sectoriais) de afirmação do Estado Central;
aparentemente não é isso que se sente; permanece uma lógica assente na centralidade de uma pretensa inteligência capitalista que deixa todas as restantes partes na ansiedade, na gestão das expectativas, no gozo das dúvidas;
não será tempo de, em face da afirmação do Estado, se afirmarem os actores dessa acção pública? não será tempo de considerar que existem outras lógicas e outros modos de agir que podem ser levados em consideração na definição operacional dos instrumentos de acção pública?

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