quinta-feira, abril 26

a jeito


está aqui ao lado, no meu perfil, que uma das coisas que sou é emotivo;
raramente viro a cara a uma boa discussão, a uma valente troca de ideias;
não procuro convencer nada nem ninguém, apenas (qual sofista) esgrimir argumentos, trocar ideias, conhecer outros pontos de vista, desfrutar de outros olhares;
sei, pela posição que ocupo (seja institucional, profissional ou pessoal) que sou alvo de atenções e, de quando em vez, de uma particular atenção;
tenho este blogue (e outros que o antecederam), participo numa rádio local e, por vezes, escrevo a minha opinião nos jornais da terra, sei, portanto, que dou o flanco e crio oportunidades que outros gostam de aproveitar;
contudo, assumo o meu gosto pela participação, pelo debate, da democracia, não apenas de a falar, mas de a viver;
não sei se terei ficado surpreendido quando, na passada terça-feira, o responsável pelo programa de rádio me informa que o programa foi solicitado por importante sector da terra - não ouviu, nem o directo nem a retransmissão diferida;
nada tinha ou tenho a opor; não se extrapolem ideias ou se construam montes de areia que o vento facilmente pode levar;
mas criar questões partidárias é delicado e pode ser problemático;
se é processo de intenções, eles valem o que valem e podem causar danos colaterais,
se é para dissecação seria mais fácil convidar em vivo do que analisar em morto;
mas sempre disse e afirmei a quem e perante quem de direito que, se é para sair, não vale apena empurrar, basta dizer e eu saio de cena - nem é preciso pedir, basta dizer (mas não é qualquer um, é quem de direito);
sei as regras do jogo, não me queixo nem recrimino; são estas as regras que alguém (?) terá determinado; resta-me procurar melhora-las naquilo que considero que devem ser melhoradas; agora se me ponho a jeito sou alvo fácil, sei disso;
com uma vantagem, sem me preocupar com contas do deve e do haver, tenho vida própria e sou gente fora da política;

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