segunda-feira, janeiro 8

juntos



na minha entrada sobre o resultado da taça entre o FCP e o ACP fiquei a saber que o autor do golo (ganda golo) já esteve por estas paragens alentejanas;
levou-me a pensar sobre o que é isto do futebol na cidade de Évora e no Alentejo de um modo geral;
estou certo que existirão variados pensadores que dirão que a culpa é da câmara municipal e em particular do seu presidente, no caso de Évora;
o Lusitano tem um história vasta, tendo militado na 1ª divisão nos anos 60; o Juventude, menos brilhante, esteve lá perto, no início dos anos 80 e só não subiu pela tradição e pelo peso proletário e social que transporta consigo (já agora e aqui sim, sou juventudista desde pequenino e só não tenho os anos de sócio que tenho de idade porque os senhores fizeram a grata figura de me limpar dos registos);
em tempos militaram na então segunda divisão; com a reestruturação do futebol nacional e a criação das ligas profissionais cairam para o nível dos então regionais de onde poucas hipóteses têm de sair, seja por falta de apoios, seja por manifesto voluntarismo clubístico de um e de outro, seja por clara incapacidade de alimentar escolas de formação que não sejam para vender;
consequência de toda uma política desportiva, mais por responsabilidades próprias que alheias (por muito que digam o contrário), o certo é que Évora, património mundial, centro social e político, charneira regional não tem, nem se vislumbra vir a ter, uma equipa digna desse nome;
há anos atrás, ainda questionei, se não seria interessante criar um equipa de Évora forte e de combate e tanto Juventude como Lusitano se ficarem pelos escalões de formação? não cairam as colunas do templo dito de Diana por que não calhou;
são estas as causas que fazem do Alentejo uma vasta zona de ninguém e de coisa nenhuma;
e assim permanecerá porque juntos nem mortos;

2 comentários:

Liberalitas6 disse...

Meu caro Manuel:
Eu lusitanista me confesso, mas era isso mesmo que eu defendi há alguns anos atrás. Criar um nova entidade, chamar-se-ia, Évora, ou qualquer outro nome que nos unisse, e seria "filha" do Juventude e do Lusitano que continuariam com a sua autonomia e com a formação. Quanto ao futebol sénior, seria então o Évora.
Não iriamos para a super liga mas poderiamos fazer melhor do que até agora.
No entanto houve quem não concordasse e "matasse" a discussão à nascença.
Veja-se, a propósito, a forma como um pseudo jornalista desta cidade trata hoje este tema quando se refere ao David no DS.
Um abraço

Anónimo disse...

Sou juventudista, natural de Évora e sempre concordei com essa ideia de criar um clube que fosse representativo da cidade, onde os dois clubes da cidade, que até tinham terremos quase contíguos, pudessem juntar sinergias para esse clube.

Acho que actualmetne é difícil caminhar para aí, sobretudo porque não existe indústria ou comércio em Évora, que tenha capacidade financeira para custear um projecto dessa dimensão.