estamos tão habituados à acalmia das situações, à gestão individualizada da coisa pública, aos protagonismos solitários, às acções pontuais que, pela tradição, pelo uso e pelo costume consideramos que é assim, e pronto; alternativas? ná, são piores, provocam alterações, dão moenga;
continuamos a pensar a acção pública do Estado sob o ponto de vista da pirâmide, de uma dada lógica que pensamos e queremos racional, ordenada, vertical, passiva;
temos dificuldades em pensar a acção do Estado, nomeadamente a acção pública, mediante a diluição dos poderes, a criação de lógicas matriciais, a partilha das redes, os fluxos desconexos, a gestão do imprevisto, a negociação dos interesses, o debate dos objectivos;
por estas e por outras, a nossa administração pública (particularmente a regional) debate-se entre a estabilidade da tradição e a imposição (obrigação) da adaptação a outras lógicas não apenas de gestão e de administração mas de organização, de funcionamento, de colaboração;
permanecemos fechados em conchas individuais, certos dos muitos afazeres, distantes do muito que acontece ao lado, perto da sofreguidão dos quotidianos, longe das redes, das lógicas colaborativas;
sozinhos é mais difícil, quando não mesmo impossível; aceito as lógicas políticas, tenho pena do isolamento partidário;
segunda-feira, janeiro 15
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