quinta-feira, janeiro 11

cidade


a cidade é aquilo que uns pensam ou será aquilo que dela fazemos?
a cidade é o que queremos ou apenas o que podemos?
a cidade é feita de pessoas e de coisas, casos e acontecimentos, factos e histórias mas também de intenções, de política, de opções;
desde o passado fim-de-semana e a propósito de um ranking de e sobre cidades, que se discute Évora com outros argumentos, sob outros pontos de vista (olhares);
nem de perto nem de longe se voltou a falar na cidade de excelência tão defendida pelo presidente e tão malfadada por toda a oposição, mas destacam-se as contrariedades da dinamização comercial, dos festejos de Verão, da inépcia social;
considero engraçado ouvir partidos de direita a defender a intervenção do estado (no caso local) perante os comerciantes e perante o comércio; como é interessante perceber os sentidos da acção social na dinamização do Verão, faça a Câmara e não deixe os outros fazer;
começo-me seriamente a convencer da selectividade da memória, da capacidade de discriminar o que interessa a uns e num momento e a outros noutro momento;
já o PC local não fica atrás do parceiro de acção, o PSD, que aniquilou dinâmicas locais ao promover apenas os seus interesses particulares nas festividades de Verão, nas conivências criadas com este ou com aquele em detrimento de outros e de outras propostas;
se há críticas que podem ser atribuidas à actual vereação ela consiste na dificuldade de criar coerência no muito que é feito na cidade e no concelho; com apoios institucionais, mas com dinâmicas próprias, com sentidos colectivos a partir de iniciativas particulares;
estou certo que a população não esquece e apesar da selectividade de cada um o colectivo eborense sobrepor-se-à a alguns interesses (ou interessados?)

2 comentários:

Anónimo disse...

Deves ser o único que vê o "muito" que é feito pela câmara, durante o verão. E moras lá longe, se morasses cá, nem imagino o rol que para aí ía.

manuel cabeça disse...

por vezes o perto é longe e o distante fica perto;
por vezes, para ver melhor, para perceber melhor, há necessidade de nos afastarmos, de ver de longe e sentirmos que estamos mais perto;
outras a proximidade ofusca, distorce e pensamos ver a florestas quando nem sequer da árvore nos apercebemos;