terça-feira, dezembro 5

da orientação

como professor gosto de trabalhar na área das pedagogias diferenciadas; de organizar o trabalho em face da pluralidade e heterogeneidade de pessoas com que me relaciono;
como pai procuro acentuar e acompanhar a construção das autonomias dos filhos, ajudando e colaborando na formulação da dúvida, no pensar o quotidiano, no reflectir as consequências;
como (ir)responsável público gosto de valorizar as pessoas, de pensar que somos maiores e vacinados, racionais na resolução dos problemas que se nos colocam;
por vezes surpreendo-me com os resultados (bons e/ou maus);
contudo, estamos muito dependentes do outro, da orientação, da sugestão, de um acompanhamento; são anos de cristalização de ideias e de práticas, o pai/mãe que diz o que é permitido, o professor que não permite o erro, o chefe sempre inteligente e conhecedor de tudo, sapiente na sua omnipresença;
resta pouco, muito pouco, para que as autonomias pessoais e profissionais se afirmem;
isto porque considerei deveras interessante ouvir, há dias, uma responsável pela educação dinamarquesa afirmar (na sic notícias) que sentem a necessidade de reduzir as competências ao nível da autonomia e acentuar o nível dos conhecimentos;
constrastes de uma orientação;
ficamos sempre à espera da orientação; a treta é que muita das vezes desorienta;

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