sábado, novembro 4

representações

o Miguel deixou-me um comentário tão pertinente, quanto acutilante que procura cruzar concepções com lógicas operacionais e políticas - porque decorre de um comentário meu aos conselhos municipais de educação;
há uma colega de um outro Miguel, que tem um livrito denominado "Famílias e Escolaridade - representações parentais da escolaridade, classe social e dinâmica familiar" (Colibri, 1998) que poderá servir para elucidar esta ideia entre o carácter estático e dinâmico de concepções e das suas implicações nas dinâmicas tanto do ponto de vista social como organizacional;
ou seja, as dinâmicas tanto podem ser massa crítica na e para a construção social, como cedimento aglutinador das ideias;
o que queremos que elas sejam depende, em grande medida, da crítica, mas também da posição, das ideias, mas também, dos argumentos, em resumo, do contrariar, mas apontar alternativas;
discordar, criticar, negar, destruir é das coisas mais simples, práticas e demagógicas; apresentar alternativas, construir ao lado ideias paralelas, contrapontos argumentativos ou ideológicos é que não é tarefa fácil nem está reservada a todos;
apenas a quem quer; e não há muitos que queiram;

1 comentário:

Miguel Pinto disse...

Ora aqui temos uma pescadinha de rabo na boca. “apresentar alternativas, construir ao lado ideias paralelas, contrapontos argumentativos ou ideológicos é que não é tarefa fácil nem está reservada a todos;
apenas a quem quer; e não há muitos que queiram;”
Acrescento que não só está reservada a quem quer como quem teve o privilégio de ser educado para a ter. Daí que esta coisa de treinar inteligências [ou melhor, as inteligências] não é para qualquer um… ;) Mas isto já são outras conversas…