quarta-feira, novembro 29

da cidade

por razões várias (e bem diferentes) diferentes conversas confluiram hoje sobre a cidade de Évora;
património mundial, cidade de esplendores e amores, é uma cidade diferente que tem marcado a diferença, quer na planície quer no país;
feita mais de fama do que de proveitos, é a minha cidade, da qual nunca sou indiferente, nem inocente quando falo dela;
tem um perfil maravilhoso, uma luz emanescente, tonalidade que escritores idolatraram (Virgílio Ferreira, Florebela, Saramago...), um ambiente próprio de uma qualquer cidade medieva, esquinas de vida, ruas de gentes, calçadas de estórias, cantos de encantos, recantos de amores;
uma cidade diferente, apenas;
mas que tem estado, fruto de múltiplos interesses, circunstâncias e vicissitudes várias, parada;
a própria vida que a encheu e preencheu de futuros, esvaziou-se e hoje mais não faz que defender uma cidade do passado, estática;
ao apreciar, fruto das funções que desempenho, ideias inovadores, apraz-me sentir que há quem defenda ideias sobre a cidade, sobre o património, sobre a vida, sobre as gentes desta minha terra; uma surpresa (ou constatação) que me surpreendeu;

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