quinta-feira, setembro 21

sinais da interioridade (2)

há tempos atrás redigi aqui um primeiro apontamento sobre estes sinais da interioridade;
volto a eles, pelos mesmos motivos em diferente contexto;
queixava-me da biblioteca pública de Évora, restringida a um pequeno espólio de empréstimo, claramente condicionado por opções de algo ou alguém; moribunda, senão mesmo em estado comatoso profundo quanto a depósito nacional;
hoje foi pelas esquinas de uma outra biblioteca, a da Universidade de Évora, que desesperei e socumbi à organização; ou não têm títulos mais recentes (sejam revistas, que deixaram de assinar, ou livros), ou não estão disponíveis;
os terminais de acesso à net, para pesquisa bibliográfica (local ou na b-on) são pré-histórico (palavras do funcionário) - provavelmente te-los-ei utilizado aquando da minha passagem por ali, na segunda metade dos anos 80;
não chega a simpatia dos funcionários que entre a amabilidade e a disponibilidade procuram disfarçar o assumido incómodo de me verem circular entre 3 salas sem qualquer tipo de resultado (perguntava eu se existiam outros depósitos, que não, que estava tudo ali ou fisicamente ou, pelo menos, registado; perguntava eu como é que os docentes, professores e investigadores desta Universidade, porque os há, procedem, acedem à informação, e o encolher de ombros foi a resposta, mas será a bilioteca apenas uma sala de estudo?);
se juntarmos a isto o encerramento sucessivo de livrarias na cidade, de não termos um loja de discos que possa legitimamente usar esta designação, percebemos a pequena dimensão que a cidade tem adquirido;
não se culpem nem autarcas nem governos, somos nós eborenses que a temos (des)promovido;

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