há muito tempo, desde os meus primeiros passos na pedagogia diferenciada, lá para os primeiros anos da década de 90, que considero que tratar todos de igual modo e da mesma maneira mais não faz que assentuar as diferenças, sublinhar as divergências e criar um maior fosso entre quem não é, por vicissitudes várias, igual;
este fim-de-semana, primeiro num jornal semanário o presidente da câmara de Sintra pôs o dedo na ferida e disse que a Lei das Finaças Locais tem de reflectir as diferenças entre os grandes e os pequenos munícipios (provavelmente passará ao lado de muitos que qualquer freguesia urbana de Évora tem mais eleitores que qualquer outro concelho do distrito, mas muito menos recursos e condições de gestão, como os critérios de dotação são idênticos - mas não deviam ser - para Barrancos ou para Lisboa);
depois e no âmbito dos fogos, o presidente da associação de bombeiros profissionais realça a tradição de culpabilizar tudo e todos, não restando ninguém para poder casar com a culpa; dentro disto, destaque para uma manchete jornalística em que a geografia do fogo retrata o planeamento e a prevenção (que não foi) realizada;
entre um e outro dos apontamento, a manifesta desigualdade de tratamentos, quer na gestão da coisa pública, quer na acção do Estado;
por isso defendo que para se criar a igualdade, há que acentuar as diferenças; a partir daí talvez faça mais sentido falar-se de estado social;
segunda-feira, agosto 14
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