segunda-feira, julho 10

concepções

de quando em vez, de modo propositado ou nem por isso, gosto de comprar algumas (ini)amizades;
quem, como eu, ocupa lugares de chefia (mas pouco) na administração pública está sujeito a uma de duas situações; ou cala e consente toda a espécie de diatribres (implicando engolir alguns sapos) ou, em alternativa, vai replicando, mostrando outras perspectivas, outros olhares;
pelo meu feitio, muita das vezes acusado de truculento, procuro dosear as situações e há vezes em engulo o sapito, outras que replico, que contrario;
recentemente assim aconteceu, ainda por cima com figura de destaque na hierarquia da casa; comprei uma inimizade simplesmente que decorre de diferentes visões/concepções da ideia do Estado e do seu papel;
há quem o defenda como hierárquico, rígido, distante, formal; há quem o pense para servir as populações, interesses colectivos, reticular, mais informal, mais próximo e útil;
de guerra em guerra lá vou eu até à derrota final;

1 comentário:

Miguel Pinto disse...

"... de guerra em guerra lá vou eu até à derrota final"
hummm.... não estou assim tão certo que a consequência desse modo de estar, de agir e mais importante do que isso - de ser - seja a derrota final. Esse resultado dependerá sempre do olhar que se lançar... ;)