quinta-feira, junho 2

da autonomia

Este texto do Miguel suscitou um conjunto de comentários que considero, por um lado, deveras pertinentes, e, por outro, preocupantes.
Pertinentes tendo em conta que partem, quase todos os comentários, da consideração que a autonomia é uma atitude pessoal, intrínseca à pessoa, ao sujeito. É um dos modos de encarar a pessoa enquanto actor de um sistema que ele próprio vai (re)construíndo, (re)definindo quer em função das possibilidades que determina, quer de oportunidades que são, em cada momento, identificáveis.
É este o sentido que encontro na construção da autonomia. Mais que reclamada, muitíssimo mais que outorgada (legislada) ela é, em si, por si e pela pessoa, um processo de conquista, de afirmação, de construção pessoal e política.
As questões referentes às preocupação vão ao encontro de ideias que consideram que a democracia deixa muito a desejar (se assim fosse o outro Miguel, o Sousa, não teria oprtunidade de escrever estas palavras), ou a consideração que a autonomia pode ser uma armadilha, subterfúgios para o apresionar de ideias ou vontades.
Peço desculpa da consideração, mas a autonomia é o que dela fazemos, decorre de um processo de apropriação, de operacionalização dependente, como disse antes, de possibilidades e de oportunidades. O que é de uns pode não de outros e, os momentos são variáveis, variados. Hpje é um contexto, amanhã um outro. Há que saber aproveitar as possibilidades e ler as oportunidades.
Isso é política, isso é a autonomia.

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