terça-feira, maio 3

do antigamente

Foi com alguma surpresa que verifiquei as referências feitas pelo Paulo, ainda assim gratificantes pelo facto de fazer parte de uma lista daqueles que considera os melhores blogues, os seus favoritos.
Mas nunca me imaginei ser da escola de outros tempos, nem em ideologia, nem em princípios, nem em orientações ou práticas, nem em saudosismos.
É uma surpresa quando descobrimos aquilo que transmitimos aos outros, uma vez que não tenho o privilégio de conhecer o Paulo. Não sei se será efectivamente esta a ideia que transmito, que faço passar. Mas, pelo menos nas acontecencias do Paulo, é essa a ideia que deixo.
Que sou opinativo? Sem a mais pequena sombra de dúvida. Os blogues, em meu entender são um espaço de opinião, de construção cívica, de exercício daquilo que designo como democracia participativa. Além do mais a minha área de trabalho reservo-a para um outro lado, onde discorro, e procuro fundamentar ideias, princípios e teorias, como na posição que estou (usualmente designada de professor do batente) pouco mais posso acrescentar do que a minha opinião ou a minha ideia sobre a escola.
Os blogues não são, como alguns quiseram fazer querer e/ou outros procuram promover, uma extensão de revistas científicas, académicas ou de referência política ou social.
Mas gostei, quer de me ver incluído naquela sua lista (quem não gosta) como da frescura não usual que, diz, me caracteriza.
Ora toma lá frescura.

2 comentários:

Chris Kimsey disse...

Manel. A escola evolui. Evolui desordenadamenre mas evolui com reformas e "contra-reformas". Em última instância não são estas nem aquelas que definem o que a educação escolar num determinado momento é, de facto, no dia-a-dia mas sim o que as pessoas, apropriando-se de algumas dessas mudanças, colocam mais ou menos empenho no campo escolar. A educação é o que as pessoas fazem dela...
Com o meu comentário eu queria dizer que você é, como eu pelo menos até à 4.ª classe, em parte um produto da escola do outro regime. Mas é umas das poucas pessoas que não parece esconder nenhum saudosismo dele (muitas disfarçam...) e, pelo contrário, denotar a tal frescura. Foi uma referência que eu deduzi, se calhar erradamente, da sua idade mas nunca das suas opções, do seu ideário ou das suas convicções. Essas, como disse, considero bastantes actualizadas, fudamentadamente críticas e... frescas! ;-D
Um grande abraço

Miguel Pinto disse...

Eh, eh, … Manel, se a crise dos 40 não chegar agora estás livre. ;o))