terça-feira, maio 31

das escolhas

Oiço conversas de professores a escolherem livros de trabalho (?), manuais para o aluno.
Há, no meio das conversas, quem aponte critérios como a cor, o sentido da autonomia do aluno, os textos, a profusão de exemplos ou exercícios. Outros defendem a concepção, o preço, coisas que constam de uma lista de mercearia onde o professor deve registar as suas opiniões.
Outros queixam-se que receberam poucos livros, que algumas editoras foram parcas na distribuição ou no convite.
Não comento, nem intervenho. Não uso manual, não tenho livro de texto, não tenho documento de trabalho organizado ou disponibilizado por uma qualquer editora. Utilizo, como elemento de orientação aquele que adoptaram na escola. Mas sempre com a preocupação de referir aos alunos que é um olhar, revela um conjunto de preocupações, evidencia uma dada leitura do que é a educação, qual o papel da escola e, entre um e outro, qual o destaque da disciplina.
Prefiro construir os meus materiais, trocá-los com alunos, construir o meu olhar, o nosso olhar, definir as minhas e as nossas valorizações e/ou destaque.
Não sou nem melhor nem pior que os autores dos manuais e claramente muito menos profissional que eles.
Mas estamos ao alcance de uns e de outros na justificação das nossas escolhas, das nossas opções.

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