Num dos cantos da sala decorre, aparentemente, um encontro de professores onde se discute comportamento, regras, atitudes.
Uns defendem que o órgão de gestão deve fazer uma circular onde ponha travão a um conjunto de comportamentos que designam de irresponsáveis.
Outros que se devem responsabilizar os pais, a família.
A questão, afinal, estará no desfazamento de atitudes, valores, comportamentos e ideias entre uns (alunos) e outros (docentes).
Criar e gerir este equilíbiro é fundamental para que um processo (o pedagógico) possa ocorrer.
Responsabilizar a família não pode significar a desresponsabilização dos docentes.
3 comentários:
Concordo plenamente...e digo-lhe que na escola falta muita coragem para separar a indisciplina efectiva, de actos de adolescentes alegres que chateiam colegas casmurros, ou mal com a vida. Bravo artigo, parabéns
Não sei se o desfazamento é assim tão grande e não sei se se trata apenas de alunos alegres a importunar professores cinzentões - quem me dera que o problema fosse este :)
Na minha escola a situação parece-me bem mais complicada e sinistra. Sem culpar nem desculpar ninguém, vejamos: alunos que quase agridem professores; professor que trata alunos ao pontapé (!); alunos que ameaçam professores; professora que usa de ameaças e linguagem menos própria nas aulas; alunos que mandam o professor "para o caralho" ou para a "puta que o pariu"; aulas pouco produtivas, para usar um eufemismo; alunos que ignoram ostensivamente as instruções de professores e outros funcionários; funcionários que berram a torto e a direito com alunos; professores que recorrem a calmantes; alunos que se dirigem aos professores usando alcunhas (farol, cenoura, sapo); direcção da escola "que não pode atender agora porque está em reunião" ou que faz esperar uma hora quem a ela se dirige para finalmente adiar o contacto para o dia seguinte.
Perante isto, a opinião dos alunos não é muito diferente da dos professores. Citando os alunos: "na escola X trabalha-se, a nossa é a bandalheira"; "o professor vai desculpar, mas esta escola é uma merda".
E no entanto, os dias vão correndo, as pessoas vão (sobre)vivendo. Paz podre?
Miguel
Disciplina e afectividade têm que andar juntas..e a mão que dá a palmada tb deve embalar...isto pode ser feito na escola....tudo o que disse concordo, mas não tira nada ao que defendi
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