quarta-feira, abril 20

nem de propósito

... no zapping que faço dou por mim referenciado neste sítio (que agradeço) e dou com esta soberba frase, própria de um génio e que vai direitinha ao encontro do meu anterior post:
Se não receio o erro é porque estou sempre pronto a corrigi-lo (Bento de Jesus Caraça).
É uma cultura que não temos, que não promovemos. Apesar de o povo português usar a expressão "aprender com os nossos erros" ela foi quase que banida da escola e da vida quotidiana.
Quando digo a um aluno que pode errar, mas tem de saber reconhecer o seu erro, tem de o saber corrigir fica, entre o espantado e o estupidificado, a olhar para mim como se tivesse dito a maior das barbaridades.
E se calhar disse.
Com a certeza raramente se aprende. Nunca se avança.

4 comentários:

Emilia Miranda disse...

Olá Manuel:
Sabe o que eu costumo dizer relativamente ao erro?
Uma coisa muito simples: só não erra quem não faz nada.
Um abraço,
Emília.

Anónimo disse...

O que custa é admitir o erro - Parece ser esta a nossa cultura.Quando se fala aos mais novos eles acham uma barbaridade, porque as referências deles não são essas.Cumprimentos.Arte por canudo2

Fernando Reis disse...

Caro Manuel
posso dizer-lhe que um dos meus maiores problemas ao longo da minha vida de estudante e de professor, e eu ainda sou e serei sempre estudante, tem sido essa ideia de que não se pode errar.
Produto da minha formação familiar e escolar, uma parte significativa do meu percurso pós licenciatura tem sido o que compreender e aceitar o erro, corrigindo-o logo que possível.
Uma cultura que coloca como prioridade a eliminação do erro é uma cultura estagnada. Não podemos defender o erro, mas podemos e devemos conviver com ele, detectando-o e tomando medidas para o corrigir.

Inês Ribeiro disse...

O erro ultrapassa o simples conceito; implica sempre uma negação do que estaria estabelecido como uma premissa correcta...isto pode causar medo-pois no seu geral pode ter varias implicações.