segunda-feira, abril 18

desafios

Não sei se foi a partir daqui mas foi, de certeza, por sugestão deste amigo, que surgem um conjunto de perguntas e de respostas que podem pronunciar (aprofundar?) sobre quem somos nesta never land da blogosfera.
Exercício entre o académico e o pessoal, uma vez que, como é marcante na web, podemos procurar iludir o outro, iludindo-nos a nós, fazermos crer que somos um outro que, talvez, gostássemos mais de ser. Um pensar entre o momento de uma circuntância e o amadurecer do que há-de (pode?, deve?) ser escrito. É um exercício de como queremos ser vistos, como quem sai de casa e veste uma dada indumentária para que sejamos percebidos assim ou assado.
Independente de qualquer circunstancialismo, as minhas respostas, a minha imagem. Não se aceita contraditório.
1. Não podendo sair do Farheneit 451, que livro quererias ser?
Cem anos de solidão, por toda a companhia que um solitário pode gostar e ambicionar, uma história de enlevo, de construção não de personagens, mas de pessoas, das suas raízes, do futuro.
2. Já alguma vez ficaste apanhadinho por um personagem de ficção?
Houve, há, um personagem que sempre me impressionou, do qual fiz a minha primeira colecção de títulos, o capitão américa. Só já grande racionalizei a situação, e é uma racionalização, pode ser enganosa, a de que é uma pessoa normal que, de vez enquando, se arma em herói.
Recentemente o senhor Pera, dos Incríveis, pelas mesmas características, virou herói pessoal, personagem de adoração.
3. Qual foi o último livro que compraste?
Sem ser daqueles de obrigação, dois ao mesmo tempo, na pausa da Páscoa, Anjos e Demónios, Dan Brown, e As Memórias das minhas Tristes Putas, Gabriel Garcia Marquez.
4. Que livros estás a ler?
Perrnoud, Pedagogia Diferenciada da razão à acção. Evidentemente, A. Nóvoa.
5. Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Cem anos de solidão, Os Maias, Em tempos de Amor e Cólera (nunca me canso de os reler, de voltar a eles como a porto de abrigo, a um recarregar de mim mesmo), Aparição (recordar o que sou (eborense e professor) e o que somos, portugueses. O Labirinto da saudade, para ter a certeza que não me apeteceria regressar.
6. A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
A alguns a que quereria passar a ideia, já me o fizeram, mas há sempre pessoas que gosto e que aprecio, pela escrita e pela simplicidade.
Proponho a Sofia, a Lucília e a Selma porque tenho aprendido a gostar de pessoas que não conheço, e porque são mulheres que me obrigam a ser o que sou.

1 comentário:

Miguel Pinto disse...

Uma vez mais [aproveito a tua boleia] para concordar com as tuas escolhas. Não, não me refiro às tuas preferências de leitura [excepto as da escola] ;o)
Pensava na passagem do testemunho: A Sofia, discreta, por vezes enigmática, cintila no seu cantinho. Não dispenso [pelo menos] uma visita diária. A Lucília é uma comunicadora inata [digo eu]. As suas conversas são como as cerejas. A Selma tem uma escrita leve, apaixonada [vejam lá onde eu fui parar].
Claro que o desafio era teu. Não resisti! ;o)