quarta-feira, março 30

um desafio

uma das propostas, entre o radical e o apelativo, vem do Ademar mediante aquilo que designa como um nó gordio do nosso sistema de ensino, a monodocência do 1º ciclo.
Apenas de carácter opinativo, pois faltam-me elementos para poder fundamentar e estruturar uma outra argumentação, tenho de reconhecer três situações:
1. correm-se riscos, efectivos, objectivos, em face da monodocência, de calhar às crianças um qualquer atentado pessoal e profissional pela frente, onde pais e estruturas educativas pouco ou nada possam fazer. É um facto e não pouco frequente;
2. Apesar de formalmente existir uma pluridocência ao nível dos restantes ciclos de ensino ela é apenas administrativa, uma vez que dentro da sala de aula continua a reinar a discricionaridade do professor, umas vezes honesta e assente na gestão do bom senso, outras nem tanto; das duas três, podem correr os mesmos riscos que ao nível do 1º ciclo, podem-se correr mais riscos pela multiplicação de situações ou podem-se contrabalançar, equilibrar situações boas e menos boas pela diversidade de pessoas com quem o aluno se encontra; por último
3. em minha opinião, o que a escola pública portuguesa necessita mesmo é de uma reconfiguração organizacional, que permita uma construção local de tempos e funções, objectivos e recursos, permita a diversificação de metodologias e estratégias, a complementaridade e a colaboração entre docentes, a cooperação e a entreajuda entre docentes e outros actores educativos.
Tema que daria pano para mangas.

1 comentário:

Miguel Pinto disse...

Entro só para saudar o regresso e dizer que concordo com esse olhar.