quarta-feira, março 16

das avaliações


Posted by Hello
Esta alminha benfiquista [nada de festas antecipadas] levanta nesta altura, final de período, momento de avaliações, uma questão deveras (im)pertinente e que está longe, muito longe de ser esclarecida e muito menos, muito menos mesmo, consensualizada entre os docentes.
Que escola queremos? Que alunos, que pessoas pretendemos formar? Qual o objectivo da escola? qual o objectivo da formação em contexto escolar? a escola procura saberes ou competências?
Quando procurarmos estas respostas talvez encontremos um sentido à avaliação dos ensinos básicos e, mais importante, um sentido ao trabalho que se desenvolve nas escolas.
Não quero ser provocador, pelo menos desta vez, mas a verdade descaíu-lhe na ponta dos dedos e escreve que é um sistema de classificação e confunde (falta saber se propositada e intencionalmente se apenas por desconhecimento) classificação e avaliação.
Um dos problemas passa por aí, não é um sistema de classificação, por muito que muitos docentes gostem de destacar essa vertente, é de avaliação que se trata(ao níveldo básico), é de juízos qualitativos, formativos e informativos, não é de quantidades, não é de rankings (estou certo que a Sofia, se tiver tempo, terá outros argumentos), são saberes sim senhor, mas também competências. São programas, mas também currículos.
Um dos problemas é metermos tudo dentro do mesmo saco e atiramos, muitas das vezes, para trás das costas. Não temos discutido estas temáticas, não temos falados destes problemas - nas escolas, os professores. Aceitamos, passivamente, que está tudo consensualizado, que é pacífico e que a interpretação e o entendimento é comum. Não é.
E o juízo emitido condiciona, seriamente, o futuro de uma criança.
Lembrem-se quando estiveram do outro lado, quando ouviram incentivos e reprimendas, como se sentiram, qual a V/ atitude.
Pensem no outro, naquele que está a ser alvo de um juízo e que não é uma coisa, nem um número. É uma pessoa, com uma situação, com um dado contexto.
Estimado colega. Não respondi ao desafio da democracia por entender que não se discute, pratica-se. Respondo a um desafio que sei que assim foi posto, nada é inocente, menos ainda vindo de um benfiquista.
Viva o glorioso.

1 comentário:

ana disse...

O mais grave é os professores encararem a avaliação do ponto de vista normativo, sumativo e classificativo e deixarem de lado a vertente formativa quando esta é aquela que está sublinhada na legislação como a principal forma de avaliação...