segunda-feira, março 7

da formação

Encontro-me, por obrigação, a participar numa acção de formação que decorre aos sábados. Entre a necessidade de obtenção de créditos para progressão na carreira e a obrigação da formação, optei por uma temática que me pareceu, e se confirma, útil, a da elaboração de portfolios como instrumento de avaliação, quer do professor quer dos alunos.
Felizmente, superaram-se as expectativas, decorrente do domínio da temática pelo senhor que forma, pelas conversas que se têm desenvolvido, pela troca de ideias que se promovem, pela consciencialização de práticas e de modos a que somos obrigados, pelo confrontar com a nossa prática e a sua interpretação.
A grande ideia do passado sábado decorreu da constatação da necessidade de espaços na nossa escola para trocarmos ideias, para aferirmos preocupações, para percebermos conceitos, para interpretámos práticas, para, simplesmente, falarmos sobre a nossa profissão.
A não existência destes espaços faz com que a formação, muita das vezes, seja uma válvula de escape sobre isto mesmo, sobre as condições que dizemos não ter, sobre o tempo que nos falta, sobre as angustias da avaliação e dos exames, do controlo dos pais e da regulamentação administrativa, das modas e dos tempos.
Fui para lá contrariado, estou lá agradado - ainda que por vezes, sinta que me porto menos bem, uma vez que promovo a troca de ideias, a discussão de aspectos e assuntos pouco habituais na nossa discussão e que, por vezes, fogem à temática.

1 comentário:

Miguel Pinto disse...

Concordo contigo. A inexistência de espaços e tempos de discussão na escola empurram-nos para o apeadeiro da formação [para o bem e para o mal]. Isto é, há que aproveitar a presença dos pares para uma espécie de terapia de grupo onde a figura do desabafo encontra legitimação. Vê lá bem como é que anda a minha panela de pressão… sexta, sábado e hoje ocupado com a terapia! ;)