sexta-feira, fevereiro 18

das eleições. Inevitavelmente hoje, ao longo da manhã, nos intervalos de maior afluência à sala de professores, fala-se de política e de eleições. Confirmam-se, ou infirmam-se, as sondagens, fazem-se comentários aos comentários, mas há duas coisas que me surpreendem e que não há meio de deixarem a escola e os professores.
Por um lado, ninguém se compromete, niguém assume uma posição, ninguém defende um dado partido. Pela contabilidade desta sala de professores [peço desculpa mas não generalizo] domingo ganha a abstenção, o voto em branco. Segunda feira logo se verá se assim é.
Por outro lado, subsiste nas conversas de professores [se calhar não só] que os partidos são todos iguais, persiste e insiste-se na ideia que não há diferenças entre partidos, entre lideres, entre protagonistas. É tudo a preto e branco, nem gradações entre um e outro se permitem.
Banalidades do lugar comum, da ideia feita.
É certo que uma ideia (a do não compromisso, a do não comprometidmento, a do não envolvimento) acompanha outra (é uma forma auto-justificativa, racionaliza-se em função da não diferença a indiferença).
Mas sendo os professores um dos grupos sociais que, de acordo com estudos feitos, mais apoia o Bloco de Esquerda é de estranhar a indiferença.
30 anos de democracia ainda não criaram espíritos livres?.

1 comentário:

saltapocinhas disse...

É uma pena tanta indiferença... Realmente não há muito por onde escolher, mas é nosso dever, quanto mais não seja em reconhecimento a tanta gente que sofreu e até perdeu a vida para que pudéssemos votar!