quarta-feira, dezembro 15

ensinar e aprender

há dias cruzei-me, na minha escola, com um colega de lides passadas. Entre a admiração do encontro ali e naquele momento e o matar a curiosidade de alguns porquês, tão rápido quanto um intervalo permite, fiquei a saber que está na Inspecção, isto é, é inspector.
De figura constrangedora a imagem repressiva (dadas as suas origens e os seus objectivos) nada condiz com a ideia da inspecção que, por força de uma relação passada, construi sobre a inspecção e o inspector (pode ser que esteja, como em muitas outras coisas) enganado ou errado.
Eu digo do porquê.
Estava eu há pouco tempo num órgão de gestão e com pouco mais de uma mão cheia de anos de serviço, quando tenho o privilégio de conhecer a acção da inspecção e o trabalho de um inspector em concreto.
Entre as conversas oficiais e uma relação oficiosa (a intervenção durou pouco mais de uma semana) que a partir dali se estabeleceu, muito eu aprendi com aquele senhor de quem guardo, ainda hoje e sempre que tenho o prazer de o encontrar, uma saudade e um reconhecimento quase que de aluno dedicado.
Muito do que sei sobre a gestão a ele o devo, muito do que aprendi sobre a lógica de funcionamento da administração pública foi com ele, muitos dos modos de entender e tratar com a máquina burocrática da educação a ele o devo.
Pela necessidade e pela curiosidade que em mim despertou passados poucos anos e ainda em exercício de funções senti necessidade de aprender um pouco mais e iniciei um percuro (de formação e aprendizagem) que ainda hoje não abandonei, o de conhecer e compreender as lógicas de interacção da escola.
Obrigado, inspector.

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